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‘Amor à Vida’ e os hospitais psiquiátricos no Brasil. Jornalista investiga o maior deles e publica livro
O tema do livro Holocausto brasileiro tem sido amplamente discutido por meio da novela Amor à Vida, que tem abordado como deve ser o tratamento de pacientes com doença mental, através da personagem Paloma (Paolla Oliveira), que foi internada à força em uma clínica psiquiátrica.
Em Holocausto Brasileiro, a autora resgata do esquecimento um dos capítulos mais macabros da nossa história: a barbárie e a desumanidade praticadas, durante a maior parte do século XX, no maior hospício do Brasil, conhecido por Colônia, situado na cidade mineira de Barbacena. Pelo menos 60 mil pessoas morreram entre os muros da Colônia. Em sua maioria, haviam sido internadas à força. Cerca de 70% não tinham diagnóstico de doença mental. Eram epiléticos, alcoólatras, homossexuais, prostitutas, gente que se rebelava ou que se tornara incômoda para alguém com mais poder. Eram meninas grávidas violentadas por seus patrões, esposas confinadas para que o marido pudesse morar com a amante, filhas de fazendeiros que perderam a virgindade antes do casamento, homens e mulheres que haviam extraviado seus documentos. Alguns eram apenas tímidos. Pelo menos 33 eram crianças. A internação da protagonista da novela das 9 retrata perfeitamente como muitas pessoas foram internadas à força sem ao menos ter algum problema mental e traz à tona uma importante discussão sobre os hospitais psiquiátricos.
Confira o book trailer:
‘Holocausto brasileiro’ dialoga com ‘Soroco, sua mãe, sua filha’, de Guimarães Rosa
Fonte: Divirta-se
Fotos do lançamento do livro “Holocausto brasileiro” em SP
Na última sexta-feira (09/08) foio lançamento do livro Holocausto brasileiro, da jornalista Daniela Arbex. O evento aconteceu na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, em São Paulo .
Confira quem passou por lá.
Sobre o livro:
Durante décadas, milhares de pacientes foram internados à força, sem diagnóstico de doença mental, num enorme hospício na cidade de Barbacena, em Minas Gerais. Ali foram torturados, violentados e mortos sem que ninguém se importasse com seu destino. Eram apenas epilépticos, alcoólatras, homossexuais, prostitutas, meninas grávidas pelos patrões, mulheres confinadas pelos maridos, moças que haviam perdido a virgindade antes do casamento.
Ninguém ouvia seus gritos. Jornalistas famosos, nos anos 60 e 70, fizeram reportagens denunciando os maus tratos. Nenhum deles — como faz agora Daniela Arbex — conseguiu contar a história completa. O que se praticou no Hospício de Barbacena foi um genocídio, com 60 mil mortes. Um holocausto praticado pelo Estado, com a conivência de médicos, funcionários e da população.