Brasileiro compra mais livro, mas crescimento do setor é discreto
Pesquisa da Fipe encomendada pela CBL e SNEL atualiza os números de produção e venda do mercado editorial brasileiro
Estimado em R$ 4,2 bilhões, o mercado editorial nacional cresceu ligeiramente em 2010 (2,63%) mas tem outros, e melhores, motivos para comemorar: o brasileiro comprou mais livros no ano passado. O volume de vendas ao mercado cresceu 8,3%, e se incluirmos aí as vendas para o governo, esse crescimento fica em torno dos 13%. O preço do livro caiu 4,42%, seguindo uma tendência registrada desde 2004.
As livrarias ainda são os principais pontos de venda, mas quem avança mesmo para garantir uma melhor fatia deste mercado é o porta a porta, que teve o melhor índice de crescimento em 2010. Entre os segmentos de livros, destaque para os religiosos, que produziram mais (36%), imprimiram mais (39%) e, consequentemente, faturaram mais (23,9%). Isso se comparado com o ano anterior porque quem lidera mesmo o setor são os didáticos.
Esses e outros dados da Pesquisa Produção e Venda do Setor Editorial Brasileiro, da qual participaram 114 editoras que representam 56% do universo em termos de faturamento, foram revelados pela Fipe, Câmara Brasileira do Livro (CBL) e Sindicato Nacional de Editores (Snel) nesta terça-feira, no Rio de Janeiro. As conclusões do Censo do Livro, realizado entre novembro de 2010 e abril de 2011 e referente ao ano de 2009, também foram apresentadas.
O censo mostrou que em 2009 existiam 750 editoras ativas no Brasil. Se levarmos em conta a definição de “editora” da Unesco, segundo a qual são consideradas editoras aquelas que editam pelo menos 5 livros e imprimem pelo menos 5 mil exemplares ao ano, esse número cai para 498. Dessas, 231 (46,4%) faturam até R$ 1 milhão; 189 (38,4%) estão na faixa de R$ 1 milhão e R$ 10 milhões; 62 (12,4%) faturam entre R$ 10 milhões e R$ 50 milhões; e apenas 16 (3,2%) já passaram dos R$ 50 milhões ao ano.
Fonte:PublishNews