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 Arquivos Autores - Página 27 de 42 - Geração Editorial Geração Editorial



ADHEMAR
A fantástica história de um político populista desbocado, amado e odiado, inspirador do infame lema “rouba, mas faz”, que participou do golpe militar de 1964, foi posto de lado pelos generais e morreu exilado em Paris, depois de marcar sua época e história do Brasil.

DEUSES DO OLIMPO
Explore o universo mágico da Grécia Antiga e conheça as histórias dos personagens mais famosos da mitologia. Um livro para gente pequena e gente grande tambécm! ( + )

OS VENCEDORES
Quem ganhou, perdeu. Quem perdeu, ganhou. Cinquenta anos após o advento da ditadura de 1964, é assim que se resume a ópera daqueles anos de chumbo, sangue e lágrimas. Por ironia, os vitoriosos de ontem habitam os subúrbios da História, enquanto os derrotados de então são os vencedores de agora. ( + )

A VILA QUE DESCOBRIU O BRASIL
Um convite a conhecer mais de quatro séculos de história de Santana de Parnaíba, um município que tem muito mais a mostrar ao país. Dos personagens folclóricos, tapetes de Corpus Christi, das igrejas e mosteiros, da encenação ao ar livre da “Paixão de Cristo”. Permita que Ricardo Viveiros te conduza ao berço da nossa brasilidade. ( + )

O BRASIL PRIVATIZADO
Aloysio Biondi, um dos mais importantes jornalistas de economia que o país já teve, procurou e descobriu as muitas caixas-pretas das privatizações. E, para nosso espanto e horror, abriu uma a uma, escancarando o tamanho do esbulho que a nação sofreu. ( + )

CENTELHA
Em “Centelha”, continuação da série “Em busca de um novo mundo”, Seth vai precisar ter muita coragem não só para escapar da prisão, mas para investigar e descobrir quem é esse novo inimigo que deixa um rastro de sangue por onde passa. A saga nas estrelas continua, com muita ação de tirar o folego! ( + )

MALUCA POR VOCÊ
Famosa na cidade pelos excessos do passado, Lily terá de resistir ao charme de um policial saradão oito anos mais jovem que acaba de chegar na cidade. Prepare-se para mais um romance apimentado e divertidíssimo escrito por Rachel Gibson.. ( + )

NOS IDOS DE MARÇO
A ditadura militar na voz de 18 autores brasileiros em antologia organizada por Luiz Ruffato. Um retrato precioso daqueles dias, que ainda lançam seus raios sombrios sobre os dias atuais. ( + )





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nov 17, 2014
admin

Jornada da geração que combateu a ditadura militar é retratada no livro de Ayrton Centeno

Alana Rodrigues*

Cinquenta anos após o golpe que derrubou Jango, a jornada exitosa de exilados, presos e torturados que, mais tarde, tornaram-se presidentes, ministros, escritores, artistas e músicos são retratadas no livro “Os Vencedores – A volta por cima da geração esmagada pela ditadura de 1964” (Geração Editorial), escrito pelo jornalista Ayrton Centeno. “É uma grande reportagem, quase uma crônica geracional, onde os vivos contam as próprias histórias e a dos mortos”, define.

vencedores

Dilma Rousseff, Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Henrique Cardoso, Raul Ellwanger, Alfredo Sirkis e Jacob Gorender são alguns dos sobreviventes que compõem a obra num total de 25 entrevistas e pesquisas variadas.
“O objetivo era pegar a juventude dos anos 60 e 70, que insurgiu com outras armas como a literatura, artes plásticas, teatro, música popular e cinema. Reuni principalmente o pessoal da luta armada e da cultura”, explica Centeno.
O primeiro texto é dedicado a Dilma, personagem que deu o ponta pé inicial para os escritos do autor, que pensou, inicialmente, em produzir uma obra apenas sobre ela. A mudança de plano veio com o convite de Luiz Fernando Emediato, dono da Geração Editorial, que propôs o resgate da trajetória dos esmagados pela ditadura que deram a volta por cima e chegaram ao poder. 
A presidente virou uma das figuras da produção. Ao falar sobre a petista, o repórter percorre casos da infância e da família, aborda a influência do pai, que gostava de livros e ópera, e desnuda sua trajetória por organizações clandestinas, a prisão e a tortura.
Na política, experiências como a de Aloysio Nunes Ferreira na Ação Libertadora Nacional (ALN) leva a narrativa para episódios da organização comandada por Marighella. José Genoino e José Dirceu lembram dos períodos de militância e visões atuais. Na cultura, o autor lembra dos festivais como Tropicália, Jovem Guarda e das atividades no cinema, como a história de Lúcia Murat sobre o “Movimento Revolucionário 8 de outubro”.
“Cada uma dessas vidas é extraordinária. São pessoas que têm dons artísticos ou que se doaram para uma luta, vista depois, como algo antecipadamente perdido. Tem muito romantismo entregar-se para essa empreitada”.

Imprensa alternativa
Em meio a um regime em que não se permitia a investigação jornalística e o apoio inicial dos grandes jornais ao golpe, a imprensa alternativa se sobressaiu à época, em especial, após o Ato Institucional Número 5 (AI-5). 
Se a censura serviu para cercear periódicos de grande circulação como Última Hora e Correio da Manhã e os da imprensa alternativa ou nanica, como Opinião, Movimento, Em Tempo, Pasquim, igualmente foi útil a muitos outros para calar aqueles que veiculavam posições contrárias ao regime, mas que encontraram refúgios para se manifestar.“A imprensa alternativa continua merecendo ser estudada, pois percebemos a posição de respiradouro da sociedade civil nesse período dos anos 70, principalmente no período Médici e Geisel”, pondera o autor, que, à época, trabalhou no Coojornal, editado pela Cooperativa dos Jornalistas de Porto Alegre (RS).


Passado e presente
 
Além de investir numa grande reportagem, Ayrton Centeno também projeta pinceladas biográficas dos personagens. Para ele, a história principal flui com as trajetórias de cada entrevistado. “Não é simplesmente uma série de biografias estanques incluídas no mesmo volume. É uma reportagem pesada, colocada sobre outro suporte”, esclarece.
O jornalista destaca ainda que a história dialoga com o presente. “Há uma conexão com a intolerância que existe hoje. Percebida na exacerbação do conceito racial, de classe, da homofobia. Há uma negação do outro. Algo que a ditadura exacerbou e que os tempos presentes ainda mantêm”, conclui.

* Com supervisão de Vanessa Gonçalves.


Serviço
Amanhã será o lançamento da obra.
Dia 18 de novembro a partir das 19h.
Saraiva Moinhos Shopping – Porto Alegre.
*Rua Olavo Barreto Viana, 36. 

Fonte: Portal Imprensa

nov 14, 2014
admin

Uma vida em dois tempos

O brasileiro Julio Monteiro Martins, um dos mais importantes escritores da atual literatura italiana, encontrava-se desaparecido, mas o redescobri há alguns anos, pelos livros.

Coluna – Luiz Ruffato
Há pessoas que morrem antes de morrer. Alguns saem de casa um dia, dizendo que vão comprar cigarros na padaria da esquina, e somem. Outros, tomam um ônibus, um carro, um avião para uma rápida viagem e nunca mais são vistos. Aquele extraviou-se entre o local de emprego e o bar; este, após deixar a escola. Calcula-se que mais de 200.000 pessoas desaparecem todos os anos no Brasil – uma boa parte delas crianças e adolescentes, sendo que este número provavelmente é maior, porque muita gente sequer registra a ocorrência. E há os que, raros, se esfumam por alguma circunstância e, como fossem fênix, renascem gloriosos, ultrapassando as fronteiras convencionais de espaço e tempo.

Em 1979, minha vida de estudante pobre em Juiz de Fora resumia-se a vencer os meses com o minguado dinheiro recebido do crédito educativo – assim, para enganar a fome e a solidão, os fins de semana consagrava aos livros que adquiria em sebos na Galeria do Vasco, no centro da cidade. Meus colegas de república viajavam para Cataguases na sexta-feira à tarde e voltavam apenas no domingo à noite, largando deserta a casa, os cômodos tomados pelo silêncio, ambiente que se metamorfoseava em cenários distantes, habitado por ruidosos personagens.

Num desses sábados encantados, li dois livros de contos e um romance de Julio Cesar Monteiro Martins: Torpalium, Sabe quem dançou? e Artérias e Becos. Apesar de tão jovem, nasceu em 1955, já era considerado um dos mais importantes escritores de sua época, tendo participado da memorável antologia Histórias de um novo tempo, publicada pela Codecri, editora do Pasquim, em 1977, que vendeu 30.000 exemplares em poucos dias e lançou os nomes de Caio Fernando Abreu, Jeferson Ribeiro de Andrade, Domingos Pellegrini, Luiz Fernando Emediato e Antonio Barreto. Foi um alumbramento: Monteiro Martins escrevia tanto narrativas realistas (trafegando com igual competência pelos becos das favelas e pelos apartamentos de classe média da zona sul carioca), quanto fantásticas ou alegóricas (uma mirada sarcástica do universo político nacional). Eu, que até aquele momento achava-me enredado em cipoais de dúvidas, encontrei nas palavras que se construíam diante de meus olhos o significado de ser intelectual no Terceiro Mundo – estética e política confluíam para um mesmo e único escaninho.

O tempo escorreu, veloz e arrogante, enquanto eu, sem saber nadar direito, cruzava um rio caudaloso, a todo momento afundando e voltando à tona, vítima e herói de mim mesmo. Enquanto isso, Monteiro Martins desdobrava sua carreira. Ao longo da década de 1980, publicou dois outros romances (Bárbara e O espaço imaginário) e mais três coletâneas de contos (A oeste de nada, As forças desarmadas e Muamba). Após participar do International Writing Program, da Universidade de Iowa, em 1979, passou a ministrar cursos de criação literária, primeiro no Goddard College, em Vermont, depois no Rio de Janeiro, na Oficina Literária Afrânio Coutinho, entre 1982 e 1989, e na PUC, em 1995.

Ainda na década de 1980, decidiu posicionar-se publicamente, seja contra as duras regras do mercado livreiro, fundando sua própria casa editorial, a Anima, seja ajudando a constituir o Partido Verde e participando do grupo de organização de atividades paralelas da conferência mundial da ONU sobre desenvolvimento e meio-ambiente. Na década seguinte, integrou-se ao Centro Brasileiro de Defesa da Criança e do Adolescente, sendo responsável pela salvaguarda dos meninos de rua sobreviventes, e portanto testemunhas, do Massacre da Candelária – triste e vergonhoso episódio em que oito pessoas, seis menores e dois maiores foram chacinados por policiais militares em frente à igreja da Candelária, no Rio de Janeiro, na noite de 23 de julho de 1993.

No entanto, após toda essa atividade, como escritor, editor, advogado e professor, em meados da década de 1990 Julio Cesar Monteiro Martins achava-se desencantado. A política partidária o desiludira, as pressões sofridas por sua militância pelos direitos humanos o esgotara, tivera que vender a editora, seus novos livros eram recusados para publicação. Então, para não morrer asfixiado pela falta de horizontes, tomou uma decisão drástica: deixou o país para recomeçar do zero a vida, reinventando-se.

Em 1996, a universidade de Pisa, na Itália, contratou um professor de Língua Portuguesa e Tradução Literária, que, três anos depois, fundava a Scuola Sagarana, um laboratório de narrativa literária, em Pistóia, que também edita a revista literária eletrônica Sagarana, uma das melhores do gênero em qualquer língua. Esse professor, que adotou o nome de Julio Monteiro Martins (abandonando o Cesar), lançou em 1998 uma coletânea de poemas, Il percorso dell’idea, dois anos depois uma coletânea de contos, Racconti italiani, e em 2005 um romance, Madrelíngua, e não parou mais: tornou-se um dos mais importantes escritores da atual literatura italiana. Julio Monteiro Martins foi um dia Julio Cesar Monteiro Martins. Este, que encontrava-se desaparecido, redescobri há alguns anos, pelos livros – mas e os milhares que andam por aí, sumidos, que não têm a competência e o talento de Julio Monteiro Martins para superar-se?

Fonte: Brasil ElPais

 

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