ADHEMAR |
DEUSES DO OLIMPO |
||
OS VENCEDORES |
A VILA QUE DESCOBRIU O BRASIL |
||
O BRASIL PRIVATIZADO |
CENTELHA |
||
MALUCA POR VOCÊ |
NOS IDOS DE MARÇO |
Ecos da escuridão
Palmério Dória e Mylton Severiano idealizaram esse livro como um alerta ao Brasil. Testemunhas da ditadura dos anos 1960, os jornalistas costuram em Golpe de Estado 32 histórias em torno das sombras de um período, perigosamente estendidas ao presente.
Por meio de relatos em torno do aparelhamento do futebol, da prisão de artistas como o diretor Zé Celso Martinez Corrêa, da manipulação de informações operada por integrantes da mídia ou da ação da Polícia Militar, o texto levanta as arbitrariedades de um regime que, na atualidade, grupos como Movimento Brasil Livre aparecem enaltecer.
A luta contra a corrupção, dizem os autores, cerca-se de hipocrisia se levantada exatamente pelas elites que a promoveram ao se associar ao Exército durante a ditadura. A educação sucateada, a violência policial e as marchas reacionárias seriam os subprodutos dessa escuridão.
Fonte: Revista Carta Capital
O buraco do coelho de Alice no País das Maravilhas é real
A artista sueca Susanna Hesselberg construiu uma biblioteca tão profunda que desaparece na escuridão de um buraco como o buraco de coelho da história de Alice no País das Maravilhas.
É claro que a artista protegeu para que nenhum doido resolvesse se jogar ou que algum acidente acontecesse. Quanto mais profundo o buraco fica, mais escuros ficam os livros até não aparecerem mais.
A obra foi intitulada “When My Father Died It Was Like a Whole Library Had Burned Down,” e simboliza o sentimento esmagador que Susanna viveu confrontando o falecimento de seu pai.
A instalação faz parte da quarta edição do Sculpture by the Sea, onde 56 esculturas foram erguidas ao longo da costa de Aarhus, na Dinamarca.
Fonte: IdeiaFixa
5 dicas essenciais para melhorar a sua criatividade
Criatividade é algo que a gente tem e aprende a perder. Uma das grandes culpadas é a escola que, aqui no Brasil, em vez de ensinar a pensar, a fazer ligações cognitivas, pensar em hipertexto, sem a divisão do conhecimento, ensina a decorar, ensina a fazer prova. Por isso que, quando jovens adultos, nós perdemos um pouco a prática e fica difícil dar partida no motor. Rubem Alves passou a vida inteira falando sobre isso. Aliás, Rubem Alves é um dos melhores seres humanos que já passaram por esse planeta, e entendia sobre educação e criatividade como ninguém.
Quando você está enferrujado em alguma coisa, você vai fazendo exercícios, e aos poucos vai pegando o jeito. Exercícios se baseiam, basicamente, em repetição e aumento progressivo do esforço. Todo mundo que já fez sabe como funciona: nos primeiros dias, seu braço não consegue levantar 10 vezes um alteres de 1kg sem se tremer todo. Se existir alguma regularidade, em pouco tempo você levantará 50 vezes um alteres de 5kg sem nem suar.
Eu condensei algumas dicas – que podem ser usadas em qualquer ramo de atuação – para que você consiga a melhor resposta possível para um problema.
1. Descubra e explore o seu “mundinho”
Da mesma forma que você tem um lugar preferido de dormir, de ver tv, um de usar o computador e etc, também pode existir aquele espaço especial onde você se sente calmo, confortável e os pensamentos voam facilmente. Pode ser uma cadeira, uma calça, um tapete que, independente de onde esteja, funciona como um catalisador. Se assim que leu isso, você já pensou em algo, parabéns.
Se ainda precisa encontrar seu *creative spot*, não tenha pressa, faça testes, experimente até encontrar. E não se engane. Hoje pode ser no chão do banheiro com o chuveiro ligado, amanhã pode ser o banco da praça com os passarinhos cantando. O importante aqui é treinar nossa sensibilidade para locais em que pensamos “eu conseguiria ficar a vida toda aqui, só pensando em coisas.”
2. Escolha suas armas e vomite sem medo
Pensar é um dos melhores exercícios. Em qualquer coisa. No Wikipedia, as pessoas costumam pular de verbete para verbete, sem muita lógica e você, que começou lendo sobre ebulição, acaba descobrindo quem foi Saladino e o papel dele nas Cruzadas. Faça como essas pessoas, pegue um pensamento e deixe ele correr solto, comece pensando naquele castigo que você não mereceu e termine em como devia cheirar o pum da Princesa Diana.
Não precisa fazer sentido mesmo, apenas deixe fluir. Essas conexões absurdas geralmente vem acompanhadas de um gancho, às vezes com minhocas – algumas gordas, outras mirradas – , às vezes vazias. Seu inconsciente acabará sendo fisgado por algumas delas. E pode apostar que será, de alguma forma, relacionado ao problema que quer resolver ou a ideia que “precisa” surgir.
Essa é a hora de vomitar. Mas antes, escolha sua ferramenta! Tem gente que prefere a boa e velha combinação de caneta e papel, outros computadores, telefones, pincéis… enfim, escolha a arma que mais lhe convém. Eu por exemplo sempre sonhei em ter um Macbook pela maciez do teclado. Acho muito mais fácil e convidativo escrever nele.
De punho em riste, comece. Não pense, apenas escreva, faça seus dedos cuspirem tudo o que está na cabeça. De início nos sentimos como Forrest tentando correr com os aparelhos nas pernas, mas logo logo elas explodem e você estará dando a volta ao mundo em poucas páginas e nem irá perceber. Sério. Não pense, não olhe para a página em branco, não hesite. Apenas comece a escrever.
3. Mire nas estrelas
Toda profissão tem uma pessoa Fodona. Eu até poderia dizer, com pouca cautela, que absolutamente para tudo no mundo existe alguém muito, muito bom em fazer aquilo. E se você quer ser bom em algo, descubra quem é a Pica das Galáxias desse ‘algo’ e o estude. Saiba tudo sobre ele, ou ela, se é só um ou se existem vários, que são tão fodões quanto, mas de formas diferentes. Decore qual a cor favorita desses caras, se for possível. Entenda como foi que eles se tornaram referências. É assim que você acaba sendo uma.
Na publicidade a minha referência é o Eugênio Mohallem. A mãe dele foi muito feliz na escolha do nome. Poucos conseguiram criar títulos tão incríveis, pertinentes e vendáveis como ele. Toda vez que tenho um job complicado na mesa, e tá extremamente complicado de sair, eu vejo as propagandas dele. Se você conhece um pouco do que está fazendo, consegue adivinhar, mesmo que erroneamente, como ele chegou na solução. É como ensinar um atalho para o cérebro. Mas lembre-se que inspiração não é apropriação. Entenda o raciocínio que foi usado para aquele cara achar a solução genial, e tente, você mesmo, fazer o mesmo com as próprias pernas.
4. Faça a pergunta certa
Uma coisa muito comum em publicidade é o cliente não saber lá muito bem o que quer. Ele quer algo “criativo”, “clean”, “motivador”, “comercial”, (insira seu termo genérico aqui). Muita gente quer que você faça o errado para ela saber o que é certo. Isso ocorre pelo simples fato de que nós, humanos, estamos acostumados a ter todas as respostas e falhar miseravelmente na hora de fazer a pergunta. Achar a pergunta certa, entender de verdade qual é o problema, é uma das coisas mais difíceis do mundo.
“Eu preciso de uma boa ideia para uma história”, “Eu preciso de resolver meus problemas financeiros”, “Eu preciso pedir desculpas”, “Eu quero fazer uma receita nova”… Esses são bons problemas. Adicione contexto (basicamente respondendo ‘por quê?’ Ex.: “Preciso de uma boa história porque quero fazer a menina que eu gosto rir”) e você conseguirá, mais fácil que imagina, a elaborar dois ou três planos diferentes. Vão aparecer ideais ruins, clichês, mais do mesmo. Não se preocupe. Toda boa ideia é uma amálgama de outras boas ideias.
5. Banho Maria
Para você deixar algo crescer, é preciso que ela aprenda a crescer. Não segure na mão da sua ideia 100% do tempo, deixe que ela vá para um local arejado longe de seus olhos. Com o tempo eu fui descobrindo que algumas ideias precisam encorpar longe de você, ou se derreter completamente e ir para o lixo. Quantas vezes você já olhou para alguma coisa que escreveu antigamente e pensou “que lixo!” e “é… continua sendo uma boa ideia.”? Eu faço isso sempre. Deixo um monte de coisas respirando e vou aprender coisas novas, mudar algumas opiniões, descobrir novas perspectivas. Se quando eu voltar, alguma ideia sobreviver, é porque ela tem alguma resiliência e pode acabar funcionando.
Deixar uma ideia em banho maria e voltar a ela após algum tempo é essencial. Se, após esse descanso, você sentir que não pode melhorar uma ideia, jogue-a fora (não literalmente, uma ideia que não pode ser melhorada agora, pode querer dizer que você ainda não tem a bagagem certa para melhorá-la). A não ser que ela seja realmente genial, o que é muito, muito raro. Uma ideia que não pode ser polida, normalmente, não renderá muita coisa, e você acabará descobrindo que perdeu tempo. Se tocar o bom e velho “acho que tem coisa aí”, vai fundo. Reescreva, repense, revide.
Fonte: Brasil Post