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Retrospectiva, por Flora Figueiredo
Hoje é aniversário da poetisa Flora Figueiredo, autora do livro Chão de Vento. Para a ocasião, selecionamos um de seus poemas. Confira:
RETROSPECTIVA
Porque a vida é feita de proibições,
eu não compus todas as canções,
não percebi a brisa suspirar,
eu esqueci cantigas de ninar,
dei chances demais à voz dos credos,
não rompi de vez todos os medos,
roubei do tempo um tanto de carinho,
não vi a flor amar o passarinho,
perdi o trem na curva da vertente
e não deixei o mel melar completamente.
Porque a vida é feita de proibições,
larguei o fio, soltaram-se os balões,
deixei que o pião revirasse sozinho,
mandei que o zangão se zangasse baixinho,
desprezei a bruma que baixou o véu,
permiti à palavra dormir no papel,
evitei o desvio que atravessa a estrada,
não quis o desafio da ronda embriagada,
não li o poema do poeta maldito
e não tive o dilema do beijo infinito.
Porque ainda há tempo para o encantamento,
quebre-se o vidro do sermão absoluto,
rompa-se a teia, reveja-se o estatuto,
que a primavera quer amar o chão de vento.
Artista dá vida a clássicos da literatura
O artista Terry Border deu vida nova a livros antigos em sua última produção intitulada ”Wiry Limbs, Paper Backs” (Membros de Arame, Corpo de Papel). Border, que tem uma paixão especial por dar vida a objetos inanimados, combinou técnicas artesanais para retorcer o arame à criatividade e ao senso de humor. Assim, transformou os livros numa divertida síntese deles mesmos e de seus protagonistas, dando novo uso para velhos companheiros.
Fonte: Catraca Livre