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Banco de Lenços ajuda mulheres que enfrentam quimioterapia
No Hospital Santa Paula, Flávia Flores e Paula Gallo coordenam projeto que já ajudou mais de 1000 pacientes
Em outubro de 2012, a ex-modelo Flávia Flores recebeu a notícia de que havia desenvolvido um câncer de mama. O que seria motivo de tristeza, no entanto,transformou-se em desafio para não deixar baixar a autoestima. “Após enfrentar as primeirassessões de quimioterapia, comecei abuscar formas para me manter bonita”, relembra.Sua estratégia foi criar uma páginano Facebook e oferecer dicas de beleza a outraspacientes em situação semelhante.
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A iniciativa chamou a atenção da economista Paula Gallo, diretora de marketing do Hospital Santa Paula, na Vila Olímpia, que a procurou para propor uma parceria. Assim, no fim doano passado, as duas fundaram o Banco deLenços, com o objetivo de arrecadar e distribuiras peças a mulheres que perdem o cabelodurante o tratamento contra a doença. “A inspiração veio de uma ação parecida, mas envolvendo perucas”, explica Flávia. Em menos de um ano, o projeto recebeu mais de 4 000 doações. Cerca de 1 000 itens, a maioriade segunda mão, foram passados adianteapós ser higienizados e esterilizados. “Enviamoslenços até para fora do Brasil, parapaíses como Portugal e Espanha”, diz Paula.
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Para receber o acessório, é precisopreencher um cadastro no site da organização.Caso a interessada se sinta à vontade, tambémpode compartilhar sua história pessoal.“Escolhemos até a cor do lenço que vamosentregar, de acordo com a personalidade decada paciente”, afirma Flávia. Feito o pedido,o artigo é enviado pelo correio. O principal ponto de coleta de doações é o Instituto de Oncologia do Hospital Santa Paula, mas há parceiros que colaboram na arrecadação das peças, como a escola de inglês CNA, a lavanderia Lavebras, o instituto CIEE e a agência de viagens LeBlog.
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A própria Flávia às vezes dá “expediente” no centro de saúde,como conselheira das mulheres em tratamento no local. “Costumo ficar ali ensinando-as a fazer diversos tipos de nó nos lenços”,explica. “O momento de enfrentar umcâncer é muito complicado e triste. Meu objetivo é devolver a alegria e a vontade de viver às pacientes”, completa.
Banco de Lenços. Instituto de Oncologia do Hospital Santa Paula – Avenida Santo Amaro, 2382, Vila Olímpia, 3040-8000. www.bancodelencos.com.br
Fonte: Revista Veja SP
26 livros essenciais para quem busca espiritualidade sem religião
Um número cada vez maior de americanos – especialmente os mais jovens – não estão afiliados a nenhuma religião organizada. Mas isso não quer dizer que eles não sejam espirituais. Há sempre uma parte da alma que anseia por algo maior, buscando respostas para as maiores questões da vida: O que é sagrado? Porque estamos aqui? Como devemos viver?
O HuffPost Religion criou uma lista de livros para esses buscadores espirituais. Quase todos os gêneros estão representados aqui, de memórias a mistérios. Alguns livros podem apresentá-lo a crenças que você nunca teve contato antes. Outros vão desafiá-lo a pensar o que realmente significa estar vivo.
Caso você tenha abandonado sua fé na infância ou caso esteja apenas começando a se questionar ou ainda se você felizmente se decidiu permanentemente por ter uma mente aberta no assunto de Deus ou deuses, estes livros são para você.
1º) Tudo Depende de Como Você Vê as Coisas, de Norton Juster
“A mensagem do livro é fortificante, mas benigna: ela nos convida a encarar o desafio do mundo ao dar a devida atenção às suas maravilhas e dificuldades. O tédio e a depressão estão, de alguma forma, longe de serem demônios meramente infantis, até porque um adulto tem que combatê-los durante muito mais tempo. Quando [o personagem principal] Milo pensa no início do livro que “parece uma grande maravilha que o mundo – que é tão imenso – às vezes pareça tão pequeno e vazio” ele deve tocar o coração dos leitores, os jovens e os mais velhos”. — The Guardian
2º) The Opposite of Loneliness: Essays and Stories, de Marina Keegan
“Quando Marina Keegan não foi aceita em uma das sociedades secretas de Yale, ela se permitiu menos de duas horas de tristeza pela decepção e depois prometeu usar o tempo que ela gastaria ‘conversando no túmulo’ escrevendo um livro. Cinco dias após a sua graduação, Keegan morreu em um acidente de carro em Cape Cod. Ela tinha 22. ‘The Opposite of Loneliness’ (“O Oposto da Solidão”, em tradução livre) é um registro daquele tempo gasto da melhor forma. O livro de nove contos e nove ensaios levou o título do último ensaio de Keegan a aparecer no Yale Daily News, que viralizou na internet dias após sua morte, quando foi lido por 1,4 milhão de pessoas em 98 países. Nele Keegan escreve com uma urgência de arrepiar: ‘Nós não podemos, nós NÃO DEVEMOS perder a sensação de que tudo é possível, porque no fim, é tudo o que temos.'”– The Boston Globe
3º) O Mundo de Sofia, de Jostein Gaarder
“Sofia Amundsen chega em casa da escola e encontra duas mensagens enigmáticas em sua caixa de correio: ‘Quem é você?’ e ‘De onde o mundo veio?” Logo ela recebe palestras pelo correio de pensamentos antigos de um correspondente desconhecido… Uma festa filosófica no jardim torna-se a parte do romance mais cômica e memorável, intercalando neste livro norueguês de virtudes, com a sua homenagem ao cânone ocidental intelectual e seu espírito de senso comum, com um espírito de festa e anarquia sexual”. — The New York Times
4º) Thirst: Poems, de Mary Oliver
“Através dos poemas de Thirst (“Sede”, em tradução livre), Oliver explora o que ela sente sobre Deus, sua compreensão da fé… Em ‘On Thy Wondrous Works I Will Meditate’ (“Em Vossa Maravilhosa Obra Eu Meditarei”, em tradução livre), um de seus melhores poemas, ela oferece o refrão do Salmo 145 ao percorrer o emaranhado da busca pela alma, tentando localizar e acreditar na própria crença… O poema acaba em um colóquio com Deus: ‘Oh Senhor dos melões, da misericórdia, embora eu esteja/não esteja pronta, nem seja digna, estou subindo na sua direção.'”– The Guardian
5º) Pequenas Delicadezas – Conselhos sobre o Amor e a Vida, de Cheryl Strayed
“Como se faz para ser um grande colunista de conselhos? A escritora de Portland, Cheryl Strayed, provou durante o período trabalhado no site Rumpus, onde dirigia a coluna Dear Sugar (Cara Doçura) desde 2010, que o único requisito era dar um bom conselho – ser gentil, franco, inspirador e implacável. As colunas de Strayed agora podem ser encontradas no livro Pequenas Delicadezas, onde aconselha as pessoas sobre diversas lutas como o aborto espontâneo, a infidelidade, a pobreza e a dependência e é bem difícil pensar em alguém melhor do que ela para este trabalho”. — SFGate
6º) O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry
“Disfarçado de livro infantil, o romance de Antoine de Saint-Exupéry, O Pequeno Príncipe, oferece mais sabedoria em suas poucas páginas do que alguns autores poderiam produzir em toda a sua vida. O fato de ter sido traduzido do original francês para mais de 230 idiomas é a prova de que a sua mensagem ressoa em todo o mundo”. — The Huffington Post
Conheça os demais – (aqui)
Fonte: Brasil Post
Escritor mineiro lança biografia de Vandré
“A vida não se resume a festivais”, declarou o cantor e compositor paraibano Geraldo Vandré, durante o 3º Festival Internacional da Canção, promovido pela Rede Globo, no Maracanãzinho, talvez sem imaginar que sua frase se tornaria tão emblemática. Era 1968 – portanto, quatro anos após o Golpe Militar – e a canção era a icônica “Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores” (“Caminhando”). Com apenas dois acordes, a música não venceu o certame, mas se tornou um hino dos anos de chumbo, estopim para que Vandré passasse a ser perseguido e – ironicamente – uma espécie de “precipício” para a sua carreira.
Estas e outras situações da vida do hoje recluso artista são lembradas na biografia (não autorizada) “Vandré – O Homem Que Disse Não” (Geração Editorial), do jornalista mineiro Jorge Fernando dos Santos. O livro-reportagem será lançado dia 12, na 11ª Feira Internacional do Livro de Foz do Iguaçu e, dia 22, em BH, no “Terças Poéticas”, no Palácio das Artes.
A data do lançamento não foi escolhida aleatoriamente: Vandré completa 80 anos no próximo dia 12.
GLÓRIA E RUÍNA
A participação em um festival, claro, não poderia resumir a vida de ninguém. No entanto, mesmo que “Pra Não Dizer Que Não Falei das Flores” tenha perdido para “Sabiá”, de Chico Buarque e Tom Jobim, o evento de 1968 foi, sem dúvida, um dos marcos da carreira do também advogado, que se tornou conhecido como um “cantor de protesto”, comunista e esquerdista – o que refuta. “Aquele festival foi a glória e a ruína de Vandré”, sentencia Santos.
No livro, o escritor explica que o paraibano chegou a ser a pessoa mais visada pelos militares. Vendo o cerco se fechar, Vandré foi para o Uruguai e, posteriormente, se fixou no Chile. Depois, fez turnês pela Europa, mas raras aparições públicas em seu país de origem. “Ele dizia que era um brasileiro de outro país”, diz Santos.
De lá para cá, várias lendas surgiram a respeito do artista. Entre elas, a de que teria ficado louco, sofrido lavagem cerebral e sido torturado – este último é um dos poucos fatos esclarecidos por Vandré, que afirma nunca ter passado por tal violência. “Todas as histórias ligadas a Vandré têm mais de uma versão”, conta o jornalista.
Segundo Jorge Fernando, mesmo tendo feito 47 entrevistas (com amigos e colegas do músico, além de uma de suas ex-mulheres), não é possível cravar que tudo o que colheu é verídico. No entanto, as 318 páginas deixam margem para que o leitor tire suas próprias conclusões.
APENAS UM CANTADOR
E o escritor não se esquiva de dizer a sua. Para ele, Vandré simplesmente cantava a realidade “como um poeta”. “A esquerda exigiu um papel que ele nunca quis cumprir”, atesta.
Jorge diz que seu livro tem este nome porque Vandré se recusou a fazer o jogo. “Negou se engajar em um partido, a sustentar a imagem de mártir e herói da esquerda. Era apenas um cantador, como diz sua música: ‘sempre quis ser contente; eu sempre quis só cantar, trazendo pra toda gente vontade de se abraçar”, finaliza.
Fonte: Hoje em Dia