Kasinsky
Autor: Maria Lúcia Doretto
Gênero: Biografia
Formato: 15.5×23 cm
Páginas: 616
ISBN: 856030200X
Peso: 1.1 kg
Preço: R$ 77,00
Sinopse:
Nesta monumental biografia de Abraham Kasinsky, fundador da Cofap, uma das maiores indústrias de autopeças do Brasil e do mundo, Maria Lúcia Doretto surpreende ao contar, de forma isenta, como num romance épico, a vida extraordinária desse filho de imigrantes russos que chegaram ao Brasil no início do século. Abraham Kasinsky, um gênio movido a paixão – a história do fundador da Cofap é a biografia de um empresário, mas pode ser lida como um romance. Trata da vida, da luta de um homem para construir seu império. E embora tenha sido escrita por sua secretária – com quem conviveu por quase 30 anos – não é uma biografia autorizada: os segredos, os defeitos, os amores de Kasinsky, está tudo ali, pulsando. Kasinsky só leu o livro depois de impresso. Sem censura. O prefácio é do publicitário Washington Olivetto, admirador do empresário e criador da campanha que tornou um amortecedor popular até entre crianças e rebatizou a raça do cachorrinho “lingüiça” que estrelava os filmes. A autora entrevistou não apenas admiradores, mas também desafetos de Abraham Kasinsky. O resultado é um livro surpreendente, que revela a complexa personalidade de um homem genial, incansável e visionário, que também já foi chamado de egocêntrico, traidor e prepotente. Um livro imprescindível para estudantes e empresários, homens de marketing, executivos – ou qualquer um interessado em histórias de luta, vitória, derrota e ressurreição.
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Kasinsky – Um gênio do capitalismo brasileiro, movido a paixão e sonho
Biografia de Abraham Kasinsky, fundador da Cofap, revela segredos de um dos construtores da indústria automobilística – um personagem épico
É a biografia monumental de um empresário, mas pode ser lida como um romance. Trata da vida, da luta de um homem para construir seu império. E embora tenha sido escrita por sua secretária – com quem conviveu por quase 30 anos – não parece uma biografia autorizada: seus segredos, seus defeitos, seus amores, está tudo ali, pulsando. Abraham Kasinsky, que acaba de fazer 89 anos e ainda trabalha, levando adiante uma indústria de motocicletas, só leu o livro depois de impresso. Sem censura.
O prefácio é do publicitário Washington Olivetto, admirador do empresário e criador da campanha que tornou um amortecedor popular até entre crianças e rebatizou a raça do cachorrisnho “lingüiça” que estrelava os filmes.
Abraham Kasinsky – um gênio movido a paixão foi escrita por Maria Lúcia Doretto, secretária-executiva do empresário durante 29 anos. Apesar da proximidade com biografado, a autora entrevistou não apenas admiradores, mas também desafetos de Abraham Kasinsky. O resultado é um livro surpreendente, que revela a complexa personalidade de um homem genial, incansável e visionário, que também já foi chamado de egocêntrico, traidor e prepotente.
Um livro imprescindível para estudantes e empresários, homens de marketing, executivos – ou qualquer um interessado em histórias de luta, vitória, derrota e ressurreição.
Uma vida em tons épicos
Em sua obra de estréia, Maria Lúcia Doretto apresenta surpreendente maturidade literária. Ela começa o livro no “pior dia da vida” de Abraham Kasinsky (conhecido como Abrão), o da venda da Cofap, por questões familiares, em 1997, para o grupo italiano Magneti Marelli. O drama da venda é narrado como um filme. A cena fecha nos olhos marejados de lágrimas do velho Kasinsky, que está entregando sua empresa, o resultado de uma vida, para uma multinacional. Flash back e estamos na infância de Abrão.
Maria Lúcia volta à Rússia, atrás da família daquele gigante do capitalismo brasileiro. Ela surpreende, na infância, o filho de pais russos, que vieram para o Brasil por causa da Revolução de 1917, depois de terem passado pela Argentina. A infância e a juventude estão na primeira parte do livro. Antes de contar a história da maior empresa de autopeças do Brasil e uma das maiores do mundo, que chegou a ter 22 mil funcionários e em 1996 faturou US$ 752 milhões, Maria Lúcia Doretto discorre sobre a época em que o jovem Abrão pensava em ser médico. O livro traz quatro cadernos de fotos históricas e um capítulo especial sobre a indústria automobilística brasileira.
Do seu privilegiado posto de observação, Maria Lúcia Doretto, que sempre teve vocação literária, viveu o dia-a-dia da empresa, suas crises, mas também seus saltos evolutivos no Brasil e no mundo, sempre ao flanco de Abraham Kasinsky, aconselhando, influindo e administrando as mais diversas situações. Dessa simbiose entre chefe e secretária nasceu um conhecimento e um domínio do personagem que deram os subsídios perfeitos para a melhor biografia que esse gênio da indústria poderia ter.
Maria Lúcia viveu a maior parte dos fatos que relata, daí a capacidade quase cinematográfica de descrevê-los – cada relato tem o ritmo perfeito, cada fotograma tem a luz e a cor justas. Depois da venda da Cofap, ela passou a ter tempo para se dedicar a este livro envolvente, informativo e apaixonante, que levou cinco anos para ser concluído. Depois de lembrar a nova fase da vida de Abrão, que aos 85 anos apareceu na TV fazendo piruetas numa moto Kasinski de sua fábrica de Manaus, o publicitário Washington Olivetto afirma: “É exatamente a maioria dessas piruetas que este livro narra em detalhes. Valorizando cada partida, manobra ou salto. Mas sem omitir nenhum tombo, arranhão ou fratura.”
No prefácio, Olivetto observa que Abraham Kasinsky – um gênio movido a paixão conta a trajetória do menino que nunca quis só a metade do pêssego – “Um dia vou ter meu dinheiro e poder comer o pêssego inteiro” –, e do empreendedor que mais tarde foi convidado pelo presidente Juscelino Kubitschek para integrar o Grupo Executivo da Indústria Automobilística. “Eu fiz a Cofap com gente. Componente não é feito por máquina, mas por gente”, afirma Kasinsky, homem que – lembra Olivetto – “colecionou amores e arte (…), brigas e desafetos”. Na juventude, conheceu e admirou o líder comunista Luís Carlos Prestes, queria “hastear a bandeira vermelha da revolução”, recorda Olivetto. “Anos depois, mereceu do ex-ministro Delfim Netto a seguinte frase: ‘Abrão Kasinsky tem uma grande capacidade de absorção de tecnologia e uma bela visão comercial. É daqueles que fizeram o capitalismo no Brasil’.”
No início dos anos 50, o jovem Kasinsky, após mostrar ao presidente Getúlio Vargas os anéis de pistão que fabricava, ouviu dele: “Muito bem, meu filho. Vá em frente! É de brasileiros como você que o país precisa!” Saiu flutuando. “Era como se eu tivesse falado com Deus!”, repetia aos sócios. Meses depois, o presidente visitou de surpresa a fábrica da Cofap. Uma foto da visita relâmpago é uma das preciosidades que Kasinsky mantém em seu escritório.
“É muito tênue a linha que separa o pioneiro do empreendedor. No primeiro caso estão mentes sonhadoras e aventureiras e no segundo estão mentes dotadas de forte energia criativa”, disse Kasinsky em palestra a alunos de Administração da Fundação Armando Álvares Penteado, em São Paulo. No fim, um aluno se levantou e disse: “O senhor sabe que é um mito?” Com Kasinsky no centro do palco, a platéia se levantou e o aplaudiu. Maria Lúcia Doretto relata: “Sacudido por uma espécie de êxtase e invadido por um imenso orgulho, aos 87 anos, já longe do microfone, diante dos jovens que o aplaudem de pé, ele inclina a cabeça várias vezes em sinal de agradecimento”.