ADHEMAR |
DEUSES DO OLIMPO |
||
OS VENCEDORES |
A VILA QUE DESCOBRIU O BRASIL |
||
O BRASIL PRIVATIZADO |
CENTELHA |
||
MALUCA POR VOCÊ |
NOS IDOS DE MARÇO |
Índice de livros eletrônicos continua baixo
A sombra da pirataria na indústria musical motivou diversos debates entre editores na Feira do Livro de Frankfurt, que termina amanhã. Apesar de o mercado digital ainda ser incipiente em termos mundiais, concluiu-se que a pirataria já praticada é considerável. “Cerca de 60% dos livros baixados pela internet na Alemanha são ilegais”, afirmou Gottfried Honnefelder, diretor da Federação Alemã do Comércio do Livro, em declaração divulgada pela agência noticiosa EFE. “E as autoridades responsáveis não fazem nada a respeito.”
A cifra foi conseguida a partir de um estudo realizado pela federação, que aponta ainda uma reduzida faixa do mercado alemão ocupada pelo livro digital: 0,7%. Alguns números, no entanto, foram contestados. “A quantidade de pirateados parece ser muito improvável”, rebateu Thomas Mosch, membro da direção da Bitkom, federação de empresas tecnológicas alemãs. Segundo ele, o usuário habitual do livro eletrônico em média tem formação universitária e idade madura, contradizendo o perfil tradicional do pirata da internet.
Curiosamente, tal informação foi em parte desmentida por Claire Holloway, diretora da empresa americana de serviços editoriais Bookmasters. Segundo ela, os livros digitais nos EUA, que ocupam 20% do mercado, estão protegidos em sua maioria, mas a pirataria acontece principalmente nas publicações universitárias. “A preferência recai sobre obras de referências, que são mais caras e que serão utilizadas apenas uma vez pelos estudantes”, explica.
A ação ilegal de baixar um livro sem pagar não atrai os leitores britânicos – segundo Richard Mollet, diretor da Associação de Editores da Grã-Bretanha, depois que um site foi aberto para que as pessoas denunciassem sites com programas irregulares, cerca de 86% dos usuários que apontaram os piratas o fizeram logo na primeira visita.
Outro assunto de segurança marcou a Feira de Frankfurt, esse mais grave. O PEN Club, organização internacional de escritores, divulgou que, em 2011, ao menos 54 escritores ou jornalistas foram assassinados no mundo – estima-se que a cifra possa ser maior – e que 111 estão sequestrados ou desaparecidos. O país onde ocorreram mais mortes até o momento foi o México. E o Irã lidera a lista dos que realizaram mais prisões.
Não foi surpresa, portanto, quando a Associação dos Livreiros Alemães escolheu o escritor argelino Boualem Sansal para receber, amanhã, o Prêmio da Paz. Concedida anualmente durante a Feira de Frankfurt, a honraria privilegia autores que lutam pelos direitos humanos. Proscrito em seu país depois de publicar O Juramento dos Bárbaros, em 1999, Sansal acredita que os intelectuais árabes podem ser símbolos da resistência contra a opressão, mesmo que suas obras sejam pouco conhecidas. “É importante que nossos povos saibam que há quem lute pela democracia.”
Fonte: O estado de S.Paulo
Caetano Veloso participa da Balada Literária 2011
Caetano Veloso confirmou presença na edição de 2011 da Balada Literária, que será realizada entre os dias 16 e 20 de novembro,em São Paulo. Em2011, o poeta Augusto de Campos, que comemora 80 anos, será o homenageado do evento. A entrada é gratuita.
Cantor e compositor participará de um bate-papo com o poeta Augusto de Campos
O cantor e compositor participará de um bate-papo marcado para dia 17, às 17h30, no Centro Cultural b_arco. Mediado por Claudynei Ferreira, o encontro tem como objetivo promover uma conversa informal entre Augusto e Caetano Veloso.
Grandes nomes da literatura já passaram pelo evento, que chega ao seu sexto ano. Antonio Cândido, Adélia Prado, João Ubaldo Ribeiro, Lygia Fagundes Telles,Luis Fernando Verissimo, Mário Prata e Paulo Lins são alguns dos principais nomes.
Em 2011, além das presenças de Caetano Veloso e do homenageado Augusto de Campos, o evento contará com as participações de João Gilberto Noll, Fabricio Carpinejar, Jorge Mautner, Walter Franco e Tom Zé.
SERVIÇO
Balada Literária 2011
De 16 a 20 de novembro
Entrada franca
Centro Cultural b_arco
Rua Dr. Virgílio de Carvalho Pinto, 426 – Pinheiros
Tel.: (11) 3081-6986
Confira a programação completa da Balada Literária no site: www.baladaliteraria.zip.net
Fonte: O Estado de S.Paulo
Príncipe de Histórias: Os Vários Mundos de Neil Gaiman
Príncipe de Histórias: Os Vários Mundos de Neil Gaiman
Autores: Hank Wagner, Christopher Golden e Stephen R. Bissette.
Formato: 15,5 x 22,5
ISBN: 978-85-61501-71-6
Cód. De Barras: 978-85-61501-71-6
Gênero: Biografia
Preço: 69,90
Sinopse:
Quem é o criador de “Sandman”, sucesso absoluto das HQs que em 1989 revolucionou o mundo do gênero e criou uma nova denominação, “Graphic Novels”, transpondo as fronteiras acadêmicas e colhendo elogios da crítica literária?
Neil Gaiman. Mistério, vertigem, desafio. Um gênio criativo de múltiplas faces, que transita das HQs para o cinema, do jornalismo de entretenimento para o romance, o conto e a fábula, a história de terror, a televisão e o cinema. Um agitador cultural que seduz multidões. Um dos dez maiores escritores pós-modernos.
Este livro monumental se propõe a revelar as muitas faces de Gaiman, sua vida, sua obra, seu processo criativo, do homem ao criador, do adolescente leitor de romances de fantasia e mistério ao mito das HQs consagrado em todo o mundo. Fundamental, do início ao fim, para quem lê Gaiman e para quem, não tendo lido, não vai escapar de ler, um dia.
O fenômeno Neil Gaiman, uma lenda das graphic novels
Fenômeno da cultura pop, amado por leitores sofisticados, mas principalmente por jovens que curtem ou não literatura em geral. Um dos 10 maiores escritores pós-modernos, ao lado de Thomas Pynchon e William Burroughs. Um cofre de histórias que rivalizam com J.R.R. Tolkien e C.S. Lewis. Autor de histórias em quadrinhos para intelectuais. Cineasta, escritor de ficção fantástica, autor de HQs, roteirista de cinema e TV — um fenômeno multifacetado mundial que realizou a façanha de fazer com que histórias em quadrinhos fossem reconhecidas no mundo acadêmico.
O nome dele é Neil Gaiman, um inglês radicado nos Estados Unidos, realmente um fenômeno. Por onde anda — e veio várias vezes ao Brasil — provoca filas quilométricas nas noites de autógrafos, lota auditórios e fascina fãs de ambos os sexos. É este fenômeno que Hank Wagner, Christopher Golden e Stephen R. Bissette tentam decifrar nas 661 páginas do monumental “Príncipe de Histórias: Os Vários Mundos de Neil Gaiman”, lançado pela Geração Editorial, com prefácio de Terry Prachett, para quem Gaiman “não é um gênio como os outros”, mas um trabalhador incansável de sua arte e alguém que sabe lidar com truques únicos, não como um mágico, e sim como um ilusionista que se esforça sempre por fazer o melhor.
A arte de Neil Gaiman quebrou tabus e transpôs fronteiras tidas como invioláveis no mundo da crítica literária, que sempre torceu o nariz para o artigo de bancas chamado HQ. Com “Sandman”, as HQs foram das bancas para as livrarias nobres, cunhando uma denominação mais abrangente, “graphic novel”, atingiu leitores e consumidores refinados e insuspeitados e inaugurou importantes rupturas estéticas a partir da publicação de seu trabalho mais famoso em 1989.
Trata-se de um livro para quem conhece ou quer conhecer a vida e a obra desse gênio da cultura pop, endeusado por seu editor William Morrow e elogiado por gente tão díspar quanto Stephen King, o mago das histórias de terror; e Norman Mailler, um dos maiores escritores americanos de todos os tempos.
Nascido em 1960 em Portchester, Inglaterra, desde jovem Gaiman foi um leitor ávido de literatura de fantasia, de nomes como J.R.R. Tolkien e C.S. Lewis, e começou sua carreira como jornalista em várias áreas do entretenimento, incluindo a crítica de cinema e música, o que prova o seu primeiro livro publicado, sobre o conjunto pop Duran Duran. Na trívia divertida, que bebe de muitas fontes, de “Príncipe de Histórias: Os Vários Mundos de Neil Gaiman”, ficamos, sabendo que, como crítico de cinema, Gaiman se entusiasmou muito pelo primeiro filme da série de vampiros “A hora do espanto”, famosa nos anos 1980, e que mais tarde se arrependeu de seu entusiasmo. Com “Orquídea Negra” e “Monstro do Pântano”, personagens que ressuscitou com talento, Gaiman foi trabalhar na DC Comics. E chegando à publicação de “Sandman”, tornou-se um sucesso absoluto do gênero. Por ele, Gaiman teve amplo reconhecimento e ganhou o ambicionado World Fantasy Award. Gaiman também chegou ao cinema com sua história “Beowulf” e, além de “Sandman”, fez muito sucesso com “Coraline” e outras histórias, justificando plenamente o título de príncipe que lhe dá este volume.
“Príncipe de Histórias: Os Vários Mundos de Neil Gaiman” é uma hábil compilação de muitos artigos, perfis de personagens, entrevistas e dados históricos e biográficos sobre Gaiman, célebre “jack of all trades” (pau para toda obra ou multimídia, em português) por Hank Wagner, Christopher Golden e Stephen R. Bissete. No prefácio, Terry Pratchett refere-se a Gaiman como um homem que dividiu a história das HQs, tendo sobre elas um efeito comparável ao que J.R.R. Tolkien teve sobre o mundo dos romances de fantasia: algo que depois precisou mudar, uma influência decisiva que só fez se prolongar e ramificar ao longo dos anos sobre o gênero e seus novos autores.
Dividido em doze partes, o livro mostra com meticulosidade os muitos Gaiman existentes, desde o apreciador fanático de sushi, sempre vestido de preto, ao criador do corporativo e necessário Fundo de Defesa Legal dos Quadrinhos (Comic Book Legal Defense Fund). Um retrato caleidoscópico do mestre das HQs, o livro satisfará plenamente tanto o fã do gênero, que tem Gaiman na conta de mestre, quanto o leitor comum, em contato com um personagem extraordinário, um artista de vários mundos e atordoantes talentos.
Os autores deste livro, à altura do talento do biografado e analisado, venceram o desafio de poder contar tudo o que é possível saber, tudo (e talvez mais um pouco) sobre o que Gaiman fez, quem ele foi e é, o que pensa de seus personagens, como os cria e tudo que haverá de fisgar o fã e cativar o leitor comum. O estilo caleidoscópico e vertiginoso tem tudo a ver com o universo estético do próprio Gaiman.
Depois da leitura de “Príncipe de Histórias: Os Vários Mundos de Neil Gaiman”, mesmo o fã mais informado e inveterado do escritor saberá sobre ele muito mais do que julgava saber. E o leitor comum sairá fascinado, disposto a procurar “Sandman”, “Coraline” e outros sucessos de Gaiman na livraria mais próxima.