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 Cenas da favela - Geração Editorial Geração Editorial


Cenas da favela

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Cenas da favela
Autor: Nelson de Oliveira
Categoria: Contos
Formato: 15.5 x 23 cm
Páginas: 232
Peso: 300gr
ISBN: 9788560302048
R$ 48,00
Editora: Geração

Sinopse:

Cenas da favela é uma antologia de textos literários que traz contos, poemas e trechos de romances de arrepiar, mas também histórias comoventes e singelas sobre o universo das favelas brasileiras. Nelson de Oliveira, escritor premiado com o Casa de las Américas, reuniu textos de 24 autores de diversas gerações, de Carlos Drummond de Andrade e Rubem Fonseca a Paulo Lins e Marçal Aquino. Cenas de homens e mulheres em situação limite. Solidão, crueldade, humor, sexo, lirismo. Algumas destas cenas – violentas, sangrentas – são de arrepiar: drogas, tiros, massacres. Mas há também cenas ternas, singelas: amores, canções, pequenos atos de heroísmo. O mundo da favela pelos olhos da literatura nem sempre é o mesmo das páginas de jornal. Na apresentação, Nelson de Oliveira lembra que a antologia mostra muitas favelas, cada uma sob um ângulo social e afetivo: “a favela da indigência, da bandidagem e do tráfico de drogas (…), a face feia, suja e malvada”, mas também “a favela cheia de dignidade e do jogo de cintura na luta pela sobrevivência”. Estão em Cenas da Favela suas múltiplas faces, “a lírica, a alegre, a violenta, a trágica, a mágica, a melancólica, a jocosa, a dinâmica, a arcaica, a contemporânea, entre outras”, acrescenta o organizador. Os autores são: Alberto Mussa, Antônio Fraga, Carlos Drummond de Andrade, Carolina Maria de Jesus, Cecília Prada, Chico Lopes, Fernando Bonassi, Ferréz, João Antônio, João Anzanello Carrascoza, João Batista Melo, João Paulo Cuenca, Joca Reiners Terron, Luís Marra, Luiz Ruffato, Lygia Fagundes Telles, Marçal Aquino, Marcelino Freire, Nelson de Oliveira, Paulo Lins, Ronaldo Bressane, Rubem Fonseca, Sérgio Fantini Wander Piroli.

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Do horror à ternura, as várias faces da favela

Grandes autores como Drummond, Rubem Fonseca, João Antônio¸ Lygia Fagundes Telles, Paulo Lins, Ferréz, Luiz Ruffato e Marçal Aquino mostram as várias faces da favela. Emoção e violência na mais alta voltagem

Algumas cenas – violentas, sangrentas – são de arrepiar: drogas, tiros, massacres. Mas há também cenas ternas, singelas: amores, canções, pequenos atos de heroísmo. O mundo da favela visto pela literatura dos grandes nomes da bibliografia brasileira – de Drummond e Rubem Fonseca a Marçal Aquino e Marcelino Freire – agora está em livro: Cenas da Favela, organizado por Nelson de Oliveira para o selo Geração Editorial.

O lançamento chegou às livrarias com uma capa poética, uma delicadeza plástica de Silvana Mattievich, para encobrir um miolo de conteúdo assim mesmo, paradoxal e contraditório. O mundo da favela pelos olhos da literatura nem sempre é o mesmo das páginas de jornal.

Nelson de Oliveira, o organizador, premiado no Casa de las Américas, de Havana, e mestre em Letras pela USP, garimpou nos livros dos grandes nomes – clássicos ou jovens – da literatura brasileira, e ali achou não apenas drogas, bandidos e indigência, mas homens e mulheres que, mesmo em situação-limite, mantêm a dignidade. Além de contos, o livro traz trechos de romance, diários e poemas.

São 24 autores: Carlos Drummond de Andrade, Rubem Fonseca, João Antonio, Wander Piroli, Lygia Fagundes Telles, Cecília Prada, Carolina Maria de Jesus, Paulo Lins, Sérgio Fantini, Ferréz, Luiz Ruffato, Marçal Aquino, Alberto Mussa, Chico Lopes, Fernando Bonassi, João Anzanello Carrascoza, Marcelino Freire, Nelson de Oliveira, João Paulo Cuenca, Luis Marra, Ronaldo Bressane, João Paulo Cuenca, João Batista Melo  e Antônio Fraga.

Na apresentação “Favela: infinitas falas”, Nelson de Oliveira lembra que a antologia mostra muitas favelas, cada uma sob um ângulo social e afetivo: “a favela da indigência, da bandidagem e do tráfico de drogas (…), a face feia, suja e malvada”, mas também “a favela cheia de dignidade e do jogo de cintura na luta pela sobrevivência”. Estão em Cenas da Favela suas múltiplas faces, “a lírica, a alegre, a violenta, a trágica, a mágica, a melancólica, a jocosa, a dinâmica, a arcaica, a contemporânea, entre outras”, acrescenta o organizador.

Cenas da Favela traz contos célebres como Feliz ano novo, de Rubem Fonseca (1925), que chegou a ser proibido pela ditadura militar em 1975, e O guardador, de João Antônio (1937-1996), além de poemas, como o contundente Favelário nacional, de Drummond (1902-1987), e trechos do diário Quarto de despejo, de Carolina Maria de Jesus (1914-1977). Também está na antologia a imortal da Academia Brasileira de Letras Lygia Fagundes Telles (1923), com o conto O x do problema, do livro Cemitério dos ratos (1977). Uma boa novidade é Desabrigo, divertido e original conto de Antônio Fraga (1916-1999), autor que estava esquecido e foi resgatado pela pesquisadora Maria Célia Barbosa Reis da Silva, que coordenou a edição de Desabrigo e outros tecos pela Relume Dumará, em 1999. Carioca, Antônio Fraga teve várias profissões: lanterninha de cinema, auxiliar de cozinha, jornalista, agitador cultural, editor. Seu texto explora, com arte, o “fértil linguajar do povo”, como escreve no conto da antologia, e ironiza os “anatoles”, em referência aos seguidores do escritor tradicional francês Anatole France (1844-1924), que na primeira metade do século 20 era admirado por intelectuais brasileiros. Antônio Fraga deve ter influenciado João Antônio.

Há vários outros textos notáveis em Cenas da Favela, como La Pietà, de Cecília Prada (1929). No conto, Damiana, espécie de La Pietá da Rocinha, enfrenta “uma fila enorme de mulheres de barriga avançando para o mundo”. Em seu comovente diário Quarto de despejo, publicado em 1960, Carolina Maria de Jesus revela detalhes da vida sofrida dos favelados. “Haverá espetáculo mais lindo do que ter o que comer?”, pergunta. “Vi uma vizinha lavando feijão. Fiquei com inveja”, anotou. O que é eleição para a escritora? “Cavalo de Tróia que aparece de quatro em quatro anos.”

Outro escritor que conhece bem a favela presente na antologia é Paulo Lins (1958), autor do romance Cidade de Deus, filmado por Fernando Meirelles. Em Cenas da Favela ele publica o bonito e engajado conto Destino de artista, sobre dois compositores de samba-enredo, Empadinha e Azeitona. A antologia inclui vários textos incisivos de Reginaldo Ferreira da Silva, o Ferréz (1975), entre eles Coração de mãe e Terra da maldade, além do pungente Lá no morro, de Wander Piroli (1931-2006), dos tristes e poéticos Pipas, de Luis Marra (1950), A espera, de Joca Reiners Terron (1968), Nervos, de Ronaldo Bressane (1970), e o erótico Baile perfumado, de João Paulo Cuenca (1978).

Há mais escritores jovens e talentosos na antologia, como Alberto Mussa, Fernando Bonassi, João Anzanello Carrascoza, com o terno No morro, Luiz Ruffato (o magistral Ciranda), Marçal Aquino (o perfeito Balaio) e Marcelino Freire (os contundentes Muribeca e O Solar dos Príncipes); além de Chico Lopes, João Batista Melo e Sérgio Fantini. Do organizador, Cenas da Favela traz o conto-título de seu livro mais recente, Algum lugar em parte alguma, uma história kafkiana e bem brasileira de 32 páginas. “Ao final da leitura de Cenas da Favela ninguém terá um sono relaxante”, afirma o escritor Hugo Almeida.

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