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Fotos do lançamento do livro “Holocausto brasileiro” em SP
Na última sexta-feira (09/08) foio lançamento do livro Holocausto brasileiro, da jornalista Daniela Arbex. O evento aconteceu na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, em São Paulo .
Confira quem passou por lá.
Sobre o livro:
Durante décadas, milhares de pacientes foram internados à força, sem diagnóstico de doença mental, num enorme hospício na cidade de Barbacena, em Minas Gerais. Ali foram torturados, violentados e mortos sem que ninguém se importasse com seu destino. Eram apenas epilépticos, alcoólatras, homossexuais, prostitutas, meninas grávidas pelos patrões, mulheres confinadas pelos maridos, moças que haviam perdido a virgindade antes do casamento.
Ninguém ouvia seus gritos. Jornalistas famosos, nos anos 60 e 70, fizeram reportagens denunciando os maus tratos. Nenhum deles — como faz agora Daniela Arbex — conseguiu contar a história completa. O que se praticou no Hospício de Barbacena foi um genocídio, com 60 mil mortes. Um holocausto praticado pelo Estado, com a conivência de médicos, funcionários e da população.
Release: Luna Caliente – Mempo Giardinelli
LUNA CALIENTE ENFEITIÇA COM PRAZER E LOUCURA
Sexo selvagem , crimes e violência política na ditadura argentina, em romance que foi filmado na Europa
e transformado em minissérie pela RV Globo
Se apenas um segundo pode pôr tudo a perder na vida de qualquer pessoa, o que dizer, então, de três noites de tórrido calor e entremeadas de sexo e violência? Uma violência que não era para acontecer, mas que, por linhas tortas, acaba acontecendo? Esta é a história de Ramiro, um argentino recém-chegado da França, onde acabara de cursar Direito. Tudo começa quando ele vai visitar um velho amigo do pai e fica enfeitiçado pela filha dele, Araceli. Um detalhe: a garota tem apenas 13 anos; ele, 32. Há uma explosão de sexualidade e a partir daí as coisas começam a sair de controle.
Este é o enredo de Luna caliente, do consagrado escritor argentino Mempo Giardinelli. Em dezembro de 1999, a Rede Globo transformou o romance em três capítulos de 53 minutos cada, com direção do premiado Jorge Furtado e Paulo Betti como ator principal. O pano de fundo é a repressão ao comunismo na Argentina, como de resto na América Latina. Algumas vidas estão se desagregando, enquanto a sociedade sofre violência ainda maior – toda a moral havia desmoronado e isso era pior do que ser um assassino.
Ramiro é “um homem de bem” enveredando por caminhos obscuros, o que torna suas atitudes ainda mais dramáticas. O personagem tenta entender como conseguira arruinar a própria vida em três noites de tórrido calor. Um calor que vem de dentro dele mesmo, vem do Sol, vem da Luna caliente e tropical, do sexo selvagem. De repente, ele se sente perdido, num caminho sem volta. Atire a primeira pedra quem acha que não pode vir a se meter numa encrenca das grossas. Principalmente quando a sociedade está doente. Muitos homens moram dentro de cada homem e é muito fácil se perder. Orai e vigia, diz a religião. Para não cair em tentação.
O contraponto político torna o drama de Ramiro ainda mais contundente. E ele não sabia que estava preparado para enfrentar o que der e vier, chegando ao ponto de pensar: “Jamais imaginara que um homem, ao tornar-se involuntariamente um assassino, pudesse, de repente, vencer tantas dificuldades e ser tão frio e inescrupuloso”. Um homem no limite é capaz de tudo, diz o escritor, e Ramiro havia chegado ao limite.
E o prazer eclode entre vida e morte, num clima intempestivo: “Seu púbis estava molhado. Abriu as pernas e Ramiro a penetrou com um ronco animal, dizendo seu nome, Araceli, Araceli, meu Deus, vais me enlouquecer. Abraçados, fundidos como cobre e níquel, golpearam-se bestialmente e com carícias brutais”.
Calor intenso de dezembro de 1977, verão sufocante, repressão, explosão de emoções. A Lua manda lá de cima seus raios “abrasadores”, transformando Ramiro num lobisomem de terno e gravata. Individual e coletivo se fundem. A situação fica tão caótica que o leitor sente vontade de interferir e colocar ordem na casa. Mas não se espante o desavisado, porque cada um de nós corre o mesmo perigo – somos muitos dentro de um só e é fácil se perder no calor da vida.
Sobre o autor
O escritor e jornalista Mempo Giardinelli nasceu na cidade de Resistencia em 1947, província de Chaco, Argentina. Viveu em Buenos Aires entre 1969 e 1976, exilando-se no México entre 1976 e 1984, durante a ditadura Argentina. Ao regressar, fundou e dirigiu a revista Puro Cuento (1986-1992). Entre 1993 e 2000 radicou-se em Paso de La Pátria, na província de Corrientes. Desde 2001, reside em sua cidade natal.
Em 1993, Mempo ganhou o Premio Rômulo Gallegos. Em 2007, conquistou o Pregonero de Honor. Também recebeu o título Doutor Honoris Causa pela Universidade de Poitiers, na França, em 2007, e outras importantes distinções literárias na América Latina e Europa, mas nenhum prêmio na Argentina. Por que será? Basta ler os seus livros para saber.
Publicou, entre outras obras, El castigo de Dios; O céu em minhas mãos e Impossível equilíbrio. É autor de mais de trinta livros, entre romances, contos, ensaios e literatura infanto-juvenil, além de organizar várias antologias. Escreve regularmente em jornais e revistas da Argentina e de outros países. Sua obra já foi traduzida para mais de vinte idiomas.
Em 1996, Mempo doou a sua biblioteca pessoal de dez mil volumes à criação de uma fundação com sede em Chaco. Hoje a fundação sustenta diversos programas culturais, educativos e solidários (www.fundamgiardinelli.org.ar).
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Luna Caliente – Três noites de paixão
Autor: Mempo Giardinelli
Formato: 15,6×23
Páginas: 136
Categoria: Literatura Argentina
ISBN: 978-85-81300-39-9
Cód. de Barras: 978-85-81300-39-9
Peso: 290g
Sinopse:
Sexo e insanidade na ditadura argentina
Neste romance magistral e eletrizante, transformado em minissérie pela TV Globo e filmada na Europa, um homem – Ramiro, 32 anos – enreda-se numa paixão avassaladora por uma adolescente de 13, Araceli, em plena ditadura militar argentina. Sexo selvagem, loucura, violência, numa atmosfera insana de um verão sufocante em que o personagem transforma-se numa espécie de lobisomem de terno e gravata. A situação fica tão caótica que o leitor sente vontade de interferir e colocar ordem na casa. Impossível deixar a leitura desse romance fantástico de um dos maiores escritores latino-americanos da atualidade.