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Náugrafo da utopia

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Náufrago da utopia
Autor:  Celso Lungaretti
Gênero: Reportagem
Acabamento: Brochura
Formato:  16 x 23 cm
Págs: 304
Peso: 598g
ISBN: 8575091271
Código de barras: 9788575091272
Selo: Geração
Preço: R$ 52,00

Sinopse

Celso Lungaretti era um dos mais jovens dirigentes de uma organização guerrilheira de luta armada contra a ditadura militar, no final dos anos 60 e início dos 70 – não tinha ainda 20 anos de idade – quando foi preso e barbaramente torturado. Acusado de ter delatado seu grupo, passou 34 anos como um renegado, até conseguir provar, há um ano, sua inocência. Neste livro dramático, dirigido principalmente aos jovens do Brasil de hoje, ele relembra as passeatas, a ocupação de faculdades e fábricas, os festivais de música, as ações armadas dos guerrilheiros, seus conflitos internos, as trajetórias de personagens como José Dirceu, Geraldo Vandré, Marighela e Lamarca, reconstituindo, de forma magistral e dolorida, a história de sua geração – dos jovens estudantes sem experiência militar recrutados para combater a ditadura pelas armas. E acerta, finalmente, as contas com sua consciência e a História. Trata-se de um livro dramático e impressionante que reconstitui, numa linguagem crua e ao mesmo tempo dolorida, um dos períodos mais trágicos de nossa história recente – o período em que os grupos de esquerda armada de combate à ditadura militar, nos anos 60 e 70, tiveram seus principais militantes e combatentes presos, mortos em ação ou friamente executados e passaram a recrutar para suas fileiras jovens estudantes secundaristas sem maturidade política e sem experiência de combate. Mesmo assim, eles foram para a linha de frente da guerra revolucionária. Celso Lungaretti era um desses jovens.

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Vencer ou morrer na guerrilha. Aos 18 anos

Celso Lungaretti, apontado durante 34 anos como delator e renegado pela esquerda armada dos anos 70, revela em livro a tragédia dos jovens numa guerra de adultos

Celso Lungaretti era um dos mais jovens dirigentes de uma organização guerrilheira de luta armada contra a ditadura militar, no final dos anos 60 e início dos 70, quando foi preso e barbaramente torturado. Acusado de ter delatado seu grupo, passou 34 anos como um renegado, até conseguir provar, há um ano, sua inocência. Neste livro dramático, ele relembra as passeatas, a ocupação de faculdades e fábricas, os festivais de música, as ações armadas dos guerrilheiros, seus conflitos internos, as trajetórias de personagens como José Dirceu, Geraldo Vandré, Marighela e Lamarca, reconstituindo, de forma magistral e dolorida, a história de sua geração – dos jovens estudantes sem experiência militar recrutados para combater a ditadura pelas armas. E acerta, finalmente, as contas com sua consciência e a História.

Trata-se de um livro dramático e impressionante que reconstitui, numa linguagem crua e ao mesmo tempo dolorida, um dos períodos mais trágicos de nossa história recente – o período em que os grupos de esquerda armada de combate à ditadura militar, nos anos 60 e 70, tiveram seus principais militantes e combatentes presos, mortos em ação ou friamente executados e passaram a recrutar para suas fileiras jovens estudantes secundaristas sem maturidade política e sem experiência de combate. Mesmo assim, eles foram para a linha de frente da guerra revolucionária. Celso Lungaretti era um desses jovens.

Neste seu livro-desabafo, um terrível depoimento preso há mais de 30 anos na garganta, ele reconstitui a trajetória de um desses grupos de estudantes, desde o recrutamento num colégio da Zona Leste de São Paulo. Ele passa pelo aprendizado marxista; pela contestação desenvolvida na própria escola; pela organização do movimento secundarista em toda a capital paulista durante o explosivo ano de 1968; pelo engajamento na luta armada em 1969; e, finalmente, pelas prisões, torturas e mortes nos anos seguintes.

Através do olhar empolgado desses jovens, trava-se contato com os acontecimentos e personagens mais importantes daquele período em que o Ato Institucional n°. 5 mergulhou o país nas trevas, restringindo as liberdades políticas e de organização social. Relembram-se aqui as passeatas e congressos estudantis, a ocupação de faculdades e fábricas, os festivais de música popular, a resistência dos artistas e intelectuais, as expropriações (assaltos) de bancos, os sequestros de diplomatas, as tentativas de guerrilha rural, nos moldes da China e do Vietnã, as trajetórias de personagens brasileiros históricos.

Celso Lungaretti evoca com vigor, nostalgia e uma dor cortante sua própria história e a história de seus amigos. Fala do que viu e viveu. Apresenta suas lembranças de forma literária, como se seu livro fosse um romance, o que torna a leitura especialmente fascinante e tensa, dando ao leitor a sensação de que está no centro dos acontecimentos. Mas é sempre fiel à verdade dos fatos – ou, como ele diz, “tão fiel quando pode ser alguém tão profundamente marcado por aqueles episódios”.
Poucos, como ele, puderam sentir tão duramente, na pele e no cérebro, as consequências de ser um jovem numa guerra de adultos. Preso em abril de 1970, Celso estava há mais de dois meses incomunicável quando houve um agravamento das torturas à que foi submetido e teve um tímpano perfurado. Com a resistência física e mental em frangalhos, acabou aceitando a imposição dos militares: renegar publicamente a guerrilha. O comandante guerrilheiro Carlos Lamarca, um ídolo da esquerda de então, o acusou de ter revelado o local de um campo de treinamento da guerrilha. Foi sua desdita e condenação, sem direito a defesa alguma.

Celso Lungaretti, mais do que um “arrependido”, passou a ser visto como “delator”, traidor da causa, aquele que não resistira à tortura e revelara informações preciosas sobre o movimento. Estigmatizado durante 34 anos, teve, em 2004, a oportunidade de lançar novas luzes sobre aqueles acontecimentos. Defendendo sua causa junto à Comissão de Anistia do Ministério da Justiça e aproveitando a documentação finalmente liberada dos arquivos secretos militares, pôde demonstrar que seu “arrependimento” na TV se dera em circunstâncias de extrema coerção. E que, sob tortura, não delatara ninguém. Até chegar nisso, entretanto, foram três décadas de incompreensão, rejeição e tormento. Celso passou 34 anos de sua triste vida como um renegado, aquele que não merecia tolerância, compreensão ou perdão.

Começando como uma epopeia e tragédia coletiva, Náufrago da Utopia termina com a luta solitária de um ex-militante para resgatar sua dignidade de revolucionário.

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