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Em livro, jornalista do 'NYT' diz o que pensa sobre o Brasil
No livro “Brasil em Alta”, Larry Rohter, jornalista norte-americano do “New York Times”, descreve como o país é visto pelo mundo. O volume apresenta um conteúdo enciclopédico sobre a cultura, política e economia brasileira.
Rohter, que Lula quis expulsar do país por criticá-lo, estuda o Brasil há quatro décadas e, por ser estrangeiro, é capaz de analisar as nossas mazelas e vantagens com relativa imparcialidade.
“Todo país, inclusive os Estados Unidos, vende uma imagem de si mesmo que não corresponde plenamente à realidade, isso porque a autoimagem é sempre diferente da visão do forasteiro”, explica.
A edição busca contextualizar as mudanças que transformaram um atrasado país agrícola, arruinado pela hiperinflação e pela ditadura militar em uma das maiores economias do mundo capaz de resistir à crise de 2008.
“É verdade que o Brasil conseguiu resistir à crise de 2008, graças a anos de políticas econômicas sensatas e responsáveis. Mas a sexta economia do mundo não tem como resistir uma crise geral que aflige as cinco primeiras economias mundiais”, diz o autor sobre os problemas na zona do Euro.
Larry Rohter foi correspondente da revista “Newsweek “e do jornal “The New York Times” no Brasil. O autor, que também assina “Deu no New York Times”, é reconhecido como especialista em assuntos brasileiros.
Carlos Giannazi: Já selecionei trechos do Privataria Tucana que vou ler para o Serra
Carlos Giannazi: Já selecionei trechos do Privataria Tucana que vou ler para o Serra
publicado em 15 de julho de 2012 às 21:58
por Luiz Carlos Azenha
Carlos Giannazi, candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, pretende causar sensação nos debates apontando as contradições que envolvem seus adversários.
Professor, ele cumpriu dois mandatos de vereador e está no segundo mandato de deputado estadual, para o qual foi eleito em 2010 com cerca de 100 mil votos.
Por ter se dedicado especialmente às questões da educação pública, parece à vontade para debater com o candidato do PT, Fernando Haddad, ex-ministro da área nos governos Lula e Dilma, por seis anos.
“Ele [Haddad] se apresenta como um homem novo para um novo tempo, mas como ser novo com o Paulo Maluf, como ser novo com financiamento de campanha de empreiteiras, de construtoras, que tem provocado grande especulação imobiliária que o próprio PT critica”, diz.
Além disso, ele foca o que qualifica de “triste herança” deixada por Haddad dos tempos em que serviu como chefe de gabinete de João Sayad, secretário das Finanças no governo municipal petista de Marta Suplicy [2001-2005]. O candidato petista teria sido, segundo Giannazi, mentor intelectual do aumento de taxas e impostos, como a taxa do lixo, a taxa de luz, o ISS para pequenos profissionais liberais e a taxa de fiscalização que afetou pequenos comerciantes.
Gianazzi também critica Haddad pelo fato de que a educação pública “continua muito mal” depois da passagem do petista pelo Ministério da Educação.
Dentre outros pecados, Haddad teria dado continuidade a um processo de expansão da educação superior “precarizado”, envolvendo inclusive universidades privadas que, na avaliação de Gianazzi, prestam um péssimo serviço aos estudantes.
Mas, quando se trata do tucano José Serra, Giannazi diz que as contradições “são piores ainda”.
Ele acusa Serra de “destruir” o magistério estadual com a Lei 1093, que criou a quarentena dos professores contratados. Depois de um ano de contrato, a lei exige que eles passem pelo menos 200 dias afastados antes de voltar à sala de aula. A consequência disso, segundo Giannazi, é a falta de professores na rede, o que prejudica os estudantes. O candidato do PSOL quer perguntar a Serra se ele fará o mesmo com o magistério municipal, caso seja eleito.
Também pretende perguntar a Serra sobre “a farra dos pedágios”, a privatização da Nossa Caixa, os problemas no Metrô e na Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE).
“Vou levar o livro da Privataria Tucana e vou ler trechos do livro que eu já selecionei, para que ele explique”, afirma o candidato.
Giannazi quer que Serra explique “o envolvimento da família dele” na abertura de contas bancárias em paraísos fiscais. “Ele vai ter de explicar, porque [o livro] tem cópias de documentos, de juntas comerciais, do Ministério Público, da Justiça. Até agora ele só falou que o livro é um lixo, mas não vou falar do livro, vou falar dos documentos”, declarou o candidato do PSOL.
Confira a entrevista no blog Via Mundo.