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Impeachment ou golpe? O jornalista Paulo Moreira Leite disserta sobre a operação mais famosa do Brasil com outra visão
A segunda edição da obra A Outra história da Lava-Jato, publicado pela Geração Editorial,
narra minunciosamente a investigação política que teve repercussão internacional
No mês de outubro, a Geração Editorial lança a segunda edição do livro A Outra História da Lava-Jato’, do jornalista Paulo Moreira Leite, com uma parte adicional que discorrerá sobre ‘o golpe’, que foi instituído pelo senado em setembro de 2016. O autor considera o impeachment a maior ruptura institucional ocorrida no país desde a ditadura de 1964.
A primeira edição, impressa em 2015 e esgotada após vender 10 mil exemplares, aborda as fragilidades jurídicas relacionadas às estratégias utilizadas na operação que teve repercussão mundial, que segundo ele, “se transformou em uma operação contra a democracia”.
Leite salienta as campanhas midiáticas para a obtenção do apoio popular e, de forma seletiva, instituíram no imaginário das pessoas que esse processo seria para limpar a República.
“Em 2008, o ministro Eros Grau falou para a história: “Pior que a
ditadura das fardas, é a ditadura das togas,
pela credibilidade de que dispõe na sociedade.”
“O retrospecto do golpe que afastou Dilma Rousseff mostra a emergência do Judiciário,
um poder capaz de dar a última palavra nos assuntos de Estado, passando por cima
da soberania popular, pois não tem mandato para isso.”
De acordo com Leite, a primeira intenção da operação, em 2005, era afastar o Lula, que acabou caindo por terra, pois viram o tamanho do apoio popular que o ex-presidente detinha.
Conforme o autor, após 11 anos, em 2016, a Câmara dos Deputados aceitou por 367 votos contra 137 uma denúncia de impeachment formulada por três advogados de São Paulo, contra a presidente eleita. A alegação foi por conta das conhecidas como ‘pedaladas fiscais’, termo criado por jornalistas para descrever mudanças internas no orçamento federal, que nunca definiram um conceito preciso, nem mesmo foram definidas como crime de responsabilidade.
“A Lava-Jato funcionou como um golpe de misericórdia num tripé socioeconômico que deu sustentação aos processos ocorridos em 2003 e 2015. Este pacto triangular reuniu o governo, as empresas e as grandes massas de trabalhadores, em especial as camadas superexploradas de assalariados.”
O objetivo da obra é demonstrar a proporção atingida por essa operação, no âmbito sócio econômico formado por empresários, estatais e lideranças políticas, e ajudar a compreender o papel que fatores políticos desempenharam no agravamento da recessão que o país atravessa.
Sinopse: Encerrada em setembro de 2016, dias depois que o Senado aprovou o impeachment de Dilma Rousseff, a segunda edição de “A outra história da lava-jato” contém um capítulo novo, que narra, em minúcias, a mais grave ruptura institucional ocorrida no país depois do golpe militar de 1964. Num relato que combina acontecimentos decisivos a uma análise em profundidade dos interesses envolvidos em cada situação, Paulo Moreira Leite mostra o nascimento de uma articulação subterrânea que, antes dos protestos de junho de 2013, já tinha como objetivo encerrar o ciclo de governos comprometidos com os interesses da maioria dos brasileiros, iniciado com a posse de Lula no Planalto – fosse através das eleições marcadas para o ano seguinte, fosse através de um golpe de Estado.
Sobre o autor: Diretor do site Brasil 247 em Brasília, Paulo Moreira Leite foi correspondente em Paris e em Washington. Jornalista desde os dezessete anos, foi redator-chefe da Veja e diretor da Época e IstoÉ. Mantém o blog http://www.brasil247.com/author/Paulo+Moreira+Leite. Também publicou o livro
“A outra história do Mensalão” (Geração Editorial) e “A mulher que era o general da casa”, sobre a resistência civil à ditadura militar (Arquipélago).
Com Celso Amorim e carta de Lula, V Salão do Livro Político começa amanhã, 27
Desta edição, que homenageia Paulo Freire e discute as pautas do retrocesso do governo Bolsonaro, ainda participam, entre outros, Flávio Dino, Fernando Haddad, Manuela D’Ávila, Guilheme Wisnik, Eduardo Fagnani. Centenas de títulos de 34 editoras terão descontos de até 50%
O educador, pedagogo e filósofo Paulo Freire é o homenageado desta edição, que tem a Educação e o governo Bolsonaro no centro dos debates. A homenagem se realiza dia 27, às 19h00, precedendo a mesa de abertura do evento (Governo Bolsonaro: como o Brasil pode superar essa encruzilhada?). Também precede o início da mesa a leitura, pelo ator Sérgio Mamberti, de carta enviada por Lula exclusivamente para o público do Salão.
Serão discutidos ainda opressão da mulher, resistência antifascista, hegemonia cultural e restauração conservadora na América Latina. Haverá também apresentações culturais de grupos como o Slam da Guilhermina e Quando Quebra Queima, além de uma diversificada feira de livros.
O ex-ministro das Relações Exteriores Celso Amorim integra a mesa de abertura, ao lado do ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, do governador do Maranhão, Flávio Dino e da deputada estadual Erica Malunguinho.
Da programação ainda participam políticos e intelectuais como a ex-deputada Manuela D’Ávila, o deputado Carlos Giannazi, a deputada Talíria Petrone, Luiz Eduardo Soares, Guilherme Wisnik, Leda Paulani, Flávia Birolli, Eduardo Fagnani, João Sicsú, Sabrina Fernandes, Peter Pál Pelbart e a reitora Maria Amália Andery, da PUC-SP. Jornalistas progressistas também estarão nas mesas: Natália Viana (Agência Pública), Carla Jimenez (El Pais), Eleonora de Lucena (Tutameia) e Laura Capriglione (Jornalistas Livres).
A programação ainda inclui atividades culturais: curso sobre a relevância e atualidade de Paulo Freire (com Sonia Couto), aula-teatro Maria, ainda com a temática freiriana (com Ana Saul), apresentações dos grupos artísticos Slam da Guilhermina, Arlequins (peça O Capital), Quando Quebra e Queima e Cabaré Feminista.
Sobre o Salão Iniciativa de um grupo de editoras independentes de grandes grupos empresariais em parceria com a PUC-SP, o Salão do Livro Político tem como objetivo fortalecer as editoras, aumentar a visibilidade de suas obras e incentivar as vendas e a leitura de livros políticos, que representam atualmente em torno de 2,5% do total de obras publicadas por ano no Brasil (sociologia, filosofia e economia). O Salão recebeu cerca de 3,5 mil visitantes nas últimas edições e, entre os convidados, intelectuais e personalidades prestigiadas globalmente, como o escritor cubano Leonardo Padura, o sociólogo português Boaventura de Sousa Santos, o cientista político alemão, biógrafo de Karl Marx, Michael Heinrich, Marilena Chauí, Dilma Rousseff, José Genoíno.
Confira a íntegra da programação: salaodolivropolitico.com.br
V
Salão do Livro Político
27
a 30 de maio, das 10h às 22h.
Tuca PUC-SP (Rua Monte Alegre,
1024, São Paulo, SP).
Facebook salaodolivropolitico
Intagram salaodolivropolitico
site salaodolivropolitico
Promoção
e realização: Alameda, Anita
Garibaldi, Autonomia Literária, Boitempo, EDUC, Geração, Veneta.
Livro “Operação Banqueiro” é tema de palestra em Conferência Latino-americana de Jornalismo de Investigação
O livro “Operação Banqueiro” (Geração Editorial, 2014) foi escolhido pela comissão organizadora da COLPIN-2015 (Conferência Latino-Americano de Jornalismo de Investigação), o mais importante evento sobre jornalismo investigativo da América Latina para ser tema de palestra no evento que neste ano ocorrerá em Lima, no Peru, de 20 a 23 de novembro. O autor do livro, Rubens Valente, repórter da Folha de S. Paulo em Brasília, falará no dia 21/11 sobre o processo de produção da obra, que esteve cinco semanas em listas dos mais vendidos no Brasil no ano passado e já vendeu 25 mil exemplares.
O livro brasileiro será tema de debate ao lado de outros dois livros-reportagens produzidos na América Latina em 2014: “Born – 40 anos depois, todos os segredos do sequestro mais caro da história”, da argentina María O’Donnell, e “Metade monges, metade soldados – Pederastia, abusos e manipulação psicológica dentro do Sodalício da Vida Cristã”, do peruano Pedro Salinas.
A conferência é promovida pelo Ipys (Instituto Prensa y Sociedad) e pela Transparência Internacional e ocorre em paralelo à entrega do Prêmio Latino-Americano de Jornalismo de Investigação, concedido desde o ano 2000 pelo Ipys, entidade liderada pelo jornalista peruano Ricardo Uceda, autor de “Muerte en Pentagonito” (2005) e vencedor do prêmio Maria Moors Cabot da Universidade Columbia. Uceda foi escolhido em 2000 pelo International Press Institute como um dos 50 “Heróis da liberdade de imprensa” no mundo.
Outros brasileiros participarão do evento neste ano no Peru. A procuradora da República do Paraná Laura Gonçalves Tessler falará sobre a Operação Lava Jato. Haverá palestras dos jornalistas Mauri Konig, que com equipe de “Gazeta do Povo” venceu neste ano o prêmio da Rede Mundial de Jornalismo Investigativo, Rodrigo Hidalgo (TV Bandeirantes), Andreza Matais (“O Estado de S. Paulo”), Guilherme Amado (coluna de Lauro Jardim), José Luis Costa (“Zero Hora”), Giuliana Girardi (“TV Globo”) e Vinicius Sassine (“O Globo”). Rubens Valente voltará a falar no dia 23 sobre o tema “A imprensa brasileira e o caso Lava Jato”.