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 Chuva dourada - Geração Editorial Geração Editorial


Chuva dourada

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Chuva Dourada
Autor: Gina B. Nahai
Categoria: Romance
Formato 14×21 cm
Páginas: 336
Peso: 400gr
ISBN: 9788560302161
R$ 40,00
Editora: Geração

Sinopse:

O novo romance da iraniana Gina B. Nahai, “Chuva Dourada”, lançado pela Geração-Ediouro, revela em detalhes a vida infeliz de um casal de judeus – ele rico, ela pobre – em Teerã, antes da revolução islâmica. É um casamento sem amor. A história é narrada pela filha de 11 anos do casal, Yaas, palavra que em persa significa tanto “jasmim-dos-poetas” quanto “desespero”. O romance envolve o leitor das primeiras páginas até o final bonito, trágico e surpreendente. Aos 16 anos, Bahar (“primavera”), filha de uma família da periferia, casa-se com Omid (“esperança”). Machista, o marido, de 24 anos, não aceita que a mulher estude nem trabalhe e aos poucos se afasta dela. A pequena Yaas tenta aproximar os pais, mas não consegue e também se isola cada vez mais. “Chuva Dourada” é o segundo romance de Gina Nahai publicado pela Geração, que já lançou O Luar na Avenida da Fé.

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Chuva Dourada, de Gina Nahai, mostra a solidão de um casamento sem amor

Narrado pela filha de onze anos do casal, a história se passa em Teerã, dez anos antes da revolução islâmica

Em seu novo romance, Chuva Dourada, recém-lançado no Brasil pela Geração-Ediouro, a iraniana Gina B. Nahai conta em detalhes angustiantes a vida infeliz de um casal de judeus – ele rico, ela pobre – em Teerã, dez anos antes da revolução islâmica. A história é narrada pela filha de 11 anos do casal, Yaas, palavra que em persa pode significar tanto “jasmim-dos-poetas” quanto “desespero”, dependendo da acentuação na vogal ao ser pronunciada. É um casamento marcado pela falta de amor e pelo machismo. Em linguagem simples, quase sempre poética, o romance envolve o leitor desde as primeiras páginas até o final bonito, trágico e surpreendente. Traduzido por Mauro Pinheiro, Chuva Dourada é o segundo romance de Gina B. Nahai publicado pela Geração, que em 2002 lançou O Luar na Avenida da Fé. Nascida em 1960 em Teerã, a romancisca, que já foi comparada a García Márquez, tem vários prêmios internacionais e está traduzida em 16 idiomas. Hoje vive em Los Angeles, EUA, onde é professora de Escrita Criativa na Universidade da Califórnia do Sul.

Em Chuva Dourada, Bahar (que significa “primavera”), filha de uma família da periferia de Teerã, casa-se aos 16 anos com Omid (“esperança”), de família abastada. O marido, de 24 anos, não permite que a mulher estude nem trabalhe e aos poucos se afasta dela. Mas também ele está encurralado. O pai, sr. Arbab, aceita que Omid tenha uma amante, Niyaz (mulher livre sustentada por um milionário mais velho, que não tem ciúme dela), mas não admite o divórcio. Diz ao filho: “Eu não gosto da sua esposa e não sei o que você vai fazer com sua filha, mas elas são um fardo que você deve carregar e eu não quero o estigma do divórcio nos assombrando nesta cidade.” No meio dessa gente, está Yaas, que tenta aproximar os pais, mas não consegue e também se isola cada vez mais.

“De recursos limitados e espírito abundante”, bonita, espirituosa, inteligente e otimista, depois de casada Bahar é humilhada pela sogra, pelos amigos e parentes do marido, e vai aos poucos se reduzindo a uma mulher amedrontada, mesquinha e frustrada no casamento com um homem “destituído de emoções”, como o qualificou sua antiga noiva. Bahar é rejeitada pelas antigas colegas, tenta voltar a estudar para tornar-se professora, mas acaba expulsa pelo diretor ao descobrir que ela era casada e não tinha autorização do marido para freqüentar a escola. Filha de uma costureira humilde e um “cantor que não sabe cantar”, Bahar tem vários irmãos excêntricos: o Irmão Cantor sem talento que sonha com o estrelato; a Irmã Pomba, que sofre nas mãos do marido; um irmão que se converteu ao islamismo e se casou com a filha de um rico mulá; a Irmã Solteira e o Irmão Fantasma que era surdo e morreu atropelado quando andava de bicicleta – o menino vira um “fantasma extraviado” que sempre aparece, mas é rejeitado pela família.

O maior medo de Bahar é a opinião alheia – faz tudo para esconder o fracasso de seu casamento, o mau desempenho escolar da filha, a doença da menina. “O mais importante é que ninguém descubra”, diz. Mas ela não quer o mesmo destino para Yaas: “Não se case cedo, não desperdice a chance de entrar para uma universidade, jamais dependa de um homem para sua subsistência”. Mãe e filha também se distanciam.

Não são apenas os personagens centrais que prendem o leitor de Chuva Dourada. Em geral mais livres, sem se preocupar com a opinião dos outros, os personagens secundários são interessantes e curiosos, como a empregada da família, Ruby, que vive uma situação oposta à de Bahar – é ela quem faz sofrer o marido, Hassan Agha, motorista da família. Também a “filha” de um casal nazista, a Dançarina de Tango, que incomoda os vizinhos com sua música alta e “tem uma sede de viver que não consegue saciar”, vai cativar e divertir o leitor, da mesma forma que seus inquilinos: o candidato a baterista que se considera o Ringo Star da Pérsia, amante de Ruby; e o vendedor ambulante Chamedooni, ex-preso do regime do xá. De mala na mão, ele vende passaportes falsificados para mulheres que querem fugir dos maridos agressivos, indica cirurgiões que reconstituem hímens, oferece remédios para calvície, mau-olhado e outros problemas físicos e emocionais. Vende ainda perucas feitas com cabelo de adolescentes mortas – para isso, suborna funcionários do necrotério.

O título do romance vem do sonho juvenil de Bahar, vivido apenas uma vez, num dos raros momentos de felicidade no casamento, quando marido, mulher e filha passaram uns dias à beira do mar Cáspio. A personagem narradora descreve a chuva dourada. “O sol ainda não se pôs, mas a chuva cai em gotas perfeitas e luminosas. É uma chuva dourada; cada gota tem a cor dos campos de arroz ao longo da costa. Saio da cabana e fico parada na chuva. Sinto meu coração sorrir de alegria, e acho que tem alguma coisa a ver com este mar, esta praia, esta chuva que consigo ouvir – percebo subitamente, e para minha surpresa –, que posso ouvir tão bem, tão nitidamente quanto antes e como não fazia há muito tempo. Até hoje eu ouço a chuva em meus sonhos.”

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