Guardião, O – Cidade das Sombras
Cidade das Sombras: O Guardião
Autor: Daniel Polansky
Tradutor: Ricardo Gozzi
Gênero: Literatura Norte-Americana / Suspense
Formato: 15,6 x 23 cm.
Págs: 448
Peso: 672gr
ISBN: 9788581300603
Preço: R$ 52,00
Editora: Geração
E-book
ISBN: 9788581300610
Preço: R$ 26,50
Sinopse
ANTI-HERÓI DESENCANTADO COMBATE O CRIME NUM MUNDO ASSOMBROSO. PODERÁ SE REDIMIR AO INVESTIGAR O ESTUPRO E ASSASSINATO DE UMA GAROTINHA?
Imagine um policial noir como os de Raymond Chandler e James Ellroy com o ritmo sanguinolento dos fi lmes de Quentin Tarantino e a fantasia de “O Senhor dos Anéis”, num cenário como a Los Angeles de “Blade Runner”, onde os policiais não querem ver nada que não convenha e convivem com gangues multiétnicas de assassinos, prostitutas, contrabandistas, drogados e trafi cantes. Pelas ruas imundas desse mundo devastado, em meio a uma fauna corrupta de que é prudente desconfiar a todo momento, vaga o “Guardião”, um tipo solitário e desiludido que viveu como combatente numa grande guerra, sobreviveu a uma peste e leva a vida como narcotrafi cante. Ele se droga para suportar seu cotidiano sórdido e investiga o cruel assassinato e estupro de uma garotinha. “Cidade das Sombras” é uma trilogia fantástica, cujo primeiro volume é este alucinante romance de estreia que inaugura um novo gênero: a “fantasia noir”. Tenso, com um suspense crescente, “O Guardião” surpreende pela ousadia, assusta com a previsão de um futuro sombrio para a humanidade e garante uma leitura de impacto do começo ao fim.
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Crime, drogas e magia em romance “noir” do estreante Daniel Polansky
O Guardião é o livro de estreia e também o primeiro da série “Cidade das Sombras” do romancista Daniel Polansky, nascido em Baltimore, Maryland, EUA. Os críticos o classificam como “fantasia noir”, um híbrido de fantasias do tipo “YA” (Young Adults), envolvendo dons paranormais e feitiçaria, e policial “noir”, gênero de livro de novelas com detetives “hard boiled” (durões) que proliferou nos EUA nos anos 1940 e teve grande eco popular através do cinema, revelando autores como Raymond Chandler, Dashiel Hammett e James Ellroy, entre outros. Um crítico chegou a dizer que neste livro “Tarantino se encontra com Tolkien”, para ilustrar com clareza a fusão dos gêneros.
A mescla de história policial “noir” e fantasia e magia, com toques apocalípticos pelo grau de corrupção e destruição moral de uma sociedade, é seguida fielmente por Polansky. Ele escreve seu livro na primeira pessoa, do ponto de vista do Guardião, um ex-combatente de uma Grande Guerra e sobrevivente de uma peste que matou muitas pessoas na cidade de Rigus. O Guardião vive na Cidade Baixa, parte infernalmente imunda e corrompida de Rigus, e é um traficante independente, que usa drogas também para suportar seu cotidiano sórdido, e vive em meio a uma fauna criminosa num mundo onde a vida vale pouco e os crimes não são realmente apurados se as vítimas fizerem partes de extratos sociais desprezados. Ele foi parte da polícia oficial, da Casa Negra, e só lhe restou o recurso de ser narcotraficante com uma filosofia realista, anti-sentimental e solitária. O recurso de uma voz masculina desiludida, cínica e cética na primeira pessoa é o mesmo utilizado pela maioria dos livros “noir”, quando os detetives assumem missões difíceis e nelas vão tropeçando em vigaristas e criminosos do submundo, e aprendem que ninguém presta, a começar por eles, que trabalham quase sempre exclusivamente por dinheiro.
A missão difícil a que o Guardião se submete envolve o assassinato e estupro de uma garotinha, a pequena Tara, que ele encontra num beco sem saída. Crianças estão desaparecendo e morrendo em Rigus, e ele mergulha na investigação para saber quem as está matando ou sequestrando, mas sem abrir mão de seguir sua vida na disputa do mercado de drogas com bandidos de toda espécie, especialmente o sinistro Tancredo, o Lábio Leporino. Aos poucos, ele vai se meter no meio de um jogo entre chefes de gangues diferentes e o chefe de polícia da Casa Negra, e passará a ser perseguido e visado por seu interesse em apurar o crime. Enquanto isso, conviverá com muitos personagens de uma fauna multi-étnica com nomes fantasiosos como Kirens e Islanders, que evocam diretamente a raça asiática e a raça negra. Na verdade, embora o livro tenha feiticeiros e outras realidades mágicas, a ficção tem a verossimilhança de uma aventura em Chinatown e a cidade de Rigus parece uma mescla de Londres do final do século XIX com a Los Angeles multi-étnica e violenta dos dias atuais. Há gírias, neologismos e uma onomástica criativa envolvendo tipos, situações e locais. O bar frequentado pelo Guardião, com o “bartender” grandalhão chamado Adolphus, parece um estabelecimento decadente, mas cheio de neon e prostitutas, à maneira dos filmes como Blade Runner – O Caçador de Andróides. A fusão de “noir” e ficção científica foi usada
nesta produção, que visivelmente também influencia a ficção de Daniel Polansky.
A estréia de Polansky foi considerada muito talentosa e promissora e seu livro é uma sequência de 49 capítulos que nunca perdem o interesse no desenvolvimento do suspense, da criação e das frases cínicas que saem da boca do Guardião, com interesse garantido para os leitores.
Sobre o autor:
Daniel Polansky nasceu em Baltimore, Maryland. Ele vive atualmente fora dos Estados Unidos. O Guardião é seu primeiro romance.
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