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As melhores dedicatórias de livros compiladas em um tumblr
“Àqueles que me inspiraram a fazer o livro, mas que jamais o lerão.” O tumblr kampkrustykids reúne uma seleção de dedicatórias improváveis.
Geralmente, as dedicatórias abrem uma biografia, um romance ou ficção e até mesmo TCCs ou trabalhos de escola. O normal é que sejam apenas um parágrafo ou um linha descrevendo quem contribui para a obra, a inspirou ou simplesmente merece menção como entes da família, amigos e mentores.
O tumblr em questão subverte a tradição de agradar ao amados e esculhamba tudo com exaltações megalomaníacas, ofensas familiares e outras bobagens que fariam muitos duvidarem do que leram de primeira. Veja se não é verdade:
Dedicado à pessoa mais forte que conheço: eu.
Aos meu leitores maravilhosos: me desculpem por aquele último gancho da história. Bem, não, na verdade. HAHAHAHA. Mas falando sério. Eu amo vocês.
Este livro é dedicado a todo mundo que você odeia. Desculpe. A vida é assim mesmo às vezes.
Eu quero agradecer a todos que me ajudaram a criar este livro, exceto por aquele cara que gritou comigo no Kmart quando eu tinha oito anos porque achou que eu estava sendo muito bagunceiro. Você é um cuzão, senhor.
Aos meus irmãos e irmãs. Que… bando de cuzões.
Fonte: Ideiafixa
04 de outubro – Dia Internacional do Poeta
Nesta data tão especial, nada melhor que ler bons livros de poesia.
Aproveite! :
Chão de vento
Como definir os poemas deste livro? Flora Figueiredo, elogiada por Caio Fernando Abreu, Ferreira Gullar e Antonio Alçada Baptista, entre outros, é mais do que apenas uma voz feminina em nossa poesia. Apaixonada, irreverente, picante, sedutora e cúmplice, ela nos leva pelo mundo das palavras como se fizesse música. É por isso que, além de lê-la nas páginas deste livro, você pode também ouvi-la, no CD que o acompanha. A poesia de Flora Figueiredo está naquele lugar privilegiado dos poetas que podem ser lidos também pelas pessoas simples – pessoas que gostam de palavras, de sons, de música.
A dolorosa raiz de Micondó
Nesta coletânea de 27 poemas da poetisa são-tomense Conceição Lima, o micondó, árvore considerada sagrada em diversas regiões da África, simboliza origem, casa, morada ancestral. A evocação de tais raízes é dolorosa devido a acontecimentos históricos, como a escravidão e a colonização, que imprimiram profundas feridas e rupturas na identidade nacional, e na própria poetisa, cujos antepassados foram trazidos à força para o arquipélago africano e mais tarde enviados para outras terras como escravos. Íntima, pessoal e sofrida, a poesia de Conceição Lima é também dotada de um lirismo e esteticismo sublimes, presenteados aqui pela primeira vez ao público brasileiro. Embora a dor seja uma constante em seus versos, o sentimento que os perpassa é o da sutil esperança de que a mesma memória que resgata os fatos traumáticos ajude a fazer germinar algo novo dos escombros, como o micondó que, com suas profundas raízes e frondosa copa, fez fl orescer o alfabeto poético de Conceição Lima.
No caminho, com Maiakovski
O niteroiense Eduardo Alves da Costa é autor de um dos poemas mais famosos da literatura brasileira – mas que, por infelicidade, é muitas vezes atribuído a autores tão diversos quanto Maiakovski, Borges, Jung e García Márquez. “No Caminho, com Maiakovski” já virou de camiseta da campanha pelas Diretas Já a pôster em cafés europeus e corrente da Internet. Depois de anos esgotado em livro, o poema dá nome a esta reunião da obra poética completa de Costa, dono de um fazer poético vigoroso, impactante, de cunho social, que mistura erudição, criatividade no trato da língua e comunicação imediata com o leitor. Um livro imperdível para a biblioteca de qualquer amante de poesia que se preze.
Arlequim da Pauliceia
Esqueça a pressa. Pegue o bonde e viaje lentamente pela São Paulo do início do século passado em companhia de Mário de Andrade e de fragmentos de sua poesia. Este livro, de autoria de Aleilton Fonseca, é um túnel do tempo, um passeio pelo centro velho de Sampa, lembrando, de certa forma, o filme Meia noite em Paris, em que Woody Allen promove o encontro do protagonista com grandes escritores e pintores da belle époque.
Textos e fotos se encaixam com perfeição para nos fazer voltar ao passado, mergulhando-nos na obra do modernista, que amou São Paulo como ninguém. Vista uma capa para se proteger da garoa que caía insistentemente sobre a cidade, tornando-a londrina e melancólica. E sinta como Mário de Andrade amou a maior megalópole do Brasil. Boa viagem. Você está em ótima companhia. “Prazer em conhecê-lo, meu caro Aleilton”, diria o modernista.