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 História da gota d'água, A - Geração Editorial Geração Editorial


História da gota d’água, A

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A história da gota d’água
Autor: Domingos Pellegrini
Ilustrador: Rubem Filho
Gênero: Literatura Infantil (6 a 10 anos)
Formato: 20,5 x 27,5 cm
Acabamento: Capa dura
Págs: 28
ISBN: 9788581301051
Preço: R$ 39,90
Editora: Geração
Selo: Geraçãozinha

Sinopse:

Ela é uma gota de água pequenina
apanhada numa chuva que não termina
até crescer e virar poça, eu acho;
mais um pouco e ela vira riacho.

Agora ela é um rio, pode até virar mar!
Onde será que essa gotinha vai parar?

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Memórias de um mergulho

Cheio de poesia, com uma linguagem simples e lindas ilustrações, o livro A história da gota d’água narra as aventuras de uma gotinha de água

A história da gota d’água retrata, de forma poética, a trajetória de uma gota de água, a começar quando esta, tranquila na ponta de uma folha, avista uma poça d’água e gotas caindo nela e sumindo.
Depois de um tempo, vendo várias gotas caindo na poça, a “gota-protagonista” percebe que também cairá e sente medo. A partir daí, a história se desenvolve quando a gota finalmente cai na poça e confunde-se com ela, tornando-se parte de um todo, a própria água.
Domingos Pellegrini, autor da história, teve o cuidado de preparar um texto leve e acessível, ideal para crianças entre 6 e 8 anos. A partir do tema “natureza”, o autor criou um universo lúdico para falar sobre mudanças e tranformações com o público infantil.
Autor consagrado do gênero, Pellegrini ficou conhecido por criar histórias que têm como inevitável consequência a reflexão sobre o mundo, atitude imprescindível na formação da opinião crítica das crianças. O livro foi ricamente ilustrado por Rubem Filho.

Sobre o autor

O premiado romancista, contista, dramaturgo e autor de livros infantis Domingos Pellegrini talvez seja mais conhecido por romances como O Caso da Chácara Chão (2001) e O Homem Vermelho (1977), embora seja um autor bastante reconhecido na literatura infantojuvenil. Seu Mestres da Paixão (2007), por exemplo, obteve o terceiro lugar no Prêmio Jabuti, categoria livro juvenil. Autor profícuo, com mais de 50 títulos publicados, também participa de muitas coletâneas e antologias de contos no Brasil e no exterior (em países como Estados Unidos, México, Cuba, Alemanha, Itália, Chile, Dinamarca e França). Pela Geração, publicou também Terra Vermelha, e pela Geraçãozinha publicou No Hospital de Brinquedos.

Sobre o ilustrador

Rubem Filho nasceu e vive em Belo Horizonte. Ilustrador de livros infantojuvenis desde 1996, é formado em Artes Plásticas pela Escola Guignard (Universidade do Estado de Minas Gerais), tendo se especializado em gravura em metal e litografia. Tem publicado quase 80 livros como ilustrador e projetista gráfico, e dois como escritor.

Entrevista com o autor

Qual foi sua fonte de inspiração para escrever A história da gota d’água?
Inspirei-me no poema de Gonçalves Dias, A Tempestade, que começa com um raio, em versos curtinhos, que vão crescendo conforme cresce a tempestade, até tudo acabar com uma gota de água que, na ponta de uma folha, “vacila / palpita, hesita / e treme / e cai”.

O texto trata da mudança, metamorfose e percepção das transformações. Qual foi a sua intenção ao escrever essa história?
Conforme Vicinius de Moraes, não basta olhar, é preciso olhar e ver. Minha intenção é estimular o leitor a olhar e ver esse imenso ser vivo que é o planeta, acompanhando uma gota de água e vendo como tudo se move e se transforma. Assim como a gota se acaba no mar, quando se sente grandiosa, nós só somos imensos quanto mais nos tornamos humanos, ou seja, mais vivemos não apenas para si mesmos, mas para os outros.

Você tem quatro filhos e alguns netos. Teria então um primeiro público de “críticos mirins” dentro de casa – ou seja, antes de escrever a versão final de seus livros para crianças, costuma contar as histórias a eles e ouvir suas opiniões?
Minha mulher, Dalva, e eu lemos para nossos netos na cama, antes de dormir, quando eles vêm passar o fim de semana em nossa chácara. Pietro e Caetano acostumaram-se tanto a isso que exigem as “historinhas”. Como ainda não sabem ler, com quatro e três anos, usamos livros infantis para inventar histórias sobre as ilustrações, para variar. Também conto histórias apenas orais, e eles gostam igualmente. A contação de histórias, além de excitar a imaginação infantil, cria um elo de afeto e apreço entre pais ou avós e as crianças. Dá-lhes, também, estabilidade emocional, sensação de compartilhamento e pertencimento familiar. É uma terapia para quem conta e para quem ouve. (Mas não conto a eles minhas histórias apenas na forma de texto, pois acho que eles apreciam muito mais com ilustrações. As histórias apenas orais são inventadas, com recursos de mímica e modulações de voz).

Em seus livros infantis você costuma usar estruturas versificadas e rimadas em muitos momentos. Você acredita que as crianças têm mais afinidade com a forma lúdica da rima poética do que com os textos apenas em prosa?
As histórias em versos são mais expressivas e criam um clima encantatório com a sonoridade das rimas. A metrificação contribui para dar uma cadência que une toda a história, dando-lhe um ritmo envolvente. Acredito que há mais mágica nas histórias em versos.

Por que escreve para crianças?
Escrevo histórias infantis visando a leitura compartilhada entre crianças e pais. A melhor contribuição que os pais podem dar para a civilização, e para a formação intelectual e emocional de seus filhos, é contar-lhes histórias, principalmente antes de dormir.

E quando começou  a escrever? O que te motivou a escrever tantos títulos infantis e adultos?
Escrevo porque tenho esse dom, que não é mérito, vem da loteria genética, o mérito será apenas de usar bem e aperfeiçoar o dom. Todos têm seus dons, artísticos, profissionais, relacionais, espirituais. Entregar-se ao dom é o melhor caminho para ser feliz, conforme Jesus: “eu sou o que sou”.

Você é um autor consagrado tanto na literatura adulta quanto na literatura para infantil. Em que medida é diferente escrever para adultos ou para pequenos? Como é seu processo de criação?
Nunca sento para escrever sem que tenha alguma história já na cabeça. Elas me vêm, como o vento passa pelas árvores. Por isso, seguindo o conselho de Maikovski, ando sempre com caneta e caderneta, para anotar o que o vento me traz… E desconfio que, como fui leitor infantil, juvenil e adulto, as histórias me vem para a criança, o jovem, o homem que fui e continuo sendo: o menino e o animal em mim negam-se a morrer.

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