Armadilha em Gaza
Armadilha em Gaza
Autor: Jorge Zaverucha
Categoria: Reportagem
Formato 13,5X20,5 cm
Páginas: 176
Peso: 300g
ISBN: 9788561501563
Preço: R$ 49,90
Editora: Geração
Sinopse:
No mundo todo a mídia, mais preocupada em chocar do que em informar, associa a Israel a imagem de um estado militarista, que promove massacres de palestinos e se opõe a qualquer tentativa de paz na região. A verdade, no entanto, é muito mais complexa, e não se limita a uma mera disputa territorial entre palestinos e israelenses, e sim a um conflito ideológico, agravado pela ação de um grupo terrorista fundamentalista, o Hamas — satélite do Irã em Gaza —, que propaga explicitamente a luta pelo extermínio do Estado judaico, a única democracia do Oriente Médio.
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Um livro que desmistifica o trágico conflito no Oriente Médioe revela a existência de uma guerra de propaganda contra Israel
No mundo todo, a mídia, mais preocupada em chocar do que em informar, associa a Israel a imagem de um estado militarista, que promove massacres de palestinos e se opõe a qualquer tentativa de paz na região. A aliança entre fundamentalistas islâmicos, pseudopacifistas e esquerdistas de vários matizes, unidos no ódio ao Estado de Israel, joga cortinas de fumaça sobre aspectos fundamentais da tragédia e propagandeia um suposto “genocídio” cometido pelos israelenses.
Descrever Gaza como “campo de concentração a céu aberto” virou clichê, mas é uma imagem totalmente distorcida. A realidade é muito mais complexa, e não se limita a uma mera disputa territorial entre palestinos e israelenses, e sim a um conflito ideológico, agravado pela ação de um grupo terrorista islâmico, o Hamas — satélite do Irã em Gaza —, que propaga explicitamente a luta pelo extermínio do Estado judaico, a única democracia do Oriente Médio. Israel já cedeu mais territórios aos palestinos do que os que ainda restam para ser devolvidos, e mesmo assim o conflito só se agravou. A Faixa de Gaza foi devolvida aos palestinos integralmente, os assentamentos foram retirados, mas ainda assim ela serve como plataforma de lançamento de foguetes palestinos contra as cidades israelenses próximas.
A guerra de propaganda anti-Israel impede uma visão equilibrada, fundamental para a paz na região. Um dos exemplos mais gritantes dessa campanha para deslegitimar o Estado judaico foi o episódio das seis embarcações que, em maio de 2010, tentaram furar o cerco à Faixa de Gaza e foram impedidas pelos israelenses, num confronto que deixou vários mortos e feridos.
Este livro prova que, longe de levar ajuda humanitária a Gaza, como seus organizadores muçulmanos alegaram, a chamada “Flotilha da Paz” nada mais foi que uma inteligente operação midiática com o objetivo de isolar Israel da comunidade internacional, fragilizá-lo politicamente e obter concessões políticas, ou seja, uma verdadeira armadilha.
Desafiando análises superficiais sobre o tema, o cientista político Jorge Zaverucha traça de modo conciso e informativo um resumo da história dos enfrentamentos entre árabes e israelenses, desde as primeiras migrações judaicas no século XIX para a Palestina otomana, até as sucessivas guerras que sacudiram o Estado de Israel pouco após a sua fundação, em 1948, oferecendo-nos a oportunidade valiosa de enxergar o trágico conflito do Oriente Médio a partir de uma perspectiva que foge de clichês e lugarescomuns, descortinando cenários fundamentais para a compreensão das dificuldades em se atingir a paz na Terra Santa.
Armadilha em Gaza tem ainda o mérito de revelar dados surpreendentes, como o relatório da ONU com o índice sócio-econômico dos territórios palestinos, superior, por exemplo, ao da média do mundo árabe. Algo, portanto, totalmente oposto ao torpe mito do “campo de concentração a céu aberto”.
Sobre o autor
Jorge Zaverucha é Mestre em Ciência Política pela Universidade Hebraica de Jerusalém e Doutor em Ciência Política pela Universidade de Chicago. Atualmente, dirige o Núcleo de Estudos de Instituições Coercitivas e de Criminalidade da Universidade Federal de Pernambuco e é pesquisador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia/Instituto de Estudos Comparativos em Administração Institucional de Conflitos (INCT/INEAC) do CNPq, além de bolsista de produtividade científica dessa instituição. Foi professor visitante da Universidade do Texas-Austin; seu livro “FHC, Forças Armadas e Polícia: Entre o Autoritarismo e a Democracia” ganhou o prêmio de melhor livro em português sobre o Brasil concedido pela seção Brasil do Latin American Studies Association (Montreal, 2007); foi parecerista da Notre Dame University Press, International Political Science Review, Latin American Research Review e Latin American Politics and Society; teve pesquisas financiadas pela McArthur Foundation, Ford Foundation, Fulbright e The British Academy of Science; é membro do Board do Research Group on Armed Forces and Society, da International Political Science Association e colíder da área temática “Segurança Nacional e Segurança Pública” da Associação Brasileira de Ciência Política.
Entrevista com o autor
O senhor postula, no seu livro, a existência de uma “guerra de propaganda” contra Israel. Quem move essa guerra, e a quais interesses ela serve?
Países árabes e/ou islâmicos não conseguiram destruir o Estado de Israel militarmente. O Irã está se preparando para isto. Deste modo, procuram uma outra estratégia para deslegitimar a existência de Israel. A “Flotilha da Paz” foi uma bem bolada operação de marketing com o intuito de demonizar o Estado de Israel, no afã de isolá-lo da comunidade internacional.
O ex-presidente norte-americano Jimmy Carter, Prêmio Nobel da Paz, afirma que Israel promove uma política de apartheid na Palestina, além de declarar que o Estado judaico tem cometido crimes terríveis contra os direitos humanos em Gaza, “onde um milhão e meio de seres humanos são mantidos aprisionados, quase sem acesso algum para o mundo exterior”, e que esse tratamento desumano conta com o apoio dos Estados Unidos. Visto que Carter não pode ser considerado marxista e critica abertamente o país do qual foi presidente, o que o senhor tem a dizer sobre essas declarações dele?
Gaza está bloqueada tanto por Israel como pelo Egito. Por que Carter só critica Israel com veemência? E um importante detalhe não deve ser esquecido: o Hamas prega a destruição de Israel, mas não do Egito.
De que forma o surgimento do Hamas conseguiu intensificar ainda mais o antigo conflito entre judeus e palestinos no Oriente Médio?
O imbróglio era de natureza nacionalista. O Hamas ajudou a introduzir o componente religioso (islâmico) em um conflito que já era per se complexo. O próprio Hamas e a Fatah (que é mais nacionalista) travaram uma recente guerra civil pelo domínio de Gaza.
Qual seria a sua sugestão de medidas políticas a serem tomadas para que possa haver paz entre o Estado de Israel e seus vizinhos palestinos?
Em primeiro lugar, é preciso que os árabes/islâmicos aceitem o direito de Israel existir. Não vejo isto ser possível a curto ou médio prazo. E a longo prazo, como diria Keynes, todos nós estaremos mortos.
Por que o senhor acha que o episódio da “Flotilha da Paz” simboliza o mal-entendido sobre o que de fato ocorre na Faixa de Gaza?
Gaza sofre um bloqueio naval, pois o Irã está enviando foguetes para que o Hamas possa disparar contra Israel. Quem quiser enviar ajuda humanitária a Gaza, não precisa enviar via “flotilhas”. Basta contatar as autoridades israelenses, que a ajuda será entregue via terrestre aos habitantes de Gaza. O resto é propaganda.