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 Kafka e a marca do corvo - Geração Editorial Geração Editorial


Kafka e a marca do corvo

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Kafka e a marca do corvo
Autor:
 Jeanette Rozsas
Gênero: Romance Biográfico

Formato:  16X23 cm
ISBN: 978-85-6150-122-8
Preço: R$ 43,00

Sinopse:
Biografia romanceada de Kafka – pesquisada pela a autora durante anos para se certificar de que a fidelidade histórica não sofresse o menor arranhão. E, numa parceria equilibradíssima, aliado ao cuidado da pesquisadora, sempre esteve presente o talento da prosadora. A obra de Kafka — sua linguagem protocolar, os contos fantásticos e os romances claustrofóbicos, as cartas e os diários angustiados — marcou profundamente muitas gerações de escritores. Somente uma escritora muito apaixonada por essa obra poderia realizar este cativante romance biográfico. Jeanette Rozsas é essa escritora.

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Kafka ressuscita em biografia romanceada de autora brasileira
Jeanette Rozsas pesquisou durante anos e leu toda a obra de Kafka para escrever um romance em que a vida do genial escritor tcheco é contada a partir de suas próprias angústias, terrores e textos.

Três anos de pesquisas, viagens a Praga, na Tchecoslováquia e a leitura de todos os livros de um dos mais esquisitos autores de todos os tempos – só depois disso Jeanette Rozsas, uma escritora brasileira, sentiu-se pronta para escrever a primeira biografia romanceada de Franz Kafka de que se tem notícia. O resultado, fascinante, que a Geração Editorial está lançando agora, é “Kafka e a Marca do Corvo”, um “romance biográfico sobre a vida e o tempo de Franz Kafka”.

O livro, publicado com o apoio do governo de São Paulo, tem apresentação do crítico e também ficcionista Nelson de Oliveira, que afirma: “Escritores, mesmo os mais geniais, geralmente levam uma vida muito sem graça”. Mas Jeanette Rozsas “transformou a vida sem graça de um grande escritor, Franz Kafka, numa emocionante aventura existencial”.

Um livro sem graça, então? Nada disso, alerta Nelson: “Se essa foi a vida de Kafka, ela não foi nem pouco sem graça”.

Franz Kafka tornou-se conhecido pelos romances que criaram uma expressão – “kafkiano” – para tudo o que parece intricado e absurdo: o sujeito que acorda transformado num imenso inseto, o outro que é preso e julgado não se sabe por que e por aí vai.

O que fez Jeanette Rozsas? Pesquisou a vida de Kafka, leu as biografias que se foram escritas sobre a vida dele e ao final decidiu: um romance cujo personagem principal seria Kafka, com diálogos extraídos de seus próprios livros, diários e cartas. Porque, se um escritor ficou na memória da humanidade mais por seus escritos do que por sua própria vida, é pelos escritos, então, que ele deverá ser lembrado.

Para Nelson de Oliveira, “Kafka continua vivo graças a seus escritos e principalmente aos escritos de outros escritores que, magnetizados pelo absurdo kafkiano, transformaram o escritor tcheco no protagonista de outra aventura literária: sua própria vida”.

O livro de Jeanette Roszas “revela, com as cores enfáticas e cativantes da arte romanesca, o labirinto de angústias, impasses, realizações e paixões de Kafka”. A autora entra na cabeça do grande escritor para mostrar que sua maior aventura está mais “do lado de dentro do que do lado de fora”, ou seja, “é na mente de Kafka que as façanhas e peripécias acontecem pra valer”.

O pai de Kafka, autoritário, as quatro paixões de sua vida – quatro mulheres surpreendentes – o grande amigo e confidente Max Brod, a mãe, as irmãs, os primeiros admiradores, todos eles passam pelo livro a partir do que Kafka escreveu sobre eles – e Jeanette, com grande emoção, recupera, num ritmo primoroso.

Vejam como ela narra o primeiro encontro de Kafka com Max Brod, o amigo que, depois da morte do escritor, não destruiu sua obra – como Kafka havia pedido – mas, pelo contrário, tornou-se seu maior divulgador:

“Na noite de 23 de outubro de 1902, Kafka, que começava o segundo ano da faculdade, foi assistir a uma palestra proferida por um aluno também freqüentador do centro de leitura e escrita. No decorrer da exposição, o palestrante contrasta as ideias de dois grandes pensadores alemães do século XIX, Arthur Schopenhauer, que idolatrava, e Friedrich Nietzsche, a quem classificava de uma fraude. Era Max Brod que se atrevia a falar desta forma e Franz, um nietzschiano convicto, após a conferência aborda o presunçoso e o critica duramente. Os dois discutem no caminho de volta para suas casas e acabam por descobrir grandes afinidades.”

Diários, diálogos, citações, cartas – foi neste material humano e literário rico e precioso que Jeanette foi garimpar o fluxo de sua narrativa cativante.  A leitura flui de maneira deliciosa, como nos grandes livros, envolvida pela paisagem pitoresca do antigo império Austro-Húngaro. Jeanette Roszas triunfa onde muitos falharam, porque, como conclui Nelson de Oliveira, “somente uma escritora muito apaixonada por essa obra poderia realizar este cativante romance biográfico”.

Por que Kafka?

“Uma inteligência superior aliada a um talento sem limites e uma paixão que o leva por um caminho estreito em busca de um ideal maior; este é Franz Kafka, o escritor que mudou a literatura do século XX. O garoto tímido que morre de medo e admiração pelo pai tirano, o jovem inseguro e hesitante, o homem que luta contra seus próprios demônios, o amante que tem medo do amor. Ele escreveu obras grandiosas num estilo seco e cortante. Sua literatura é, no mínimo, perturbadora. Por meio de situações intoleráveis, Kafka dá voz à penosa condição humana num mundo que já começava a se esfacelar. Sua obra parece profética ao anunciar o abandono, o sofrimento, o espanto diante do inexplicável, do tenebroso, do absurdamente sem sentido. Felizmente a morte o colheu antes dos horrores a que estaria, sem dúvida, condenado nos campos de concentração, onde morreram suas irmãs, sobrinhos, cunhados e muitos dos seus amigos. O campo de concentração é a materialização do pesadelo kafkiano. O nome Kafka, em tcheco, significa corvo”.

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