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3 livros para celebrar o Dia da Consciência Negra
A Geração selecionou três livros para celebrar o Dia da Consciência Negra, comemorado hoje em todo país. Confira:
O leão e a joia, de Wole Soyinka
No pequeno povoado de Ilujinle, Baroka, o sexagenário chefe da aldeia, conhecido como “o Leão”, e Lakunle, o jovem professor de ideias avançadas e ocidentais, disputam o amor de Sidi, a Joia do vilarejo. Pequena obra-prima do Prêmio Nobel de Literatura de 1986, O Leão e a Joia é uma fábula divertida e irreverente sobre os conflitos entre valores africanos e costumes europeus, entre o desejo das mulheres de serem livres e o seu apego a tradições que as desvalorizam, entre o progresso e o conservadorismo.
A massai branca – meu caso de amor com um guerreiro africano, de Corinne Hofmann
Em A massai branca – meu caso de amor com um guerreiro africano, a suíça Corinne Hoffmann conta sua história de amor sem fronteiras com o guerreiro massai Lketinga. Em férias no Quênia, ela estava acompanhada do então namorado e tinha 26 anos quando viu Lketinga. Foi uma paixão à primeira vista. Depois largou tudo para viver com seu novo e exótico amor. Narrado de maneira graciosa e bem-humorada, o livro traz uma lição de vida que virou filme de sucesso e fascinou 4 milhões de leitores em 19 idiomas e 24 países.
A dolorosa raiz de micondó, de Conceição Lima
Nesta coletânea de 27 poemas da poetisa são-tomense Conceição Lima, o micondó, árvore considerada sagrada em diversas regiões da África, simboliza origem, casa, morada ancestral. A evocação de tais raízes é dolorosa devido a acontecimentos históricos, como a escravidão e a colonização, que imprimiram profundas feridas e rupturas na identidade nacional, e na própria poetisa, cujos antepassados foram trazidos à força para o arquipélago africano e mais tarde enviados para outras terras como escravos. Íntima, pessoal e sofrida, a poesia de Conceição Lima é também dotada de um lirismo e esteticismo sublimes, presenteados aqui pela primeira vez ao público brasileiro. Embora a dor seja uma constante em seus versos, o sentimento que os perpassa é o da sutil esperança de que a mesma memória que resgata os fatos traumáticos ajude a fazer germinar algo novo dos escombros, como o micondó que, com suas profundas raízes e frondosa copa, fez florescer o alfabeto poético de Conceição Lima.