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Suicídio – um guia para quem ficou – SORTEIO
“No dia dez de janeiro de 2005 eu acordei com um telefonema de minha irmã Renata dizendo que nosso pai acabara de se matar com um tiro na cabeça”. A frase é da jornalista Paula Fontenelle que, chocada com a morte voluntária do pai, mergulhou por três anos no enigmático mundo do suicídio. O empenho na busca por respostas resultou num livro cheio de surpreendentes casos reais – a começar pela história da própria autora – depoimentos de psicólogos, psiquiatras e especialistas em suicídio, além de uma extensa pesquisa bibliográfica.
Para escrever “Suicídio – o futuro interrompido”, Paula entrevistou pesquisadores de vários países, estudou a linguagem simbólica e os significados de cartas de despedida, participou de grupos de discussão na Internet, anotou relatos de quem tentou tirar a própria vida e conversou com pessoas que sofrem pela perda de um amigo ou familiar nessas condições. Entre os especialistas mais respeitados, está Edwin Schneidman, psicólogo norte-americano considerado o pai da suicidologia moderna, responsável pela abertura do primeiro centro de prevenção ao suicídio nos Estados Unidos.
Sem medo de ousar ao tratar de um assunto tão polêmico, a autora mostra, com este livro lançado pela Geração Editorial, que não existe uma única resposta. Em vez de trilhar somente um caminho, a jornalista preferiu trazer uma abordagem mais séria e científica sobre o tema, mundialmente tratado como um problema de saúde pública. Só assim pode-se empreender um debate amplo e sem preconceitos.
A sensibilidade – impulso inicial devido ao suicídio do pai que, aos 68 anos, optou pela morte – está em cada página deste livro. A narrativa é uma mistura da voz da jornalista, quando conta a própria história familiar, seguida de depoimentos dos entrevistados. Além disso, Paula equilibra o conteúdo do trabalho com as pesquisas mais recentes a este respeito nos campos da psicologia, psiquiatra, educação e políticas públicas de saúde mental.
“A obra traz uma mensagem otimista e proativa. Relato histórias de superação, esclareço quais são os sinais de alerta emitidos por pessoas propensas ao suicídio, derrubo mitos acerca do assunto, trago a opinião de vários especialistas. Quero dividir com todos o que há de mais atual sobre este tema de forma clara, sem rodeios e, quem sabe, ajudar as pessoas que vivem situações de risco a prevenir a morte voluntária e a enxergar alternativas”, diz a autora.
A Organização Mundial da Saúde estima que em 2020 cerca de 1,53 milhão de pessoas morrerão desta forma, o que significa um caso de suicídio a cada 20 segundos. Este índice representa um crescimento de 74% em relação às 877 mil mortes voluntárias registradas em 2002. Dados como estes provam o quanto o tema deve ser levado a sério pela sociedade.
Durante a pesquisa, Paula se deparou com uma enorme escassez de dados e informações no Brasil. Ela lamenta a falta de políticas de prevenção no País. “Não conseguia encontrar obras voltadas para o público leigo, por isso decidi preencher esse vazio”, esclarece.
O livro traz um capítulo especialmente dedicado à mídia. Partindo de orientações adotadas internacionalmente, a autora levanta uma discussão de como a imprensa trata ou deveria lidar com o tema, trazendo inclusive exemplos de coberturas adequadas de veículos nacionais e estrangeiros.
No mínimo, intrigante
“Suicídio – o futuro interrompido” é o primeiro livro do Brasil que soma uma pesquisa exaustiva a relatos verídicos, escrito numa linguagem objetiva e clara. Longe de emitir julgamentos, a jornalista fala do próprio sofrimento, uma dor que está cada dia mais próxima às pessoas e que precisa conquistar um espaço de debate na sociedade.
Na memória, muitas lembranças. Ao longo de sua narrativa, Paula traça uma linha do tempo entre a infância do pai e a última vez que falou com ele – um dia antes de sua morte –, procurando identificar, nesta biografia, o que o levou a uma opção tão drástica e irreversível. Ela também mostra, por meio de relatos comoventes, exemplos de pessoas que encontraram razões para viver.
Neste livro, Paula Fontenelle não se propõe a dar respostas absolutas e sim a ajudar as pessoas a identificar os sinais, entender os fatores associados ao suicídio, saber como agir numa situação de risco, lidar com a dor da perda e enxergar alternativas. Além de tudo isso, a autora pretende quebrar o tabu que tem levado o tema ao perigoso espaço do silêncio.
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AMOR EXCLUSIVO: um romance emocionante
ELES JURARAM FICAR UNIDOS ATÉ QUE A MORTE OS SEPARASSE… MAS NEM A MORTE CONSEGUIU SEPARÁ-LOS
Geração lança no Brasil uma das grandes sensações da literatura alemã contemporânea, a história comovente e poderosa de duas pessoas extraordinárias que morreram da mesma forma que viveram: inseparáveis
Este livro é incomum já a partir das primeiras linhas:
No dia 13 de outubro de 1991, os meus avós cometeram suicídio. Era um domingo. Na verdade, esse não é o melhor dia da semana para se cometer suicídios. Aos domingos os parentes ligam, os conhecidos querem dar uma passada para ir juntos passear com os cachorros. Uma segunda-feira, por exemplo, me pareceria muito mais adequada. Pois bem, fazer o quê.
Vera tem 71 anos e goza de boa saúde; István tem 82 e sofre de uma doença terminal. Húngaros residentes na Dinamarca, estão casados há quase meio século e são incrivelmente bonitos e elegantes. Ambos suportaram os horrores do Holocausto e do regime comunista, mas não podem suportar a ideia de que a morte dele vai separá-los. Assim, naquele domingo de outubro de 1991, os dois cometem suicídio: morrem juntos na sua cama, de mãos dadas. E assim nasce um tabu de silêncio na chocada família que ficou para trás.
Dezesseis anos depois, a autora deste livro, neta do exótico casal, ignora a regra familiar de que “não falamos sobre esse assunto” e mergulha no passado proibido dos seus avós, aos quais mal chegou a conhecer, reconstruindo paulatinamente o último dia de vida deles. Enquanto procura solucionar o mistério em torno de suas trajetórias acidentadas, vai descobrindo como as experiências vividas por eles moldaram a sua família e fizeram da autora, Johanna Adorján, o que ela é hoje. Ao escrever sobre os avós, ela tenta reconciliar-se não só com a memória deles, mas também consigo mesma.
Muito mais que uma emocionante história de amor — amor “exclusivo” tanto no sentido de “único” quanto no sentido de “egoísta”, um amor que exclui todos os demais — esta pérola da moderna literatura alemã constitui uma jornada de autoconhecimento, empreendida com absoluto domínio da narrativa, num estilo impecavelmente claro.
Forte, pungente, engraçado e lírico sem sentimentalismo, Um amor exclusivo é um livro encantador, que estimula as emoções e a reflexão em igual medida, por resultar do encontro de uma inteligência altamente sofisticada com a mais profunda sensibilidade artística.
“Esta é uma história de amor intensa, complexa, otimista, apaixonada, dolorosa e muitas vezes cômica. É também uma história de busca por amor. E ainda a história de uma busca por uma história que é ao mesmo tempo pessoal e universal. Um passado que faz parte do presente.”
Lily Brett, escritora australiana, autora de Things could be worse
“Quando um suicídio ocorre, duas perguntas parecem inevitáveis: como e por quê? Um amor exclusivo responde a segunda por meio de especulação, como deve ser. No entanto, esta história sobre os avós da autora, cujas vidas foram tão repletas de grande pesar, mas também enriquecidas de alegria e elegância à moda antiga, soa absolutamente verdadeira. Um amor exclusivo é um livro de profundo impacto, lindamente escrito e traduzido. Sem ser sentimental e nem propenso a julgar, proporciona não apenas uma leitura envolvente, mas também uma boa razão para pensar e contemplar seriamente ao se terminar de ler. Ele oferece um prisma através do qual é possível examinar e talvez compreender um ato tão complexo, deixando de lado o sensacionalismo para poder enxergar a lógica e a profunda humanidade.”
Elizabeth Berg, escritora norte-americana, autora de The last time I saw you
“Uma história que é perturbadora em seu imediatismo, e que, por meio de uma sensibilidade intuitiva, capta uma verdade surpreendente… De maneira muito simples, sem páthos, sem artifícios, este relato pessoal está escrito com a infinita gentileza da tristeza que encontrou a paz.”
Le Monde (França)
“Um belo livro.”
L’Express (França)
“O estilo simples e direto dela transmite a história com uma claridade perfeita.”
Le Figaro (França)
“No processo de assimilar fatos desconexos para construir uma história pungente e elegante, Adorján expõe suas próprias esperanças e medos, o que é um bônus a mais.”
Kirkus Reviews (EUA)
“Adorján escreveu um livro do qual emana uma sensação de casualidade da comédia da vida humana… Trata-se com certeza da obra de uma escritora nata, graciosa e convincente… um dos livros de memórias mais impressionantes publicados em anos.”
The Australian
“Um relato arrebatador de tristeza e sofrimento profundo.”
Vogue (Austrália)
“Um livro muito pungente.”
Die Zeit (Alemanha)
“A frase de abertura mais impressionante desta temporada literária.”
Libération (França)
“Uma narrativa maravilhosa sobre um casal extraordinário — encantadora, afetuosa e consoladora.”
Buch Journal (Alemanha)
“Melhor descrito como obra de não-ficção, este livro de memórias levou-me ao riso e às lágrimas.”
Herald Sun (Austrália)
“Um livro formidável… as sequências fluem pelo tempo e espaço, e da voz de uma pessoa para outra, com tranquila segurança, como uma grande composição musical.”
Sunday Star Times (Nova Zelândia)
“O fato de que a autora não se cansa de investigar esse enigma, de que ela submete tudo a escrutínio repetidas vezes, com coragem e uma inteligência mordaz, faz com que o livro dela sobre um domingo sombrio se torne uma obra fulgurante.”
Frankfurter Allgemeine Zeitung (Alemanha)
“Exclusivo, ou seja, singular, em todos os aspectos: no seu projeto, na sua realização e na sua tradução. Um empolgante conto de fadas suicida.”
Irène Heidelberger-Leonard, Universidade Livre de Bruxelas, Bélgica
“Fiquei muito emocionada com Um amor exclusivo — tamanha clareza de pensamento e sentimento! Johanna Adorján escreve com precisão e maleabilidade soberbas. É realmente um livro memorável.”
Diana Athill, escritora inglesa, autora de Somewhere towards the end
“Um livro de memórias poderoso e impressionante, em que o real e o imaginário se fundem de maneira tão inconsútil, que ficamos completamente enfeitiçados. A corajosa investigação de Adorján sobre os seus avós, que sobreviveram tanto ao Holocausto quanto à invasão soviética da Hungria, ilustra a resiliência do espírito humano bem como o seu oposto, o modo como as injúrias do passado continuarão a ecoar pelas gerações vindouras.”
Philipp Meyer, escritor norte-americano, autor de American rust
“O que temos aqui é o casamento de uma inteligência sofisticada com a sensibilidade de uma artista, gerando uma narradora que conta uma história familiar, como se fosse pela primeira vez. Este livro constitui, de fato, memórias enquanto literatura.”
Vivian Gornick, crítica norte-americana, autora de The solitude of self
Mais informações: www.geracaoeditorial.com.br
O discreto charme da burocracia
Especialista em Políticas Públicas e titular de cargos de várias naturezas no governo Lula lança livro que retrata o surreal, o cômico do cotidiano do governo em Brasília
Em um estilo sucinto e elegante, Afonso Oliveira de Almeida nos deleita e diverte com seu O Burocrata e o Presidente – Crônicas do Governo Lula,
composto de 50 narrativas curtas e ágeis (42 com título), que lançam um olhar bem-humorado e sagaz sobre o Brasil, sobre suas instituições e
sobre algumas bizarrices no funcionamento do governo federal.
Todo brasileiro se pergunta: o que se passa em Brasília? Pois com a experiência adquirida ao longo de sua atividade no governo Lula, o autor sabe
melhor que ninguém a resposta para essa pergunta, visto que conhece as figuras, as histórias, os absurdos e as contradições da capital federal, as
quais retrata fielmente nas suas crônicas, com um olhar às vezes afetuoso e às vezes crítico, mas sempre atento para o insólito e o cômico.
Gênero de difícil conceituação, a crônica pode configurar-se como uma mescla de prosa e poesia, ficção e jornalismo, ou como cada um
desses subtipos. Pois o autor domina tal gênero com uma maestria que faz lembrar a de outros grandes cronistas, de Ricardo Ramos a Luís
Fernando Veríssimo.
Nem os grandes vultos da história são poupados da sua irreverência, pois, segundo o autor, “o enigma finalmente decifrado dos grandes homens é
que não são grandes homens”.
Dom Pedro bradou “Independência ou Morte” e até hoje ninguém respondeu.
De Gaulle contou que este não é um país sério, mas a gente levou na brincadeira.
Getúlio Vargas saiu da vida para entrar na história, mas a recepção foi fria.
Na crônica “Bala de Prata”, o autor nos encanta com uma descrição do Brasil que surpreende tanto pela beleza da prosa quanto pela agudeza
da análise:
Ao sul da linha do Equador, a oeste da África, curtido pelo sal abundante do Atlântico, a leste da América do Sul espanhola, eis o Brasil, paraíso
selvagem infantil, gigante faminto adolescente, eterno passado velho presente, cada vez mais presente, com a cara lambida e a afoiteza dos
penetras, aos grandes eventos do mundo.
O livro ainda nos presenteia com passagens de notável sutileza, como Dilma Rousseff pedindo emprestada a faixa presidencial a Lula e prometendo
devolvê-la logo, na crônica “Ritmo de Passagem”.
Combate as falsas dicotomias:
Se a molecada se arriscar a dar um chutão nela, vira custeio.
Onera a cerimônia:
Depois, assuntaram que o Lula substituía as gravatas vermelhas por uma preta e branca após as vitórias do Corinthians; e as gravatas alvinegras
se acabaram junto com as vitórias do Corinthians.
Envenena o clássico burocrata versus político:
É golpe baixo apelar para estoicismos de última hora e jogar na cara dos políticos que a democracia custa e que queremos discutir a relação apenas
para efeito de reembolso.
As crônicas deste livro conseguem extrair da matéria cotidiana os substratos mais elevados, capazes de levar à reflexão sobre temas profundos ou,
em sentido diverso, resgatar os elementos singelos contidos nos temas ditos “sublimes”.
Afonso Oliveira de Almeida é um escritor talentoso e refinado, que demonstra uma técnica apurada, um conhecimento formal profundo dos
recursos literários, e uma narrativa de leveza frequentemente poética. O burocrata e o presidente reúne a síntese de qualidades necessárias para
consolidar um grande nome das letras brasileiras.
Clique aqui e confira a entrevista com o autor.