O terceiro irmão
Título: O Terceiro Irmão
Autor: Nick Mcdonell
Romance
Nº de páginas: 256
Código de barras: 978-85-61501-77-8
ISBN: 978-85-61501-77-8
R$29,90
Sinopse:
O Terceiro Irmão tem como personagem central o jovem Mike, estagiário de jornalismo enviado à Tailândia para ajudar um colega sênior numa reportagem sobre mochileiros drogados. Em Bangcoc, envolve-se com pessoas um tanto esquisitas e esquece que está lá a serviço de um jornal. Com sentimento de culpa, volta às pressas de Bangcoc porque aconteceu uma tragédia na família. Passa então a conviver com um sério problema, o irmão Lyle, que parece ter alucinações.
O romance cresce em densidade, linguagem e tensão. E fica ainda mais forte quando aborda o ataque terrorista ao World Trade Center. O personagem imagina os instantes que precedem a colisão dos aviões com as torres. Para Mike, o grande horror da tragédia foi vivido pelos que pularam porque “logo cedo descobriram não haver esperança”.
RELEASE:
McDonell amplia o horror de “Doze” em “O Terceiro Irmão”
Em seu segundo romance, também lançado pela Geração, o jovem autor prodígio
norte-americano retrata a tragédia de uma família problemática e o ataque
terrorista às torres gêmeas de 11 de setembro
Nick McDonell se tornou uma repentina celebridade aos 21 anos, graças ao sucesso de seu primeiro romance, Doze, escrito aos 17 durante umas férias escolares. O livro foi lançado no Brasil pela Geração Editorial e McDonnel veio a São Paulo para uma Bienal do Livro, onde fez enorme sucesso principalmente entre as mulheres.
Em O Terceiro Irmão, seu segundo romance, também publicado pela Geração (com ótima tradução de Mariana de Carvalho Mesquita Santana e bela capa de Silvana Mattievich) em 2011, o autor vai ampliar o horror que aparece em Doze, que trata de um tema que o autor conheceu de perto – o mundo de drogas, sexo e violência de jovens estudantes ricos nova-iorquinos. O livro de estreia foi aplaudido pela mídia internacional, entrou em listas de best-sellers nos Estados Unidos e na Europa e acabou virando filme. A fama do autor só tende a crescer.
O Terceiro Irmão traz um universo ainda mais sombrio e terrível do que o de Doze, com o horror do ataque terrorista às torres gêmeas de Manhattan em 11 de setembro de 2001 e a história trágica de uma família complicada. “Um conto de assombração do amor fraterno”, afirmou o jornal The New York Times sobre este livro.
O romance está dividido em três partes. Na primeira, o personagem central, o jovem Mike (mesmo nome do protagonista de Doze), de 19 anos, estagiário de jornalismo, é enviado à Tailândia por um velho amigo de seu pai para ajudar um colega sênior numa reportagem sobre mochileiros drogados. Nick McDonnel também foi à Tailândia, logo depois do lançamento de Doze no Brasil. Mas ele afirma que seu novo romance – assim como o de estreia – não é autobiográfico. No entanto – assim como em Doze – ele utiliza no mínimo situações que assistiu e personagens com os quais conviveu.
Acontece que Mike, uma espécie de alter ego do autor, o que ele menos faz em Bangcoc é reportagem. Envolve-se com pessoas esquisitas e vazias como o Rapaz da Caveira, a Garota de Piercing, Lucy Longas Pernas e Tweety. Gente que vai “a clubes e coisas do tipo”. Com sentimento de culpa, que nunca confessaria à namorada, Jane, o rapaz volta para Nova York às pressas porque aconteceu uma tragédia na família. Mike passa então a conviver com dois problemas: o irmão Lyle, que depois da tragédia com os pais parece ter alucinações com um inexistente terceiro irmão, e o ataque terrorista às torres gêmeas, um pesadelo real. É a parte 2 do romance. Na terceira, Mike retoma os estudos em Harvard (onde, aliás, o autor se formou em 2007).
Na segunda e melhor parte, O Terceiro Irmão cresce bastante em densidade, linguagem e tensão. A viagem à Tailândia foi apenas uma espécie de preparação para o que Mike enfrentaria na volta. O romance fica ainda mais forte quando aborda o ataque terrorista ao World Trade Center. Caminhando pelas ruas de Nova York cheias de poeira e fumaça para se encontrar com o irmão, o personagem imagina os instantes que precedem a colisão dos aviões (“como um punho, como um murro no nariz”) com as torres (lembravam “um vulcão em erupção”), encontra um celular de uma vítima cheio de chamadas, vê corpos destroçados.
Uma imagem perseguiria Mike: um vídeo congelado de pessoas pulando para escapar do fogo (“pareciam estar dançando no ar”). Um registro histórico num livro de ficção. O autor trabalha bem a fusão de realidade e literatura. Para o personagem Mike e possivelmente para Nick McDonell, o grande horror da tragédia do 11 de Setembro foi vivido pelos que pularam, porque “logo cedo descobriram não haver esperança”.