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Houve Ditadura! Houve Tortura! – Quatro livros para entender o que foi esse período da história brasileira
A Ditadura Militar de 1964 foi um dos períodos mais sangrentos da história da nossa nação. Tortura, assassinatos, desaparecimentos, censura, opressão e exílio eram as técnicas adotadas por militares à todos aqueles que ousavam se opor aos torpes e nefastos ideais do Regime Militar à época.
Mas em tempos da “autoverdade” e de medidas opressoras e retrocessos, que trazem alarmantes características de 64, alguns ainda refutam, enaltecem ou tentam justificar o que é indefensável e imperdoável.
Consideramos a leitura uma ferramenta imprescindível paraderrubar as barreiras da ignorância. Por isso selecionamos quatro títulos literários para uma compreensão do que foi esse período que durou de 1964 a 1985.
Confira:
Não Passarás o Jordão
Um retrato comovente, doloroso e trágico da repressão e da tortura na ditadura militar brasileira, em histórias publicadas pela primeira vez há 35 anos e resgatadas agora para as novas gerações.
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Golpe de Estado
Este livro empolgante, que se lê de um fôlego, nos revela que a ditadura de 1964 estende seus tentáculos aos dias de hoje, quando parte da população, insuflada pela mídia, bate panelas e desfila nas ruas com palavras de ordem bem parecidas, disfarçadas pelo necessário combate à corrupção. A ditadura militar foi instaurada pela elite civil que usou os militares para impor sua vontade, e o preço que pagamos hoje é a educação sucateada, a violência policial crescente e as marchas reacionárias e desnorteadas, que protestam contra a volta de um sistema injusto e excludente.
Escute um trecho do audiobook:
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Cova 312
Menos de dois anos depois de seu surpreendente best-seller de estreia, “Holocausto brasileiro”, Daniela Arbex volta com mais um livro corajoso e revelador. Escrito como um romance, nele se conta a história real de como as Forças Armadas mataram pela tortura um jovem militante político, forjaram seu suicídio e sumiram com seu corpo. Daniela Arbex reconstitui o calvário deste jovem, de seus companheiros e de sua família até sua morte e desaparecimento. E continua investigando até descobrir seu corpo, na anônima Cova 312 que dá título ao livro. No final, uma revelação bombástica muda um capítulo da história do Brasil. Uma história apaixonante, cheia de mistério, poesia, tragédia e sofrimento.
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Trevas no Paraíso – Histórias de amor e de guerra nos anos de chumbo
“Trevas no Paraíso” reúne as histórias proibidas sobre a ditadura militar que o mineiro Luiz Fernando Emediato escreveu dos 20 aos 25 anos. Com títulos provocativos como “De como estrangular um general” e personagens reais, como os generais-ditadores Médice e Geisel, ou o jornalista Wladimir Herzog, torturado até a morte, misturavam-se a demônios, anjos e dragões que se moviam entre tiros e delírios na cidade imaginária de Mondoro, onde mulheres de seios pequenos e o alter-ego do autor, um escritor hesitante e angustiado, envolviam-se em histórias ardentemente eróticas, cheias de heroísmo, violência e coragem.
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5 benefícios da leitura que transformam sua vida
Descubra como a leitura age em vários aspectos da sua vida sem que você perceba.
Que ler amplia o vocabulário e ajuda a escrever melhor todo mundo já sabe. Mas você sabia que os benefícios da leitura vão muito além? Passar um tempo com um bom livro nas mãos, muitas vezes, nos faz parar para refletir em nossa própria história de vida. E, mais que proporcionar uma sensação de prazer e bem-estar, estudos comprovam alguns benefícios à saúde mental pouco percebido por nós mas que agem de forma muito impactante em nossas vidas. Confira abaixo 5 desses benefícios:
1 – Ler melhora sua empatia
Pesquisadores da Universidade Iorque dizem que um dos primeiros benefícios da leitura é a empatia. Ao nos envolvermos com a história de um personagem e pelas dificuldades que ele passa, isso gera um sentimento de identificação imediato e consequente empatia aos esforços dos outros. Este envolvimento com um personagem fictício aumenta a nossa capacidade de compreender os sentimentos dos outros.
2 – Ler ajuda a construir vínculos
Quando você se identifica com uma experiência vivida por um personagem, isso pode aumentar sua sensação de pertencimento, dizem os psicólogos da Universidade de Buffalo, nos EUA. Em outras palavras, ler Marley e eu pode aumentar sua camaradagem com os donos de cachorros nos parques, mesmo que você nunca tenha tido cachorro. Da mesma forma, ler O ódio que você semeia pode abrir seus olhos para o racismo presente na sociedade e entender as dificuldades enfrentadas por quem sofre com ele.
3 – Ler evoca lembranças
Um final feliz pode elevar seu espírito, mas eventos menores na narrativa podem trazer à tona lembranças agradáveis e tornar seu dia mais alegre. Até mesmo histórias tristes podem deixá-lo feliz, porque fazem com que você pense nos entes queridos e agradeça pelas bênçãos recebidas.
4 – Ler encoraja a conquistar os sonhos
Ler sobre alguém que superou obstáculos pode motivar você a perseguir seus próprios objetivos, diz um estudo da Ohio State University, EUA. Se precisar de um estímulo, acompanhar a trajetória de um personagem em busca de seu sonho pode lhe encorajar a fazer o mesmo. Quanto mais se identificar com um personagem, mais inspirado você estará a tomar determinada atitude.
5 – Ler reduz o estresse
Segundo estudos, até mesmo poucos minutos de leitura diária são capazes de diminuir a frequência cardíaca e aliviar a tensão dos músculos, ou seja, diminuir o nível de estresse. E, como se sabe, o estresse é um importante fator de risco para uma série de doenças e contribui para uma expectativa de vida mais breve. Em algumas cidades já é possível encontrar instituições que utilizam a biblioterapiapara tratar diversos distúrbios que comprometem a qualidade de vida.
A incrível história de JT LeRoy, escritor que existiu, mas era ficção
Filme com Kristen Stewart e Laura Dern recria caso do autor inventado por uma roteirista e encarnado durante seis anos por sua cunhada
SÃO PAULO – Na virada do milênio, um dos nomes mais falados do mundo literário era JT LeRoy . Ex-garoto de programa soropositivo abusado sexualmente na infância pela mãe prostituta viciada em drogas, o jovem criado numa cidadezinha da Virgínia Ocidental recriou sua trajetória nos livros “Sarah” (2000) e “Maldito coração”(2001) e virou best seller internacional. Atraiu a atenção de críticos e de celebridades como Gus Van Sant, Tom Waits, Courtney Love e Winona Ryder — Asia Argento, comentava-se, teria tido um caso com ele.
Com seu visual andrógino, cabelos loiros e chapéus pretos, o recluso escritor prodígio fazia esporádicas aparições públicas — esteve até em Paraty, na Flip de 2005. Nesta sexta (19), chega ao iTunes “JT LeRoy”, filme que mostra a incrível escalada do seu sucesso. Detalhe: era tudo mentira.
LeRoy não passava de uma invenção da escritora e roteirista americana Laura Albert (vivida no longa por Laura Dern) e de seu marido, Geoffrey Knoop (Jim Sturgess). Quando aparecia em público, era a irmã de Geoffrey, Savannah (Kristen Stewart), quem interpretava o escritor, enquanto Laura assumia a persona de Speedie, sua assistente britânica. O ar misterioso e as frases sucintas eram estratégias para sustentar a farsa — descoberta em 2005.
Cai a máscara
A criadora de LeRoy, Laura, teve uma juventude marcada por abusos sexuais, traumas que inspiraram os livros de seu alter ego. Em entrevistas, ela disse que se sentia melhor escrevendo sobre certas coisas como um homem jovem do que como ela mesma. Além disso, ela estava fazendo roteiros para a série “Deadwood” (HBO) e não queria ver seu nome associado a obras barra-pesada.
A história por trás da encenação foi revelada em 2005 pela revista “New York”, numa reportagem que explodiu como uma bomba no mercado editorial e no mundo dos famosos. Em seguida, o “New York Times” seguiu a pista e publicou um artigo de Geoffrey Knoop, dando todos os detalhes da farsa literária da qual também foi artífice.
Pouco antes da publicação das reportagens, Leroy e sua trupe vieram ao Brasil. Passaram por São Paulo, onde compareceram a eventos de lançamento do livro “Sarah” pela Geração Editorial, e também foram ao Rio, onde participaram da Flip. A passagem por Paraty, inclusive, inspirou Luciana Pessanha a escrever uma peça, “JT — Um conto de fadas punk” , montada em 2012 no CCBB e assistida pela própria Laura Albert.
Três anos após o trio ser desmascarado, Savannah escreveu um livro sobre a experiência e encarnar o autor, “Girl boy girl: How I became JT LeRoy”. Ela conta como, muito jovem, mergulhou em uma encenação que a transformou em uma celebridade instantânea.
De lá para cá, foi para Nova York, se apresenta como artista e cineasta e adotou a neutralidade de gênero.
— Muita coisa mudou desde então. Aquilo foi apenas um episódio entre tantos de uma vida inteira. Além disso, acho que tem a compensação de ficarmos mais velhos e aprendermos mais sobre nós mesmos, fazendo assim com que nos sintamos mais à vontade — diz Savannah, 38 anos, que assina o roteiro do filme com o diretor Justin Kelly.
Em uma declaração sobre o longa, Kelly escreve que o filme fala sobre pessoas cujo desejo de mudar sua identidade se manifesta de formas inimagináveis: “Esta me parece mais relevante agora do que nunca. É sobre o poder da crença, o culto à personalidade, a fluidez do ser e o desejo de pertencimento”.
Verdades e mentiras
Quando começou a encarnar JT LeRoy, Savannah tinha 19 anos — mesma idade de Kristen Stewart no primeiro filme da saga de vampiros “Crepúsculo”. Ao falar de sua personagem, a atriz parece ecoar seu início de carreira, hoje marcada por filmes menos comerciais.
— Savannah era muito jovem quando tudo aconteceu. Tentou se encontrar naquela situação, fingindo ser aquilo que não era. O que me atraiu foi justamente essa pessoa que mergulha inteiramente numa história, com as melhores intenções — diz Kristen, por telefone. — É legal poder lançar luz sobre algo que ninguém conhece direito e que praticamente todos julgam sem conhecer os detalhes.
Já Laura Dern, que assume o papel da xará Laura Albert, admite: uma de suas primeiras reações ao se envolver no projeto foi condenar a criadora de JT LeRoy.
— Eu li (o roteiro) superficialmente e minha reação imediata foi negativa. Por que uma pessoa tem que criar outra para se expressar? Mas para interpretá-la é preciso entendê-la — diz a musa de David Lynch e estrela de “Big little lies” (HBO). —Savannah possui uma profunda compreensão da necessidade de Laura criar uma personalidade alternativa para poder expressar. Ela não podia assumir aquele livro e Savannah entendeu aquilo.Apoie o jornalismo profissionalA missão do GLOBO é a mesma desde 1925: levar informação confiável e relevante para ajudar os leitores a compreender melhor o Brasil e o mundo. São mais de 400 reportagens, artigos, fotos, vídeos e áudios publicados diariamente e produzidos de forma independente pela maior redação de jornal da América Latina.