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 BLOG - Página 223 de 387 - Geração Editorial Geração Editorial



ADHEMAR
A fantástica história de um político populista desbocado, amado e odiado, inspirador do infame lema “rouba, mas faz”, que participou do golpe militar de 1964, foi posto de lado pelos generais e morreu exilado em Paris, depois de marcar sua época e história do Brasil.

DEUSES DO OLIMPO
Explore o universo mágico da Grécia Antiga e conheça as histórias dos personagens mais famosos da mitologia. Um livro para gente pequena e gente grande tambécm! ( + )

OS VENCEDORES
Quem ganhou, perdeu. Quem perdeu, ganhou. Cinquenta anos após o advento da ditadura de 1964, é assim que se resume a ópera daqueles anos de chumbo, sangue e lágrimas. Por ironia, os vitoriosos de ontem habitam os subúrbios da História, enquanto os derrotados de então são os vencedores de agora. ( + )

A VILA QUE DESCOBRIU O BRASIL
Um convite a conhecer mais de quatro séculos de história de Santana de Parnaíba, um município que tem muito mais a mostrar ao país. Dos personagens folclóricos, tapetes de Corpus Christi, das igrejas e mosteiros, da encenação ao ar livre da “Paixão de Cristo”. Permita que Ricardo Viveiros te conduza ao berço da nossa brasilidade. ( + )

O BRASIL PRIVATIZADO
Aloysio Biondi, um dos mais importantes jornalistas de economia que o país já teve, procurou e descobriu as muitas caixas-pretas das privatizações. E, para nosso espanto e horror, abriu uma a uma, escancarando o tamanho do esbulho que a nação sofreu. ( + )

CENTELHA
Em “Centelha”, continuação da série “Em busca de um novo mundo”, Seth vai precisar ter muita coragem não só para escapar da prisão, mas para investigar e descobrir quem é esse novo inimigo que deixa um rastro de sangue por onde passa. A saga nas estrelas continua, com muita ação de tirar o folego! ( + )

MALUCA POR VOCÊ
Famosa na cidade pelos excessos do passado, Lily terá de resistir ao charme de um policial saradão oito anos mais jovem que acaba de chegar na cidade. Prepare-se para mais um romance apimentado e divertidíssimo escrito por Rachel Gibson.. ( + )

NOS IDOS DE MARÇO
A ditadura militar na voz de 18 autores brasileiros em antologia organizada por Luiz Ruffato. Um retrato precioso daqueles dias, que ainda lançam seus raios sombrios sobre os dias atuais. ( + )





maio 1, 2012
Editora Leitura

Corrupção: sanguessugas do Brasil

Ameaças, desvios de dinheiro público, assassinatos:  a história secreta de como políticos e empresários corruptos roubam o povo brasileiro

Sem o estardalhaço de outros lançamentos do gênero –  talvez porque o assunto tornou-se, lamentavelmente, rotina nacional –   foi lançado mais um livro do repórter político-investigativo Lúcio Vaz.

“Sanguessugas do Brasil”, da Geração Editorial.

Li as 272 páginas em três horas corridas, numa noite de festas em Brasília, que ontem completou, 52 anos. A mesma cidade-capital, centro dos poderes da República, onde circulam engravatados ladrões que, com o aval do voto, conseguem, estranhamente, fugir das punições. Lúcio Vaz conta sobre isso em detalhes.

Tristeza e alegria 

Faço o registro do lançamento do livro com um misto de tristeza e alegria.

Tristeza por observar que, apesar do desempenho da imprensa, o sistema político-jurídico joga a favor do corrupto e oferece aval à fraude.

Alegria porque, trabalhando à época na mesma redação de Lúcio — o Correio Braziliense —  conheci o início dessa espetacular investigação que conta a história real da “máfia das ambulâncias” e sobre a “máfia dos remédios”. E, hoje, vejo o trabalho concluído, com Lúcio presente, o que é mais importante, pois ele e outros repórteres viajaram Brasil afora com ameaças constantes.

Pior:  a Polícia Federal sabia que ele estava na mira dos bandidos, mas sequer comunicou ao repórter ou ao jorna para precauções.

No esporte

E, assim como nos remédios, ambulâncias, máquinas caça-níqueis, estradas e ferrovias, a corrupção estão presente, também, no esporte. As entidades que formam o nosso sistema esportivo, repito, são caixas-pretas que precisam de luz investigativa oficial, ativa e efetiva, urgente.

Não é mais possível o Estado continuar jogando milhões no esporte de rendimento sem contar com eficiente esquema de controle dos gastos.

E não adianta alegar que os balanços são publicados e as contas estão disponíveis. Bobagens. Os balanços são peças burocráticas para cumprir a legislação, mas escondem números e valores.

Fica o registro comparativo porque, em tese, estamos falando das mesmas coisas,  dinheiro público e corrupção.

O programa Segundo Tempo é exemplo recente sob todos os aspectos, principalmente de omissão do então ministro do Esporte, Orlando Silva, na fiscalização.

E, interessante, não se fala mais em João Dias… Por que será que o homem que denunciou a fraude milionária envolvendo, inclusive, o ex-ministro Agnelo Queiroz, silenciou?

Por Blog José Cruz

http://josecruz.blogosfera.uol.com.br/2012/04/corrupcao-sanguessugas-do-brasil/

abr 30, 2012
Editora Leitura

O novo "estouro" de Lúcio Vaz

Por Manoel Magalhães*
 
O jornalismo investigativo,  em alta no Brasil, tem um nome respeitável. Trata-se do gaúcho de São Gabriel (RS),  Lúcio Vaz, 34 anos de profissão,  com quem tive o prazer de conviver por um bom tempo. Em 1979 eu trabalhava no Diário Popular e o Vaz no Diário da Manhã, onde era, entre outras coisas, fotógrafo. Egresso do curso de jornalismo da Universidade Católica de Pelotas, desde cedo despertou para o jornalismo investigativo.
 
Àquela época, exercitando igualmente a liderança estudantil e sindical, membro ativo do Partido Comunista,  Vaz já dava indícios do grande profissional que seria. Nas mesas de bar, sobretudo no Cruz de Malta, recanto de muitos jornalistas da época, onde o assunto, para variar, era jornalismo, o jovem e ambicioso repórter costumava falar de seus sonhos, entre os quais trabalhar em um grande jornal, fazendo matérias de repercussão.
 
Pois bem, vez. Em 1985, como era vontade de muitos jornalistas locais,  mandou-se para Brasília (eu iria fazer o mesmo alguns anos depois),  onde fez carreira, trabalhando na equipe de esportes do Correio Braziliente. Mas não era  como jornalista esportivo  que Vaz queria trabalhar. Desligou-se do Correio, ingressando no O Globo, ao mesmo tempo em que enviava material para o Sul, como correspondente do Jornal do Comércio de Porto Alegre. Logo, porém, seria contratato pela Folha dee São Paulo e sua carreira como repórter investigativo ganharia fôlego.
 
 
Seu primeiro livro no gênero é A Ética da Malandragem – no submundo do Congresso Nacional, editado pela Geração Editorial,  investiga os “bastidores” do parlamento. Em sua obra vê-se um desfile de “baixarias”, tais como compra de votos, aluguel de partido, mordomias de toda ordem, sórdidos privilégios e etc. Um grande livro. Livro, aliás, que, embora  não soubesse, fora sendo gestado aos poucos, desde Pelotas, à mesa dos bares, exercitando sua argúcia para desvendar “mistérios”.
 
Em seu novo livro, “Sanguessugas do Brasil”,  também pelo selo da editora Geração Editorial, Vaz retoma o universo investigativo.  A obra começa pelo mensalão e volta ao passado recente para expor as vísceras da Máfia dos Sanguessugas, que dá título ao livro, prosseguindo com uma radiografia dos lobistas em Brasília, desvios de verbas de infraestrutura, fraudes na distribuição de remédios, obras inacabadas, crimes ambientais praticados por indústrias papeleiras, fraudes na Ferrovia Norte-Sul e até – quem diria? – a apropriação escandalosa de bolsas de estudos destinadas aos índígenas, de acordo com o release da editora. Livro que, a exemplo do seu interior, irá provocar polêmica, tendo, merecidamente, destaque nacional.
*Jornalista e escritor, editor do Cultive Ler
abr 28, 2012
Editora Leitura

Humor fino em situações de conflito – O Leão e a Joia

Soyinka Wole – Geração Editorial – 141 páginas – Por Núcleo de Estudos Afro-Asiáticos

O Leão e a Joia é uma fábula contemporânea que tem como cenário a pequena aldeia de Ilujinle, no país iorubá, onde a bela Sidi, a joia, é assediada por um jovem professor primário, Lakunle, treinado nos saberes ocidentais, disposto a erradicar a tradição em nome de uma europeização dos costumes, e por Baroka, o bale da aldeia, chefe tradicional e poderoso, que   pretende, através do casamento com a jovem, manter o seu prestígio e poder, bem como perenizar a sua linhagem de leão da mata.

O autor explora com fino humor as situações de conflito, dentro das referências da cultura aldeã iorubá. O jovem professor modernizador tenta convencer sua amada das vantagens da ruptura com a tradição, ao passo que o velho Baroka, aos 62 anos, joga toda uma sabedoria ancestral para seduzir Sidi. Ele mesmo faz circular a falsa notícia de sua impotência sexual para depois convencer sua pretendida que o casamento com ela era uma prova para toda a aldeia da virilidade do velho leão, condição fundamental para a manutenção do seu poder e da continuidade da cultura tradicional.

Esta peça pode ser lida como uma busca de alternativas para as sociedades africanas no pós-colonialismo. A mera substituição de brancos por negros nas mesmas estruturas de poder colonial fracassou. A simples manutenção das culturas tradicionais não responde mais aos desafios da África contemporânea.

A escolha de Sidi pode ser a saída para a incorporação de novos personagens sociais (a mulher, por exemplo) em processos de modernização que respeitem as identidades tradicionais. Talvez este seja o verdadeiro sentido do “renascimento africano”.

O Leão e a Joia marca a estreia de Wole Soyinka no mercado editorial brasileiro; coube à Geração o privilégio de publicar este Prêmio Nobel de Literatura pela primeira vez no Brasil, país tão influenciado pela cultura africana. Este precioso volume é ainda valorizado pelo prefácio de um dos maiores especialistas em cultura afro-brasileira, o dr. Ubiratan Castro de Araújo, professor na UFBA e diretor da Fundação Pedro Calmon.

Sobre Wole Soyinka

Wole Soyinka nasceu em 13 de julho de 1934 em Abeokuta, próximo a Ibadan, no oeste da Nigéria. É autor de peças teatrais, romances e poemas, cuja qualidade lhe valeu o Nobel de Literatura em 1986: o primeiro africano a receber esse prêmio. Crítico incansável das ditaduras militares da Nigéria, teve de fugir algumas vezes do seu país; desde 1994, tem residido quase que exclusivamente nos Estados Unidos. Até hoje, continua a escrever e a criticar veementemente a corrupção e a opressão em cada canto de sua idolatrada África.

http://www.uel.br/neaa/biblioteca/indicacoes-de-leitura/o-le%C3%A3o-e-joia

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