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Segredos do Conclave

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Segredos do Conclave
Autor: Gerson Camarotti
Coleção: História Agora – vol.8
Gênero: Reportagem
Acabamento: Brochura
Formato:  15,6 x 23 cm
Págs: 304
Peso: 456g
ISBN: 9788581301761
Selo: Geração
Preço: R$ 52,00

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E-book
ISBN: 9788581301778
Preço: R$ 26,50

Sinopse:
Geração Editorial lança o livro Segredos do Conclave, do jornalista Gerson Camarotti, comentarista político da Globo News.  Em seu novo livro, Camarotti conta os bastidores da eleição do papa Francisco e a operação do Vaticano para estancar a hemorragia de fiéis na América Latina, a partir de contato com o alto clero da Igreja Católica por mais de oito anos. Camarotti foi o único jornalista da imprensa mundial que cravou que o cardeal argentino seria o escolhido. Na obra, o autor revela os verdadeiros conchavos políticos que foram necessários para chegar à escolha do Papa Francisco. O livro tem prefácio do amigo e escritor Ariano Suassuna.

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A MAIOR TRANSFORMAÇÃO NA IGREJA DESDE O CONCÍLIO VATICANO II

Tudo começou com a estarrecedora decisão do papa Bento XVI de renunciar ao seu  pontificado. Isso não ocorria havia seis séculos. Esse gesto revolucionário abriria espaço para a realização de mudanças que o próprio papa não conseguiu fazer durante os oito anos que ficou à frente da Igreja, dividida por disputas de poder entre cardeais e  desprestigiada por escândalos de pedofilia, pela crise envolvendo o Banco do Vaticano e pelo caso do mordomo do papa, que vazara documentos secretos da instituição mais antiga do planeta.

Após a abdicação de Bento XVI, a 28 de fevereiro de 2013, cardeais vindos de todo o mundo se reuniram em conclave, para eleger o novo sucessor de são Pedro. Fechados na Capela Sistina, sinalizaram um movimento de mudança. Já nas reuniões das congregações gerais, os purpurados cobravam transparência da cúria romana. Estavam assustados com o noticiário e queriam abrir a caixa-preta do Vaticano. Houve uma avaliação pragmática da Santa Sé: era preciso abrir uma nova interlocução com a Igreja na América Latina para tentar barrar a evasão de fiéis. O sinal vermelho acendeu em Roma quando se detectou que, na década de 1990, a evasão de fiéis chegou ao impressionante número de 1% da população ao ano só no Brasil, segundo dados do IBGE. Em uma década, isso significou uma fuga de cerca de 13 milhões de católicos. A maior parte desses fiéis migrou para denominações evangélicas, principalmente na periferia das grandes cidades. Era preciso reconquistar esses fiéis e, para isso, a Igreja tinha de estar reunificada.

Foi em meio a esse sentimento de mudança que surgiu com força a candidatura do arcebispo de Buenos Aires, Jorge Mario Bergoglio.

A liderança de Bergoglio no episcopado da América Latina começou a aparecer já nos primeiros anos do pontificado de Bento XVI. Foi quando a Santa Sé iniciou uma ofensiva para estancar a hemorragia de fiéis no continente com o maior número de católicos no mundo e tentar manter o seu rebanho continental, estimado em 483 milhões de católicos na América Latina (41,3%) de um universo global de 1,2 bilhão de católicos.

Essa ação resultou na escolha do cardeal Bergoglio, eleito papa Francisco a 13 de março. A eleição do argentino também surpreendeu o mundo. Foram três ineditismos de uma só vez: o primeiro papa da América Latina; o primeiro papa jesuíta; e o primeiro papa a adotar o nome de são Francisco de Assis. Foi um sinal explícito de que o Vaticano iniciaria um período de reformas. Jamais a Santa Sé seria a mesma depois daqueles dias  surpreendentes, entre fevereiro e março de 2013.

Sobre o autor

Gerson Camarotti é comentarista político da Globo News, repórter especial de política do Jornal das Dez e titular do Blog do Camarotti, no G1. Nasceu no Recife, em 1973. Jornalista formado pela Unicap com pós-graduação em ciência política pela UnB, está em Brasília desde 1996, onde passou pelas sucursais das revistas Veja e Época, e pelos jornais O Globo, O Estado de S.Paulo e Correio Braziliense. É coautor do livro Memorial do Escândalo (2005), publicado pela Geração Editorial.
Em 2013, foi escalado pela Globo News para cobrir, em Roma, o conclave que elegeu o papa Francisco.

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