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Luiz Fernando Emediato no Provocações
Saiba mais sobre o livro clicando aqui: Não passarás o Jordão
04 de outubro – Dia Internacional do Poeta
Nesta data tão especial, nada melhor que ler bons livros de poesia.
Aproveite! :
Chão de vento
Como definir os poemas deste livro? Flora Figueiredo, elogiada por Caio Fernando Abreu, Ferreira Gullar e Antonio Alçada Baptista, entre outros, é mais do que apenas uma voz feminina em nossa poesia. Apaixonada, irreverente, picante, sedutora e cúmplice, ela nos leva pelo mundo das palavras como se fizesse música. É por isso que, além de lê-la nas páginas deste livro, você pode também ouvi-la, no CD que o acompanha. A poesia de Flora Figueiredo está naquele lugar privilegiado dos poetas que podem ser lidos também pelas pessoas simples – pessoas que gostam de palavras, de sons, de música.
A dolorosa raiz de Micondó
Nesta coletânea de 27 poemas da poetisa são-tomense Conceição Lima, o micondó, árvore considerada sagrada em diversas regiões da África, simboliza origem, casa, morada ancestral. A evocação de tais raízes é dolorosa devido a acontecimentos históricos, como a escravidão e a colonização, que imprimiram profundas feridas e rupturas na identidade nacional, e na própria poetisa, cujos antepassados foram trazidos à força para o arquipélago africano e mais tarde enviados para outras terras como escravos. Íntima, pessoal e sofrida, a poesia de Conceição Lima é também dotada de um lirismo e esteticismo sublimes, presenteados aqui pela primeira vez ao público brasileiro. Embora a dor seja uma constante em seus versos, o sentimento que os perpassa é o da sutil esperança de que a mesma memória que resgata os fatos traumáticos ajude a fazer germinar algo novo dos escombros, como o micondó que, com suas profundas raízes e frondosa copa, fez fl orescer o alfabeto poético de Conceição Lima.
No caminho, com Maiakovski
O niteroiense Eduardo Alves da Costa é autor de um dos poemas mais famosos da literatura brasileira – mas que, por infelicidade, é muitas vezes atribuído a autores tão diversos quanto Maiakovski, Borges, Jung e García Márquez. “No Caminho, com Maiakovski” já virou de camiseta da campanha pelas Diretas Já a pôster em cafés europeus e corrente da Internet. Depois de anos esgotado em livro, o poema dá nome a esta reunião da obra poética completa de Costa, dono de um fazer poético vigoroso, impactante, de cunho social, que mistura erudição, criatividade no trato da língua e comunicação imediata com o leitor. Um livro imperdível para a biblioteca de qualquer amante de poesia que se preze.
Arlequim da Pauliceia
Esqueça a pressa. Pegue o bonde e viaje lentamente pela São Paulo do início do século passado em companhia de Mário de Andrade e de fragmentos de sua poesia. Este livro, de autoria de Aleilton Fonseca, é um túnel do tempo, um passeio pelo centro velho de Sampa, lembrando, de certa forma, o filme Meia noite em Paris, em que Woody Allen promove o encontro do protagonista com grandes escritores e pintores da belle époque.
Textos e fotos se encaixam com perfeição para nos fazer voltar ao passado, mergulhando-nos na obra do modernista, que amou São Paulo como ninguém. Vista uma capa para se proteger da garoa que caía insistentemente sobre a cidade, tornando-a londrina e melancólica. E sinta como Mário de Andrade amou a maior megalópole do Brasil. Boa viagem. Você está em ótima companhia. “Prazer em conhecê-lo, meu caro Aleilton”, diria o modernista.
Quimioterapia e Beleza e o Outubro Rosa 2014
Inspirada na ex-modelo Flávia Flores, hoje escritora, blogueira e idealizadora do projeto pioneiro Quimioterapia e Beleza, a artista plástica Kuke produziu uma série de pinturas sobre mulheres que estão passando por um tratamento quimioterápico.
Em “As Mulheres de Ferro”, exposição que começa hoje (2) no Espaço Cultural PONTOdArte, em Florianópolis, a artista retrata justamente o dia a dia de mulheres que estão em tratamento e também a experiência de Flávia Flores, que nos últimos meses vem transformando uma dor individual em uma experiência coletiva, espalhando aos quatro ventos o quão importante é ter segurança e autoconfiança na superação do câncer, mantendo a saúde e alto-astral.
Como começou
Tempos atrás Kuke recebeu um pedido de um amigo em comum para fazer um retrato de Flávia Flores durante seu tratamento e, ao pesquisar a vida da ex-modelo, se surpreendeu com sua maneira não convencional de lutar contra o câncer de mama.
A particularidade de Flávia em converter seu tempo em registros fotográficos e campanhas com dicas de beleza para ajudar outras mulheres na mesma situação, transformou uma situação crítica e dramática em uma situação positiva e exemplar, o que motivou a artista a desenvolver o projeto inspirado na garra desta mulher determinada em mudar sua condição em benefício de outras, incentivando-as a se transformarem em mulheres de fibra, mulheres de ferro!
A pesquisa e produção resultaram em sete pinturas (tamanho 140cmx100cm) com temas ligados à beleza, como a prática do uso de perucas e lenços, colocação de cílios postiços, aplicação de maquiagem, uso de lingeries com enchimentos, entre outros, sempre ressaltando a sensualidade feminina mesmo em tratamentos de quimioterapia.
Além das obras que estarão em exposição, serão distribuídas reproduções das mesmas em forma de cartazes, ampliando a rede e a divulgação do projeto. Flávia Flores estará no lançamento para um bate papo e relançamento de seu livro “Quimioterapia e Beleza”, lançado pela Jardim dos Livros.
Quadro pintado por Kuke Castiñeiras no período em que Flávia Flores estava em tratamento quimioterápico
Serviço:
Exposição “As Mulheres de Ferro”
Data: de 2 a 31 de outubro – (na abertura da exposição e bate papo com a escritora Flávia Flores)
Onde: Espaço Cultural PONTOdArte – Rua Alfonso de Lambert Neto, 103 – sala 1. – Florianópolis / SC
Horários: de segunda à quinta das 14h às 20h | Sextas e sábados das 16h às 22hs
Entrada: Franca