Manual de instruções para o marketing eleitoral
Geração Editorial lança livro do consultor político Carlos Manhanelli, com dicas de quem já realizou 238 campanhas em 35 anos de carreira Ele é sem dúvida um dos mais ativos consultores de marketing político do país. Carlos Augusto Manhanelli, 54 anos, participou, ao longo de 35 anos de 238 campanhas políticas e eleitorais realizadas no Brasil e no Exterior, e vive dando cursos para consultores de marketing político no Brasil, América Latina, Estados Unidos, África e em diversos países da Europa. Ao contrário de consultores como Duda Mendonça, João Santana e outros, Manhanelli não faz campanhas – orienta sobre como fazê-las. Dá conselhos para os candidatos e seus assessores.
Após esse longo percurso, com duas eleições presidenciais vencidas – no Brasil e no Equador – e outra em andamento no exterior, Manhanelli desenvolveu sua própria metodologia de trabalho e agora oferece seus conhecimentos no livro Marketing Eleitoral – O passo a passo do nascimento de um candidato, lançado pela Geração Editorial (144 páginas, R$ 24,90), com prefácio de Chico Santa Rita.
“Não revelo os nomes dos meus clientes, por isso tenho a confiança deles”, diz o autor. Mesmo com essa discrição, o autor não mediu esforços para expor os caminhos e os cuidados que um profissional da área precisa tomar para realizar um planejamento de campanha ou para conhecer essa intrigante profissão.
GERAÇÃO – Com o livro Marketing Eleitoral em mãos qualquer um pode trabalhar como consultor político?
CARLOS MANHANELLI – Acredito que qualquer um pode ter em mãos as técnicas e uma metodologia científica a disposição para elaborar um bom plano de marketing eleitoral. Porém não existe nenhum livro que possa fornecer o talento para isso.
GERAÇÃO – Quais são os destaques entre os 238 projetos de consultoria realizados ao longo de sua carreira?
CARLOS MANHANELLI – Temos como filosofia de trabalho não divulgar nossos clientes, porém os job´s na África são muito educativos quanto à realidade daquele povo.
GERAÇÃO – Mesmo sem existir um curso superior de marketing eleitoral e político no país, há uma safra de excelentes profissionais. O que explica esse fato?
CARLOS MANHANELLI – O brasileiro é um povo altamente criativo. Nossos profissionais na área de comunicação, propaganda, publicidade e marketing são altamente capacitados e inovadores. Isso é o que faz com que o Brasil seja um celeiro de ótimos profissionais em todas as vertentes dessas áreas.
GERAÇÃO – Existe um ditado popular que um bom consultor político elege até um poste. Atualmente esse ditado tem validade?
CARLOS MANHANELLI – Isso foi há muito tempo. Hoje o verdadeiro profissional garante que o candidato que o contratar sairá da campanha eleitoral bem melhor do que entrou. Agora, quem ganha e quem perde a eleição é o candidato.
GERAÇÃO – Por que a função de consultor político ganhou tanto destaque nas últimas eleições, principalmente as presidenciais?
CARLOS MANHANELLI – Porque se revelou o profissionalismo de ações na área. O que se diz hoje é a pura verdade. Sem um bom marketólogo ou consultor político não se faz uma campanha eleitoral profissional. As campanhas passaram a ser estudadas e aplicadas metodologias inovadoras e modernas a partir de 1986. De lá para cá só se fez crescer o profissionalismo e as técnicas de comunicação e marketing para as eleições. E quando se fala de eleições não são somente eleições a cargos públicos. Temos ações de marketing em eleições de associações de classe, times de futebol, federações, etc.
GERAÇÃO – De que forma “Marketing Eleitoral” contribui para as eleições de 2010?
CARLOS MANHANELLI – Assim como sempre contribuiu para as campanhas eleitorais no Brasil, desde 1954 quando João Moacir de Medeiros (JMM) foi chamado para a campanha de Celso Azevedo para Prefeito em Belo Horizonte-MG. O Marketing Eleitoral funciona como uma bússola, mostrando o caminho certo a ser percorrido pela campanha, para acertar mais.
Muito bom!