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No Correio Braziliense: A encruzilhada de José
A ENCRUZILHADA DE JOSÉ
Serra nunca esteve tão emparedado na política. Se não for candidato a prefeito, será acusado de ter dado as costas ao PSDB. Se concorrer _ e vencer __ estará “preso” em 2014. Se perder, permanece no fim da fila presidencial
Nos bastidores da política, nunca se falou tanto do ex-governador de São Paulo, José Serra. Uns dizem que ele precisava fazer uma terapia para parar de reclamar de tudo e de todos. Outros consideram um absurdo a forma como o PSDB o trata. Para completar, apareceu o livro do jornalista Amaury Ribeiro Jr jogando mais lenha na fogueira com denúncias do tempo da privatização.
Ora, livros reportagens sempre foram publicados sobre um ou outro assunto. Só na época em que Fernando Collor sofreu um processo de impeachment foram pelo menos três com as peripécias de seu governo. José Sarney, Antonio Carlos Magalhães, Lula, todos já foram personagens de livros que não eram necessariamente uma biografia.
O que está em jogo dentro do PSDB não é um livro, é o futuro, independentemente de livros de quem quer que seja. Afinal, fala sério: a maioria do eleitorado vive no Brasil real e não nas redes sociais. Embora sejam uma ferramenta importante, ainda não são o fator preponderante nas eleições. E, para este futuro, o caminho na maioria das conversas partidárias é buscar o novo. E, no caso dos tucanos, o novo, dizem eles, é o senador Aécio Neves (MG). Muitos se arrependeram de não ter dado a Aécio a candidatura à Presidência da República em 2010, deixando a Serra o papel de representar o partido no governo de São Paulo, como candidato à reeleição.
Serra, entretanto, não pensa assim. Tem dito a amigos que parte de suas agruras se devem ao seu partido que não o apoiou como deveria em 2010. Agora, quer um espaço para percorrer o Brasil e voltar a ser candidato a presidente em 2014. Sua aposta tem sido a de que a economia dará sinais de fadiga, assim como o governo do PT, apesar da alta popularidade da presidente Dilma Rousseff. Aécio, na visão de Serra, não conseguirá se tornar um nome nacional. Aí, a candidatura cairá no colo dele como um presente de papai Noel.
Ocorre que, para convencer o comando tucano dessa perspectiva, Serra teria que jogar para o time. Ser humilde como foi o jovem Neymar ontem ao final do jogo contra o Barcelona. Serra cresceu na derrota de 2002, quando ninguém esperava que ele chegasse ao segundo turno e chegou. Cresceu na prefeitura de São Paulo, no governo estadual. Mas, saiu menor da última campanha presidencial, onde, na reta final, deixou de discutir o Brasil.
Hoje, Serra tem alta rejeição entre os paulistanos e, dentro do PSDB, é visto como alguém que, em campanha, não ouve os aliados. Dia desses, em Brasília, o primeiro-secretário da Câmara, deputado Eduardo Gomes, brincou que o slogan está pronto: “vote no Serra, só ele vai reclamar”.
Atualmente, Serra tem mesmo do que reclamar. Nunca esteve tão emparedado na política. É a encruzilhada. Se deixar de ser candidato a prefeito, pode ser acusado lá na frente de ter dado as costas ao partido. Se concorrer, estará fadado a permanecer na prefeitura por quatro anos, se vencer; e liquidado, se perder. Por isso, quer ficar fora dessa disputa e aguardar a próxima, onde as opções de cenário nacional são maiores. Faz sentido.
Serra se mira no exemplo de Lula que ficava sem mandato entre uma eleição presidencial e outra. Mas há uma grande diferença aí: Lula era __ e ainda é __ chamado por todo o PT para as campanhas municipais, era alavancado e alavancava seu partido. No palanque, ao falar com as pessoas, conquistava corações, ia para o meio do povo.
O PSDB não se mostra disposto a dar a Serra tantos palanques pelo Brasil no ano da sucessão municipal. O partido prefere aproveitar essa fase para testar e tentar popularizar Aécio. E, de mais a mais, há um sentimento entre os tucanos de que, se continuarem jogando sua força na disputa interna, alguém pode ultrapassá-los. Hoje, os tucanos ocupam o segundo lugar, mas muitos deles não esquecem do desempenho de Marina Silva, do PV, na eleição passada. Se vier alguém com mais musculatura política, podem perder a posição.
O primeiro lugar hoje é do PT, dada a popularidade da presidente Dilma Rousseff, melhor do que a de Lula e a de Fernando Henrique Cardoso ao final do primeiro ano de mandato. Se nada mudar, é bem provável que o fim da encruzilhada de Serra seja mesmo ficar em São Paulo e encerrar a sua carreira na província.
Coluna Entrelinhas publicada na edição de hoje do Correio Braziliense
http://www.dzai.com.br/blogdadenise/blog/blogdadenise
A Privataria Tucana é destaque na imprensa estrangeira
A Privataria Tucana ganhou destaque no La Jornada, maior jornal de esquerda do mundo, com tiragem de 150 mil exemplares.
http://www.jornada.unam.mx/2011/12/22/opinion/028a1mun
El libro se transformó en un fenómeno en las redes sociales y una piedra en el zapato de la prensa brasileña. A pesar de haberse agotado la primera edición, de 15 mil ejemplares en cerca de cuatro días, los principales vehículos de comunicación del país adoptaron un silencio ensordecedor sobre el tema. Sólo en los últimos días, una semana después que el libro se convirtió en uno de los temas más debatidos en Internet, los llamados grandes medios comenzaron a hablar del libro de manera un tanto insólita, a saber, priorizando la versión de los acusados.
Hasta el último viernes, según informaciones de la editorial Geração, unos 50 mil ejemplares ya habían sido vendidos –en siete días– y otros 30 mil están llegando a las librerías en los próximos días.
Publicado por Geração Editorial, el libro de 343 páginas relata lo que llama “verdadera piratería practicada con dinero público en beneficio de fortunas privadas, por medio de las llamadas offshores, empresas de fachada del Caribe, región tradicional e históricamente dominada por la piratería”. La publicación tiene un elemento explosivo adicional, relacionado con las disputas internas en el PSDB. El autor dice que el punto de partida de la investigación ocurrió cuando trabajaba en el diario Estado de Minas y recibió la misión de hacer un reportaje investigativo sobre una red de espionaje que habría sido estimulada por José Serra para producir un dossier en contra del ex gobernador de Minas Gerais Aécio Neves, que estaría manteniendo algunos romances discretos en Río de Janeiro. Ese dossier tendría la finalidad de desacreditar a Aécio Neves en la disputa interna con Serra, por la indicación del candidato del PSDB a las elecciones presidenciales de 2010.
Esa pauta inicial, relata Ribeiro Junior, terminó conduciéndolo a una investigación mucho más amplia, implicando a Ricardo Sérgio de Oliveira, ex tesorero de las campañas de José Serra, y Fernando Henrique Cardoso, el propio Serra y tres de sus parientes: Verónica Serra, su hija, el yerno Alexandre Bourgeois y el primo Gregorio Marín Preciado. El resultado de esa investigación es un relato sobre la trayectoria que habría sido recorrida por el dinero ilícito, de las offshores y las empresas de fachadas en Brasil, y la consecuente internación
de ese dinero que habría ido a parar en las fortunas personales de los implicados.
La investigación del periodista terminó alcanzando también al Partido de los Trabajadores (PT). En el último capítulo, Amaury Ribeiro Junior relata un episodio de espionaje interno de la campaña presidencial de 2010, que habría sido montado por el actual presidente del partido, Rui Falcão, para derribar al grupo ligado a Fernando Pimentel, actual ministro del Desarrollo, Industria y Comercio Exterior. Además de eso, indica que el PT, en el primer año del gobierno de Luiz Inácio Lula da Silva habría retrocedido en las investigaciones de la Comisión Parlamentaria de Investigación (CPI) del Banco del Estado de Sao Paulo (Banestado), que investigaba la existencia de esquemas de lavado de dinero, involucrando a importantes figuras de la vida política brasileña.
Pero el tema central del libro es realmente el proceso de privatizaciones, que ya fue objeto de varias denuncias en los últimos años, pero nunca con la mucha documentación presentada por Amaury Ribeiro Junior Una gran parte de esos documentos tiene como origen la CPI del Banestado, que suministró informaciones sobre la existencia de un proceso de lavado de dinero que habría sido obtenido ilegalmente de las privatizaciones. Ese es el punto de partida del texto, que se extiende hasta las elecciones presidenciales del año pasado.
El comportamiento silencioso es diferente del adoptado por los medios brasileños en los últimos meses, que se dedicaron a la publicación de sucesivas denuncias contra ministros del gobierno de la presidenta Dilma Rousseff. En su gran mayoría, basadas en afirmaciones hechas por terceros, esas denuncias no siguieron la regla que ahora los grandes medios dicen utilizar para adoptar una posición de cautela con respecto al libro: Necesitamos averiguar la veracidad de las denuncias antes de publicar algo
.
Sin embargo, la aplastadora presión del tema a través de redes sociales, blogs, portales de izquierda y la revista Carta Capital –que publicó su nota de tapa sobre el libro–, terminó por producir fisuras en el bloqueo de los medios. El jueves (15) el periódico Folha de Sao Paulo, ligado a Serra, publicó una nota sobre el tema, destacando las declaraciones de los acusados que buscan descalificar al periodista y sus denuncias. En el mismo día, coincidentemente, el ex presidente Fernando Henrique Cardoso y el PSDB divulgaron una nota oficial calificando las denuncias como calumniosas
.
Mientras tanto, en la Cámara de Diputados Protógenes Queiroz anunció el jueves haber obtenido las 173 firmas necesarias para instalar una comisión parlamentaria de investigación de la Privataria Tucana, destinada a investigar fraudes en el proceso de privatizaciones del gobierno de Fernando Henrique Cardoso. El pedido será protocolado la semana próxima.
* Editor jefe de Carta Maior
** Privataria Tucana es un neologismo que mezcla las palabras privatización más piratería, y tucana se refiere al pájaro tucán, símbolo del PSDB
Debate: "A Privataria Tucana e o Silêncio da Mídia" e Coquetel de Lançamento
Um dos assuntos mais comentados nos últimos dias, o livro “A privataria tucana”, de Amaury Ribeiro Jr, será tema do debate “A Privataria Tucana e o Silêncio da Mídia”, promovido pelo Barão de Itararé, nesta quarta-feira (21). Além do autor, também estarão presentes Paulo Henrique Amorim, jornalista e blogueiro, e Protógenes Queiroz, deputado autor do pedido da instalação da CPI da Privataria.
Na ocasião, também haverá o coquetel de lançamento do livro. O evento acontece no Sindicato dos Bancários de São Paulo , a partir das 19h.
Para quem não puder comparecer e quiser acompanhar, o site do Sindicato dos Bancários transmite o debate ao vivo.
Debate “A Privataria Tucana e o Silêncio da Mídia”
Participantes:
– Amaury Ribeiro Jr., jornalista e autor do livro “A privataria tucana”
– Paulo Henrique Amorim, jornalista e blogueiro
– Protógenes Queiroz, deputado e autor do pedido da instalação da CPI da Privataria
21 de dezembro, quarta-feira, a partir das 19h.
Sindicato dos Bancários de São Paulo
Rua São Bento, 413
São Paulo – SP