Os truques criativos para consertar livros na era medieval
Por Ideiafixa
Erik Kwakkel é historiador de livros medievais e vem investigando como os que produziam as obras encontravam soluções para salvar tomos e volumes danificados. Finas membranas de pele de ovelha ou vaca eram usadas para imprimir os livros entre os séculos XIII e XV, antes da vinda do papel como base para receber as tintas e ilustrações.
Estes pergaminhos eram extremamente delicados e custoso para serem fabricados com qualidade. As imperfeições, pequenos rasgos e outros detalhes que machucavam a pele dos animais eram de responsabilidade dos artesãos escribas consertarem. Então eles desenvolveram diversos métodos, alguns artísticos, para aperfeiçoar e decorar os livros que vinham com “problemas de pele”.
Faziam teias com seda nos orifícios ou ilustrações ao redor que eram incorporadas direto no texto. Mesmo com um meio diferente, os procedimentos são similares a um método japonês de reparar cerâmica quebrada chamado Kintsugi, no qual as fraturas nos potes eram remendadas com metais preciosos. Ou sejam, sinalizavam a história imperfeita do objeto e seguiam utilizando-o em vez de descartá-lo.
Fonte: IdeiaFixa