"Cacilda Becker, Fúria Santa", uma biografica à altura da maior atriz do Brasil
Na infância e adolescência, ela impressionava como dançarina de talento instintivo. Chegou a tentar seguir carreira como bailarina moderna, dançando de pés descalços como Isadora Duncan. Mais tarde, já tendo migrado para o teatro, sua força em cena arrebatou todos que a assistiram, e não por acaso passou à história como a maior das atrizes brasileiras de todos os tempos. Seu amor pelo palco foi tanto que fez com que ela se tornasse a protagonista do teatro moderno no Brasil.
Sua vida se mistura a tal ponto com o teatro que praticamente morreu em cena. Durante o intervalo do primeiro para o segundo ato de “Esperando Godot”, de Samuel Beckett, a atriz passou mal e foi levada para o hospital. Não recobraria mais a consciência, falecendo pouco mais de um mês depois e comovendo não só o meio cultural, mas o país todo.
Toda a “dimensão incomum”, segundo as palavras do escritor e jornalista Alberto Guzik, de Cacilda Becker chega agora às páginas da biografia “Cacilda Becker, Fúria Santa”, de Luiz André do Prado. Segundo Guzik no prefácio, Prado, “desejou dar-nos um retrato tão completo quanto possível do ser humano e da criadora ímpar, de força invulgar”. E conclui: “É leitura obrigatória. Além de empolgante, é muito bem escrito”.
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