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Literatura nas Bibliotecas
Veja a programação de literatura que aconteceem setembro na Bibliotecas AlceuAmoroso Lima, Biblioteca Álvaro Guerra, Biblioteca Amadeu Amaral, Biblioteca Belmonte, Biblioteca Jamil Almansur Haddad, Biblioteca Paulo Setúbal, Biblioteca Raimundo de Menezes, Biblioteca Vicente de Carvalho e no SESC Pinheiros em parceria com o Sistema Municipal de Bibliotecas e A Cor da Letra
Biblioteca Alceu Amoroso Lima
Mitologia Grega
Coord: Ajax Perez Salvador e Wladia Beatriz Correia
Baseando-se na leitura de textos mitológicos, procura-se traçar um paralelo entre a mitologia e a vida real.
Às quintas, das 15h às 16h30, de 1 a 29 de setembro.
Leitura em voz alta
Coord: Silvana Maria Clivati
A atividade focaliza a leitura em voz alta e em grupo, desenvolvendo competências de análise, entendimento e expressão sobre o texto lido e suas possíveis relações com a vida cotidiana. Os textos para leitura serão escolhidos previamente pelo grupo participante e fornecidos pela biblioteca (contos, textos jornalísticos, crônicas e outros).
Às quintas, das 14h30 às 16h30, de 1º a 29 de setembro
Biblioteca Amadeu Amaral
Mediação de Leitura
Com Márcia Cristina Cortez Mauro
Atividade de mediação de leitura com o Grupo da 3ª idade “Sempre é Tempo”. Aberto a interessados. 60 min.
Às quartas, às 10h, de 14 a 28 de setembro
XI Encontro de escritores cordelistas
Encontro do público com o cordelista Pedro Monteiro, da Caravana do Cordel. O escritor discorre sobre sua trajetória na literatura de cordel e sobre a importância do cordel como ferramenta pedagógica e cênica. Na ocasião o escritor lançará o cordel “O Triunfo do Poeta no Reino do Cafundó”.
29 de setembro às 19h
Biblioteca Jamil Almansur Haddad
Entre na roda, leitura para crianças
Com Joselita Barreto.
Leitura de contos e poesias para o público infantil 3 a 6 anos
12 de setembro às 10h
Biblioteca Paulo Setúbal
Chá com leitura
Roda de leitura em voz alta de histórias temáticas para todas as idades. Ao final, é servido um delicioso chá. Livre.
14 de setembro às 15h
28 de setembro às 15h
Biblioteca Raimundo de Menezes
Roda de leitura
Coordenação Fernanda Mendes Queiroz
Encontro com o objetivo de incentivar o gosto pela leitura em que os participantes terão a oportunidade de ler e discutir textos de diferentes gêneros narrativos. Para maiores de 10 anos, 50 min.
28 de setembro às 10h
Biblioteca Vicente de Carvalho
Entre na roda de leitura na Cohab 2
Com Cléo da Silva Lima
Leitura de textos infantojuvenis. Presença dos alunos da E.E. Prof. Joaquim Silvério Gomes dos Reis. Aberta a interessados. 40 min.
21 de setembro às 9h30
Sobrevida – A história de um médico que não sabia nada de medicina
Título: Sobrevida – A história de um médico que não sabia nada de medicina
Autor: Josiane Motta e Motta
Formato: 13,5 x 20,5 cm.
Páginas: 212
Categoria: Romance
ISBN: 978-85-61501-76-1
Código de barras: 978-85-61501-76-1
Preço: R$21,90
Sinopse:
Acusado de ter induzido a mulher, Karen, a uma morte lenta por abuso de drogas, o Dr. Daniel Schwartz se pergunta, com razão, se não será um novo Jack Kevorkian, o “Dr. Morte”. Culpado ou inocente, ele tem que seguir com sua vida no Michigan Labtech, na cidade de Ann Arbor, nos Estados Unidos, dividido entre casos amorosos com várias mulheres, o que torna a sua vida comparável à do médico de um romance de Milan Kundera. Anotando em seu diário tudo que lhe acontece em termos de uma vida sofisticada, repleta de consumismo cultural e gastronômico de alto nível, ele dialoga com os mistérios da alma feminina e com as dificuldades da saúde e da doença no rico contexto da vida norte-americana. O leitor acompanhará os lances desta vida sem saber qual será a mulher com quem Daniel finalmente ficará e sem saber se é um homem cínico ou apenas mais um contemporâneo perplexo como todos nós. Um romance surpreendente de J. Motta e Motta, uma nova autora brasileira.
RELEASE:
“Sobrevida”: contemporaneidade e cinismo em romance de uma nova autora brasileira
Josiane Motta estréia em romance que lembra Milan Kundera e constrói um personagem médico sedutor e fascinante
“Sobrevida – a história de um médico que não sabia nada de medicina”, cujo título original era “Vou escrever esta história para provar que sou sublime”, aproveita-se da frase do célebre poema “Tabacaria”, de Fernando Pessoa, para contar, em tom de intertextualidade, com abundância
de citações, paródias e ironias, a vida de um médico, Daniel Schwartz, que, residente em Ann Arbor, Michigan, trabalha em projetos de investigação do código genético e registra em diário seu dia-a-dia cheio de conquistas amorosas, amizade, rivalidades profissionais, trabalho, dúvidas e doenças.
Narrado em primeira pessoa, como Milan Kundera em “A insustentável leveza do ser”, o livro contém 15 capítulos em que a vida de Schwartz se desdobra em acontecimentos relacionados à sua vaidade profissional e à sua capacidade de seduzir certo número de mulheres ao seu redor, embora tenha se casado com Karen, uma viciada em drogas que acaba morrendo de overdose.
A morte de Karen é que faz Schwartz se questionar sobre o sentido de sua vida, visto que, como no filme “Reverso da fortuna”, o médico é acusado de ter provocado a morte da esposa por induzi-la ao uso abusivo de drogas, já que ela era depressiva. O filme, estrelado por Glenn Close e Jeremy Irons, é, aliás, citado no próprio livro, que estabelece com suas próprias fontes de inspiração um diálogo irônico.
Em matéria de gosto feminino, o médico se divide entre várias mulheres, como Debbie, que gostaria de ter um filho dele, a atriz hollywoodiana
Sally (que no momento filma um remake de “Ladrão de Casaca”, clássico de Hitchcock), a brasileira Tânia e Rachel, esposa de Noah, o
seu melhor amigo. Tragicamente paralisada por um acidente, e também cega, Rachel parece simbolizar, no romance, a consciência e o guia
de Daniel, cujo cotidiano, dividido entre morte e vida, doença e saúde, é povoado de sonhos fúteis e consumismos. A autora o mostra como
o típico profissional liberal contemporâneo bem–sucedido (ou tido como tal) que vive entre viagens, salários altos, restaurantes de alto
luxo (as citações de marcas de vinhos e pratos da moda são constantes), preocupações com caminhadas e saúde e diversas camas.
Josiane Motta se vale de um recurso intertextual que aproxima o personagem do também médico Thomas de “A insustentável leveza do ser”, romance de Milan Kundera, que é dividido entre mulheres, hesitante, obrigado a tomar decisões que gostaria de não tomar. Daniel tem um forte lastro edipiano, tendo sempre preferido a mãe ao pai e, dividido entre reflexões sobre frases de escritores que lê (além de Kundera, Ian McEwan, entre outros) e as miudezas de seu cotidiano exterior, só será forçado pelos fatos à seriedade de viver quando cair doente e se aproximar da morte.
O painel construído por Josiane Motta ilustra ironicamente as relações da vida e da morte, com abundantes informações sobre o cotidiano dos hospitais e das dificuldades enfrentadas por doentes de vários tipos. Embora empenhado na fuga constante à realidade que o hedonismo de luxo representa, Daniel tem consciência das dificuldades de sua profissão e conhecerá na pele os problemas de uma hospitalização quando ele próprio cair doente. O livro produz um diálogo constante entre a vida dificultada pelas doenças e a depressão e a opulência do consumismo de alta classe possível no contexto do atual american way of life. Mas Josiane Motta não fica apenas na América, porque Daniel, mantendo um caso com a brasileira Tânia, se deslocará para o Brasil, onde vai conhecer São Paulo e a Amazônia. O personagem é criado de maneira verossímil e é possível
perfeitamente vê-lo como um americano em visita ao Brasil, registrando coisas curiosas observadas nas ruas de São Paulo e na floresta amazônica.
A autora se define, em sua mini autobiografia, como “nascida em Vitória (ES) em data incerta”.
Professora de medicina, médica uteísta, trabalha em salas de emergência de hospitais públicos em São Paulo. Sabe, portanto, do que está falando,
e soube transpor suas experiências para um livro situado na América que dialoga com a contemporaneidade universal.