HOSMANY RAMOS TAMBÉM ESCREVE SOBRE AS FALCATRUAS DO FUTEBOL
Mais uma vez, o cirurgião plástico e escritor Hosmany Ramos mostra que sua literatura – e sua vida – não são para quem procura rotina, conformismo e leitura passageira. Na prisão desde 1981, com algumas fugas e vários livros publicados – dois deles na França – e foragido desde o Natal de 2009, o escritor passou por países da Europa, depois de deixar o Brasil pela Guiana Francesa, onde visitou a Ilha do Diabo, numa homenagem ao também fugitivo Henri Charriére, autor de Papillon. Fez uma reunião com seu editor francês – da Gallimard – em Paris e foi recapturado no aeroporto na Islândia, onde depois de alguns meses foi extraditado para o Brasil.
Antes de viajar para a Austrália, porém, Hosmany deu uma entrevista – pelo Skype, num telão colocado em sua editora, a Geração Editorial – sobre seu novo livro, “O Goleador – Morte e Corrupção no Futebol”.
Trata-se de um vertiginoso thriller policial que começa com o assassinato de um cartola do futebol brasileiro, Heleno Miranda, sócio de um jornal e presidente de um clube de futebol. Os principais suspeitos do crime são uma bela mulher e um jogador famoso, Rony Lee, que acaba surpreendido num automóvel fazendo sexo com um garoto de progama. Termina – depois de passar por cenas de sexo e drogas na alta sociedade carioca – com a elucidação do crime e das manipulações de jogos – até da Copa do Mundo – por uma poderosa organização internacional.
O livro envolve também em sua trama personagens que parecem inspirados em figuras da sociedade brasileira atual: políticos de todo tipo, empresários, artistas, socialites. Mas o autor garante, claro, que isso é mera coincidência.
Hosmany transita como ninguém pelos subterrâneos do mundo do crime. Há quase 30 anos na cadeia, surpreende como ele parece conhecer a fundo seu novo tema: o universo corrupto da máfia dos campos de futebol, personificada numa organização conhecida como International Soccer Marketing, formada por figurões da mídia, magnatas do petróleo e gente movida a dinheiro e ganância.
Esta associação espalha seus tentáculos ao redor do planeta e não mede esforços para manipular os resultados dos grandes campeonatos, inclusive o da Copa do Mundo da França, em 1988, no qual o Brasil foi acusado de entregar a final para os anfitriões.
Tudo vai na mais perfeita paz, até que seu caminho é atravessado pelo jovem jornalista Ray Becker, um garotão recém-chegado de um estágio na Alemanha que, de um dia para o outro, se vê envolvido nesta sórdida trama envolvendo sexo, drogas, assassinato e pedofilia, ingredientes mais do que bem temperados para prender o leitor da primeira à última página.
Mais informações em http://geracaobooks.locaweb.com.br/releases/?id=198
Fiquei curiosa pra ler. Sou fã de “Pavilhão 9”, o 1º livro que li de Hosmany!