Terra vermelha
Autor: Domingos Pellegrini
Formato: 16 X 23 cm
Páginas: 472
ISBN: 857509075-5
Peso: 0.35 kg.
Preço: R$ 54,00
Sinopse: Neste romance épico, monumental, como raras vezes se viu na literatura brasileira, o paranaense Domingos Pellegrini, um dos maiores escritores brasileiros da atualidade, conta a história de José e Tiana, ao longo de quatro décadas. A epopéia dos migrantes no processo de colonização do Oeste do Paraná é apenas o pretexto para o autor discorrer, numa narrativa cinematográfica e envolvente, sobre os grandes temas da existência humana. Emoção, paixão, luta pela vida, valores defendidos a ferro e fogo, conflitos: este romance de Domingos Pellegrini é absolutamente inesquecível, a ser lembrado, no futuro, como um de nossos maiores clássicos. O livro vai ser filmado pelo cineasta Ruy Guerra.
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Terra Vermelha: romance para espíritos vigorosos
Domingos Pellegrini recria, num romance épico, o processo de colonização do Paraná
O que fazia no Norte do Paraná, na década de 50, o jornalista João Saldanha, que depois viria a ser técnico da seleção brasileira de futebol. Por que tinha o apelido de João Sem Medo?
Como poderia Claude Levi-Strauss, hoje considerado o maior antropólogo vivo, influir nos destinos de uma cidade nascente no Norte do Paraná? Onde mais, senão na “Capital do Café”, poderia ter existido uma passeata de… putas?! Onde mais no mundo uma cidade ergueu e destruiu uma geração arquitetônica a cada década? Que cidade mais terá vivido tão intensamente as transformações mundiais da urbanização e do feminismo? É possível um casamento resistir a essas imensas transformações? É possível, neste mundo em transformações tão intensas e rápidas, viver com um código de conduta? Com a história de José e Tiana, Domingos Pellegrini – um dos maiores escritores brasileiros da atualidade – responde estas e muitas outras questões em seu romance “Terra Vermelha”, lançado pela Geração Editorial depois de ter a primeira edição praticamente ignorada pela grande imprensa, salvo algumas exceções.
Um romance épico
Terra Vermelha é um romance assumidamente épico, que narra a história de um casal, José e Tiana, e a colonização de uma região do Brasil, o Norte do Paraná, formando um painel social e histórico de grandes dimensões, em 511 páginas e meio século de ação narrativa.
O Norte do Paraná foi uma das últimas regiões do Brasil a ser colonizada, por imigrantes de todo o mundo, num total de mais de 30 nações, entre elas a Alemanha. Como as terras eram oferecidas em pequenos lotes, com pagamento parcelado, houve um acesso democratizado às propriedades, gerando uma civilização multi-racial, convivente e tolerante, que se tornou exemplo para o mundo. José e Tiana são o eixo que interliga passagens históricas dessa colonização, com muitos lances épicos, entre passagens líricas e de grande densidade humana, que fizeram o crítico Wilson Martins, hoje a o mais conceituado crítico brasileiro, declarar: “O Brasil ainda não se deu conta de que temos no Norte do Paraná um dos maiores escritores brasileiros de todos os tempos, Domingos Pellegrini, autor de um idioma próprio e uma não menos própria visão do homem.” Apesar disso, o romance de Domingos Pellegrini vendeu lentamente a primeira edição, por ter sido, conforme o autor, “ignorado pela grande imprensa e por ser volumoso e portanto de preço pouco acessível num país de poucos leitores e pouco poder aquisitivo”. Os leitores de Terra Vermelha são entusiastas de sua leitura, entre eles incluindo-se gente idosa e jovens, pois o romance é pleno de ação e de linguagem clara, embora muito pessoal. Dele escreveu o crítico Miguel Sanches Neto: “Trata-se de uma obra-prima do gênero romanesco”. Para o editor e escritor Luiz Fernando Emediato, que participou, junto com Pellegrini, nos anos 70, da luta pela redemocratização do país e de um movimento literário específico – cujas características de grupo Pellegrini hoje não reconhece – assim lembra aquela época: “Jovens, idealistas e ingênuos, nós acreditávamos, nos anos 70, que poderíamos criar uma literatura épica, guerreira, libertadora, que empurrasse o povo contra a ditadura militar daqueles tempos e contra todos os regimes opressores de qualquer parte do mundo e em qualquer tempo presente ou futuro. É claro que não conseguimos. Pellegrini, e só ele, vai chegando perto de nossa frustrada ambição.”