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Grato por me assaltares
Que tal você comprar uma rede de lanchonetes ou uma rede de postos de gasolina para pagar em dez anos, a preço de banana — que o antigo dono resolveu vender porque estava, segundo as más línguas, precisando de dinheiro? E depois, daí a dois ou três anos, o vendedor, tão bonzinho, tão bonzinho, sem ter recebido ainda as prestações de oito ou sete anos, oferecer dinheiro emprestado, muito dinheiro, a juros baixíssimos, de pai para filho, para você comprar concorrentes e ficar sozinho no mercado? Absurdo? Afinal, o vendedor não estava quebrado? Não ria. Chore. É isso que está acontecendo no Brasil, com a venda de empresas estatais a grupos privilegiados.
Nos leilões de privatização, o próprio governo, por meio do banco dos grampos, o BNDES, vendeu “moedas podres” (títulos antigos do governo) aos “compradores”, para eles entregarem de volta ao Tesouro, como “pagamento” pelas estatais, com um “detalhe”: as moedas podres podiam ser pagas em dez anos, a juros baixíssimos.
Um negócio da China, ou um assalto ao patrimônio do povo brasileiro, com empresários e banqueiros recebendo, de graça, empresas que valiam bilhões de reais. Mas as negociatas não param e não pararam por aí até hoje. O mesmo BNDES, isto é, o governo, a quem os “compradores” ficaram devendo rios de dinheiro, acaba emprestando, aos mesmos devedores, outros rios de dinheiro, para eles investirem, ampliarem os negócios.
Quer dizer: o governo diz que o Tesouro está quebrado, usa essa desculpa para doar as estatais e depois arruma dinheiro para os “compradores”. Ou seja, é a mesma coisa que você, depois de comprar as lanchonetes e os postos de gasolina, ainda receber a visita do vendedor que, tão otário, tão otário, vem oferecer novo empréstimo para ampliar os negócios…
Mas as negociatas não param por aí. Passados uns dois ou três anos, isto é, apesar de haver prestações de mais sete ou oito anos a serem pagas, o governo, por meio do mesmo BNDES, oferece outros rios de dinheiro para os grupos que viraram “donos” das estatais. Para quê? Agora, para eles comprarem empresas menores, ou formarem cartéis em alguns setores. Para não parecer escandaloso demais, o BNDES inventa um monte de desculpas: diz que é preciso “reorganizar”, por exemplo, os setores de petroquímica, papel, celulose, siderurgia, para criar empresas de grande porte “exigidas” pela globalização.
É a negociata da negociata da negociata, com os mesmos grupos de sempre, os donos do país, recebendo estatais de graça, recebendo empréstimos para ampliá‑las, recebendo empréstimos para virar cartéis, sempre devendo rios de dinheiro e beneficiados gostosamente com juros muito mais baixos do que os pagos pelos milhões de empresários “comuns”, com a diferença paga pelo Tesouro, isto é, por toda a sociedade.
A opinião pública e o Congresso continuam passivos diante dessas aberrações. Só falta dizerem ao governo FHC: “Obrigado por me assaltares”.
Fonte: Livro O Brasil Privatizado
9 orientações para os pais incentivarem as crianças a ler mais
Você acha que seus filhos ou filhas leem pouco?
Aproveitando a temporada de volta às aulas, a educadora Ana Luiza Amaral, especialista do Observatório Educacional da Confederação Nacional da Indústria(CNI), elaborou dicas para incentivar crianças a lerem mais.
A doutora em educação pela Universidade de Brasília (UnB) e a CNI têm em vista apreocupante realidade brasileira no que se refere à leitura: segundo pesquisa de 2012 do Programa Internacional de Avaliação dos Estudantes (Pisa), 49% dos estudantes na faixa dos 15 anos de idade têm baixo desempenho em leitura. E, de acordo com o Movimento Todos pela Educação, dos estudantes que concluíram o 3º ano do ensino fundamental, só 44,5% têm aprendizagem adequada em leitura – este é o resultado da Prova ABC de 2012.
Confira abaixo uma lista com dicas da especialista.
Antes da alfabetização
1. Crianças devem ter contato com os livros desde cedo. Levá-las à bibliotecas, feiras literárias e bancas de jornal é essencial – é nesses lugares que elas podem manusear os livros. Em sua casa, deixe-os em lugares acessíveis a elas, para facilitar o contato.
2. O interesse dos adultos pela leitura incentiva a criança a se interessar também.
3. Leia para elas e levante discussões sobre a história. Isso reforça o envolvimento da criança com a leitura e a busca pela compreensão do que foi lido.
Durante a alfabetização
4. Ofereça à criança livros que estejam de acordo com a faixa etária dela. Para não desestimulá-la, é importante não forçá-la a ter um desafio para o qual não tem preparo. A leitura deve ser uma atividade prazerosa.
5. Leia em conjunto com seu filho até ele ter fluência para ler sozinho.
6. A leitura não está só nos livros. Existem cadernos de jornais, revistas e sites cujos conteúdos são para crianças. Outdoors e placas também entram aí – reforce como a leitura ajuda na compreensão do mundo.
Depois da alfabetização
7. Continue lendo para seu filho. A leitura deve ser consequência de um vínculo afetivo com os livros.
8. Convide-a a conhecer os diversos gêneros literários. Um bom caminho para isso é a troca de livros com outras crianças: amigos, primos, vizinhos, colegas de escola etc.
9. Dose o tempo de leitura. Assim, seu filho não fica sobrecarregado de tarefas – e o gostinho de “quero mais” o convida a continuar lendo.
Fonte: Brasil Post