![]() |
![]() |
ADHEMAR |
![]() |
DEUSES DO OLIMPO |
![]() |
OS VENCEDORES |
![]() |
A VILA QUE DESCOBRIU O BRASIL |
![]() |
O BRASIL PRIVATIZADO |
![]() |
CENTELHA |
![]() |
MALUCA POR VOCÊ |
![]() |
NOS IDOS DE MARÇO |
![](http://www.geracaoeditorial.com.br/blog/wp-content/themes/simplo/images/img_blog.jpg)
9 orientações para os pais incentivarem as crianças a ler mais
Você acha que seus filhos ou filhas leem pouco?
Aproveitando a temporada de volta às aulas, a educadora Ana Luiza Amaral, especialista do Observatório Educacional da Confederação Nacional da Indústria(CNI), elaborou dicas para incentivar crianças a lerem mais.
A doutora em educação pela Universidade de Brasília (UnB) e a CNI têm em vista apreocupante realidade brasileira no que se refere à leitura: segundo pesquisa de 2012 do Programa Internacional de Avaliação dos Estudantes (Pisa), 49% dos estudantes na faixa dos 15 anos de idade têm baixo desempenho em leitura. E, de acordo com o Movimento Todos pela Educação, dos estudantes que concluíram o 3º ano do ensino fundamental, só 44,5% têm aprendizagem adequada em leitura – este é o resultado da Prova ABC de 2012.
Confira abaixo uma lista com dicas da especialista.
Antes da alfabetização
1. Crianças devem ter contato com os livros desde cedo. Levá-las à bibliotecas, feiras literárias e bancas de jornal é essencial – é nesses lugares que elas podem manusear os livros. Em sua casa, deixe-os em lugares acessíveis a elas, para facilitar o contato.
2. O interesse dos adultos pela leitura incentiva a criança a se interessar também.
3. Leia para elas e levante discussões sobre a história. Isso reforça o envolvimento da criança com a leitura e a busca pela compreensão do que foi lido.
Durante a alfabetização
4. Ofereça à criança livros que estejam de acordo com a faixa etária dela. Para não desestimulá-la, é importante não forçá-la a ter um desafio para o qual não tem preparo. A leitura deve ser uma atividade prazerosa.
5. Leia em conjunto com seu filho até ele ter fluência para ler sozinho.
6. A leitura não está só nos livros. Existem cadernos de jornais, revistas e sites cujos conteúdos são para crianças. Outdoors e placas também entram aí – reforce como a leitura ajuda na compreensão do mundo.
Depois da alfabetização
7. Continue lendo para seu filho. A leitura deve ser consequência de um vínculo afetivo com os livros.
8. Convide-a a conhecer os diversos gêneros literários. Um bom caminho para isso é a troca de livros com outras crianças: amigos, primos, vizinhos, colegas de escola etc.
9. Dose o tempo de leitura. Assim, seu filho não fica sobrecarregado de tarefas – e o gostinho de “quero mais” o convida a continuar lendo.
Fonte: Brasil Post
Entrevista autora “O Ratinho e o Violão”
Por que decidiu abordar o bullying no seu segundo livro infantojuvenil? O Chiquinho foi inspirado em alguém que você conhece?
Leciono há mais de vinte anos, para adolescentes entre onze e quinze anos. Como se sabe, esta é a idade mais difícil, já que são muitas as mudanças pelas quais estes meninos e meninas estão passando. A prática do bullying costuma ser muito acentuada nesta idade. Eu sempre trabalhei valores como ética, respeito ao outro e a cultura da paz entre todos. Este livro, no caso, aborda também a inclusão, pois o personagem sofre bullying por mancar de uma perna. E, sutilmente, deixa uma pista sobre a necessidade de escolas que se preocupem com a acessibilidade. Chiquinho tem dificuldade de locomoção e, para ir para a sala de aula, tinha que subir uma escada. Pense bem: se fosse uma escola melhor adaptada, teria uma rampa para alunos iguais a ele, ou então, uma sala no andar de baixo. A história não foi baseada em um caso específico, mas em várias situações que presencio todos os dias em escolas: as questões do bullying e da inclusão.
Mas confesso que levemente fiz uma alusão ao livro A Metamorfose, de Kafka. Este livro é um clássico universal, cujo personagem passa por uma situação de grande opressão e vira uma barata, que se confina num quarto e vira motivo de vergonha para a família. Uma história pesada – ele morre barata. Em O Ratinho do Violão, Chiquinho por vergonha e medo, após cair de uma escada na escola e ser vaiado, vira um ratinho e vai morar dentro de seu violão. Após passar muito apuro, ele consegue dar uma reviravolta em sua vida… Bem, ele tinha um violão e a música – elementos fundamentais para lhe dar autoconfiança e nosso personagem voltar à forma humana.
Como professora, já presenciou algum caso de bullying grave na escola? Como foi?
Não presenciei um, porém vários. E um caso que me chamou atenção em específico foi em uma escola de periferia muito violenta onde leciono há muitos anos. Um grupo de alunas que só ia à escola para tumultuar, não para estudar, começou a perseguir as meninas mais estudiosas e bonitas da escola. Ameaçavam bater, colocavam apelido e as perseguiam mesmo. A situação ficou séria demais, ao ponto dos pais das boas alunas desejarem tirar as filhas de nossa escola. A direção precisou tomar uma postura firme, convocar os pais e o Conselho Tutelar, registrar ocorrências. A custo, conseguimos selar um acordo de convivência pacífica. Foi um caso bem difícil, mas conseguimos!
Na sua opinião, como pais e professores devem conduzir os casos de bullying?
É papel da família e da escola transmitir valores em geral. Precisamos educar para a vida e nos preocupar em formar pessoas de bem. A melhor estratégia para abordar o assunto em questão é o diálogo, além de leituras e muita reflexão. Ainda é necessário deixar bem claro para os estudantes que bullying é crime previsto em lei e pode levar a sérias consequências, inclusive para os pais daqueles que o praticam. Família e escola devem ser parceiras sempre – só assim o processo educacional obtém êxito.
O bullying é um fenômeno que só ocorre nas escolas?
Infelizmente esta prática ocorre em todo lugar. Costuma iniciar com brincadeiras bobas, gozações… Mas, tudo tem uma hora para parar. Qualquer situação em que um dos lados se sinta ofendido, é considerado caso de bullying.
Acredita que o bullying é um fenômeno moderno?
Não, a prática do bullying sempre ocorreu em todas as épocas. Mas nem se ouvia falar neste nome, já que ele é de origem inglesa e há bem pouco tempo se tornou frequente. Recentes são os estudos específicos sobre o assunto e os prejuízos emocionais que isto causa naquele que sofre esta prática.
Como o seu livro pode ajudar a combater o bullying?
Conforme disse, O Ratinho do Violão aborda temas como: bullying, medo, inclusão. É um texto bastante sensível, lúdico, envolvendo o leitor na trama psicológica vivida pelo personagem. Este livro, ilustrado pela Thais Linhares, tem leitores de um público diverso, e emociona crianças e adultos. Educadores o elogiam bastante. Penso que o livro pode ajudar na formação de pessoas mais conscientes que saibam tratar o outro com mais respeito e generosidade. Afinal de contas, respeito e generosidade são pilares fundamentais para a construção de uma sociedade melhor e mais justa para todos.
Vergonha Vergonhosa
O brasileiro tem vergonha de parecer ufanista, na base do por‑que‑me‑orgulho‑do‑meu‑país. Talvez por isso o brasileiro não tenha colocado na cabeça, até hoje, que o Brasil tem realmente os campos de petróleo mais fantásticos do mundo. Parece vergonhoso falar nisso. Na plataforma submarina, no fundo do mar, há jazidas descobertas pela Petrobras em fase de exploração e que têm poços capazes de produzir 10 mil barris por dia. Cada poço. É um número fantástico, sim, é um recorde mundial, sim, e que somente encontra concorrentes, com poços capazes de produzir 7 mil, 8 mil barris por dia, no Irã, no Kuwait, no Iraque… O que significam 10 mil barris por dia? A 20 dólares o barril, isso significa o faturamento de 200 mil dólares em um único poço. Em um dia. Ou 6 milhões de dólares por mês. Ou 70 milhões de dólares por ano. Por poço. Uma das jazidas da Petrobras na bacia de Campos, estado do Rio, tem 25 poços funcionando, o que significa que eles, multiplicados pelos 70 milhões de dólares faturados em cada poço, rendem 1,75 bilhão (bilhão, com a letra bê, por ano). Ou, para arredondar, 2 bilhões de dólares por ano. Ou, ainda, o equivalente a 4 bilhões de reais por ano.
Respire fundo agora: são esses campos de petróleo absolutamente fantásticos, os mais produtivos do mundo, que o governo FHC já começou a doar às multinacionais, com a ajuda da imprensa. No primeiro leilão, realizado há poucas semanas, o presidente da Agência Nacional de Petróleo do governo FHC, David Zylbersztajn, teve a bárbara coragem (ou outro nome qualquer) de pedir um “preço simbólico” de 50 mil a 150 mil (é “mil”, com a letra eme, mesmo) reais às “compradoras” dessas áreas.
O governo usou uma desculpa para tentar justificar esses preços sórdidos: o mercado mundial estaria em baixa, com superoferta de petróleo. Acontece que desde janeiro os preços do petróleo duplicaram— d‑u‑p‑l‑i‑c‑a‑r‑a‑m— de 10 dólares para 20 dólares o barril, fenômeno que merecia manchetes e que sequer foi noticiado ao longo de meses pela grande imprensa (faça você mesmo um teste com seus amigos e sua família: verifique quantos ficaram sabendo dessa duplicação).
A verdade foi escondida para que a sociedade não discutisse os preços pedidos pelo governo — ou, o que seria mais importante ainda, discutisse a própria política de privatização do petróleo nacional. Mais claramente: se as jazidas são as mais fantásticas do mundo, se os lucros que elas vão proporcionar são fabulosos, por que o governo FHC não vende ações da Petrobras a milhões de brasileiros, juntando dinheiro para acelerar as explorações e gerar dólares com a exportação de petróleo? Qual é o problema? Clinton e o FMI não deixam?
Ah, sim: no primeiro leilão, algumas jazidas foram compradas por 150 milhões de reais, isto é, mil vezes o preço de 150 mil reais pedido pelo governo. A imprensa apresentou esse resultado como algo fantástico. Não é. Continua a ser ninharia. Esmola para povo índio. Basta ver que esses campos petrolíferos podem faturar 2 bilhões de dólares, ou 4 bilhões de reais, por ano. Em um ano. Contra 150 milhões de reais. Uma única vez.
As oposições precisam mobilizar a sociedade brasileira contra o novo assalto ao petróleo nacional programado pelo governo FHC, por Clinton, pelo FMI. Os números, escandalosamente denunciadores, estão aí.
PS — O presidente FHC diz que a economia está estável, o IBGE diz que o PIB está estável… A indústria paulista já havia recuado 7% no semestre e desabou 15% em julho na comparação com 1998. Setores com maior queda? Telecomunicações e equipamentos para energia elétrica. Isto é, as multinacionais “compradoras” das antigas estatais continuam a importar tudo. Desempregam, aqui dentro. E continuam a torrar dólares, afundando ainda mais o Brasil. A desnacionalização levou o Brasil de volta ao passado. Voltou a ser uma republiqueta dependente. Ou colônia?
Fonte: Livro O Brasil Privatizado