LANÇAMENTO: "CURTO & GROSSO – O Brasil de cabo a rabo na visão de um publicitário politicamente incorreto"
O livro “Curto & Grosso” começa com uma frase polêmica: “Ninguém gosta do Faveco”. O leitor chega até a se espantar, mas depois de ler os 45 artigos selecionados que foram publicados em vários veículos de comunicação ao longo da última década, vai entender o recado dado pela organizadora da obra, Christiane Marcondes Alves de Brito, na introdução de “Curto & Grosso – O Brasil de cabo a rabo na visão de um publicitário politicamente incorreto”, publicado pela Geração Editorial (184 páginas, R$ 34,90).
Flávio Corrêa, mais conhecido como Faveco é um dos profissionais de comunicação mais respeitados e premiados do Brasil. A sua carreira no mundo é extensa, polêmica e vitoriosa, como jornalista, publicitário e empresário.
Faveco, ainda jovem, foi o escolhido pelo papa da comunicação do século XX, David Ogilvy, sem ao mesmo falar inglês, para trabalhar na nova agência de publicidade que seria montada para atender a América Latina. O resultado final foram 25 anos de convivência com o todo poderoso publicitário e trabalhos para Ogilvy & Mather nos cinco continentes.
“Talvez o que tenha cimentado nossa amizade tão especial tenham sido alguns traços comuns de personalidade: a irreverência, e iconoclastia beirando o anarquismo, o inconformismo, o amor pelo bom texto, pela elegância, pela ética na publicidade e a compulsiva busca da perfeição. E o cigarro…”, conta Faveco, no texto “Meu amigo David”.
Em “Curto & Grosso”, o autor mostra o seu espírito crítico aguçado para comentar os novos caminhos do mercado publicitário, da economia brasileira e da política, e não poderia deixar de lado lembranças do seu passado vencedor.
O livro interessa não apenas aos profissionais de negócios, mas a publicitários, jornalistas e cidadãos dispostos a saber o que pensa um homem que, com as suas críticas, defende um melhor caminho para o futuro do país, sem partidarismo ou ambições políticas.
Os textos estão divididos em quatro áreas: Comunicação, Brasil, Gestão e Memórias. Os artigos são sempre “curtos e grossos” e carregam uma análise contemporânea profunda e, às vezes, agressiva contra a postura de políticos, empresários e do mercado em geral.
Na área publicitária, Faveco comenta: “Como jornalista, publicitário e empresário, com mais de 20 anos de experiência trabalhando nos cinco continentes, talvez eu tenha um defeito de fabricação: para mim, o que vale mesmo é a ‘imagem de marca’, pois o grande senhor do fato econômico é o consumidor, esteja ele onde estiver”.
Flavio Corrêa é também um articulador político respeitado. Sozinho e nos bastidores de sua agencia de propaganda, por exemplo, ele articulou em 1993 toda uma campanha, nos meios de comunicação e junto aos partidos políticos, para a revisão constitucional.
– Fizemos um barulho danado, com apoio da totalidade da imprensa, mas o Congresso, infelizmente, não votou favoravelmente. No entanto, plantamos as sementes da cidadania e no governo seguinte, de Fernando Henrique Cardoso, várias de nossas propostas foram aprovadas, como as privatizações e a quebra do monopólio da Petrobrás na exploração do petróleo – lembra Flavio.
E sobre ninguém gostar do autor, a organizadora explica: “As pessoas o amam ou odeiam. E é fácil explicar esse extremismo. O Faveco tem uma honestidade que não cabe em roda social. E uma genialidade que desagrada quem gosta de receitas testadas e aprovadas. Ele fala do futuro. As pessoas enxergam a ponta do nariz”, complementa Christiane Brito, jornalista, escritora e organizadora de “Curto & Grosso”.
“Faveco, grande amigo, excepcional jornalista e publicitário, que consegue transformar o óbvio sempre em um grande acontecimento. Continue sua luta para não ser igual ao que não queremos. As ideias são um capital que só rende juros nas mãos do talento como o seu. Meu abraço e respeito”, Alencar Burti, Presidente da Associação Comercial de São Paulo – ACSP – e Facesp – Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo
“Milagrosamente – e ao contrário do que diz o Stephen Kanitz – sou amigo do Flávio Corrêa há mais de 40 anos. Sempre admirei essa capacidade que ele tem de falar alto, muito e sobre muitos assuntos.
Seu livro refere-se a essas duas últimas virtudes (?) – e se você ler suas páginas imaginando o texto falado em 200 decibéis por um gaúcho gesticulante e enfático – então você sentirá o mesmo prazer que eu sinto por viver essa amizade tão ruidosa”, Roberto Duailibi, escritor, publicitário e sócio-fundador da DPZ