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 Seu amante, o Imperador - na Revista da Cultura - Geração Editorial Geração Editorial

jun 2, 2011
Editora Leitura

Seu amante, o Imperador – na Revista da Cultura

Numa trama digna de ser apresentada como um documentário do National Geographic Channel, o arquiteto formado pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo e pesquisador independente, Paulo Rezzutti encontrou 94 cartas de Dom Pedro I à Marquesa de Santos que estavam perdidas num museu nova-iorquino.

Até onde se sabe, Dom Pedro I escreveu tais cartas no período entre 1823 e 1828. Uma senhora brasileira, cujo nome se perdeu na história, vendeu os escritos para o livreiro antiquário Charles Chadenat, em 1908. Mais tarde, Chadenat comercializou os originais com o alemão Karl Hiersenann.

Não se sabe ao certo, mas, entre 1908 e 1917, Hiersenann negociou os manuscritos com o norte-americano Archer Milton Huntington, fundador da Hispanic Society of America, local em que os documentos permaneceram esquecidos durante quase um século. Em 2010, no Brasil, ao ler o livro Cartas de Pedro I à Marquesa de Santos, publicado em 1984 tendo como base os manuscritos que Alberto Rangel (1871-1945) conseguira copiar a mão até 1945, Rezzutti notou uma informação inusitada. “Emanuel Araújo, que, num processo de verificação, confrontou os textos escritos a mão por Rangel com os originais escritos por Dom Pedro I, comenta na introdução que não havia conseguido comparar 36 cartas da Coleção Embaixador Mello Franco, porque elas tinham sido vendidas para a Spanish Society”, diz.

De fato, há inúmeras sociedades espanholas nos Estados Unidos, mas – por intuição – Rezzutti percebeu que tal instituição só poderia ser a Hispanic Society que, ainda hoje, abriga um museu em suas dependências. Seguiram-se então diversas coincidências que o levaram a entrar em contato com o curador da instituição, John O’Neill, em junho de 2010. Este confirmou possuir não 36, mas 94 manuscritos, cujas cópias digitalizadas estão, agora, em posse de Rezzutti. O pesquisador, por sua vez, realizou um penoso trabalho de transcrição, datação e contextualização das cartas, processo que resultou na produção do livro Titília e o Demonão, que acaba de ser lançado.

De acordo com Rezzutti, os documentos revelam aspectos significativos que servirão para compor um quadro mais realístico da época. “Essa história dos bastidores consegue ser mais divertida e, por outro lado, é muito mais complexa do que aquilo que a gente conhece hoje como história oficial”, afirma. “Isso acaba trazendo uma dimensão muito maior aos personagens, porque a gente vê o lado humano deles.”

O professor do curso de História do Brasil da Unesp e coautor de Andanças pelo Brasil Colonial, Jean Marcel França, concorda que pontos de vistas pessoais, como o de Dom Pedro I, podem acrescentar dados interessantes. Porém, quem vai tecer o panorama geral é o pesquisador. “As cartas não condicionam uma perspectiva nova, a não ser que haja um erro histórico muito evidente. Tirando isso, o que condiciona uma perspectiva nova é o tipo de interrogação que o pesquisador fará a respeito das cartas.”

Da culinária à vida sexual dos amantes; do mito Marquesa de Santos a um retrato mais humano da mulher chamada Domitila de Castro; da figura grotesca de Dom Pedro I para um imperador mais centrado nos negócios do governo… Em Titília e o Demonão, Rezzutti mostra suas perspectivas a respeito dos documentos encontrados no museu da Hispanic Society. No mesmo livro, ele apresenta um aperitivo de algumas pesquisas paralelas e controversas, dentre elas, uma investigação sobre a última carta da imperatriz Leopoldina. “Esse estudo ainda vai dar o que falar entre os historiadores”, promete. ©

Veja a matéria da Revista da Cultura aqui.

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