O menino e o travesseiro
Autor: Horácio Costa
Gênero: Poesia
Páginas: 48
ISBN: 858602809-6
Peso: 0.2 kg
Preço: R$ 39,00
Sinopse:
Um menino repousa a cabeça sobre um travesseiro de linho e assim começa um dos mais belos poemas brasileiros. Com prefácio de José Saramago e ilustrações de José Hernández, o poema de Horácio Costa (professor de literatura no Brasil e no México, ensaísta e tradutor ). É também um hino à fundação da cidade de São Paulo.
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O Menino e o Travesseiro propõe viagem pelo olhar
Um longo poema que vai enveredando o leitor desde a sua primeira linha em um universo onde se misturam memória, imaginação, história e intuição. Em O Menino e o Travesseiro, o poeta, professor e tradutor Horácio Costa constrói um longo poema, que através da perscrutação dos mistérios da herança genética, se pergunta sobre o sentido da história e da memória.
O livro nasceu em 1989, na Cidade do México, onde o autor, brasileiro, vivia. Em 93, ganhou uma edição brasileira pela Geração Editorial. Em 94, foi publicado numa edição de bibliófilos, 75 exemplares, pela Ettan Press, da Califórnia. Traduzido ao inglês e ao espanhol, esta é a segunda edição brasileira, da Geração Editorial, e obedece aos critérios da edição americana. Traz um prefácio de José Saramago e as gravuras originais do artista espanhol José Hernández, um dos mais importantes artistas plásticos espanhóis da atualidade.
A nova edição da Geração tomou como parâmetro a versão americana, para trazer de volta ao mercado editorial brasileiro este poema, resgatando o seu devido valor.
Valor já anunciado por Saramago. “Afinal, o que nesse travesseiro pousou e se está agitando é uma outra realidade, a cabeça do poeta, a memória que, nele, não se há de satisfazer com o marco temporal da morte de um pai “em julho”, diz o prêmio Nobel de literatura no prefácio.
Prefácio que será mais adequado chamar de prólogo, já que chega quase a se constituir em literatura. Saramago elocubra sobre os mistérios da poesia de Horácio Costa. “O poeta apaga os rastros que foi deixando”, para concluir: “O leitor terá que traçar uma rota sua”. Tudo para responder uma pergunta que O Menino e o Travesseiro suscita: “Que espécie de viagem é essa, então?
O poeta até arrisca uma chave: “O fio da meada é o entrecruzamento da memória coletiva com a individual. Há-que notar-se que o poema trata da construção de um olhar – também pode ser
transmissível pelo código genético. Por que não herdar-se um certo olhar, se se herda o
formato de um nariz ou a proclividade ao alcoolismo, por exemplo?”
Mas mesmo isso é apenas uma tentativa de captar o incaptável. De cercar o poema que sugere mil possibilidades. No instantâneo de vida do menino no travesseiro, derramam-se lembranças e sentimentos, emoções e vivências hereditárias, certezas e interrogações.
No caminho, o leitor terá que passar por muitos enigmas. Não se trata de um texto que se revele facilmente. A viagem é longa, na tradição dos grandes poemas (nos dois sentidos) como “Dentro da Noite Veloz”, de Ferreira Gullar. Uma jornada em que razão e intuição encontram um equilíbrio raro, digno da melhor literatura.
Horácio Costa se considera fundamentalmente poeta, embora também exerça as atividades de professor de literatura da USP e tradutor de poetas como Octavio Paz, Elizabeth Bishop , César Vallejo, Xavier Villaurrutia e José Gorostiza. Nasceu em São Paulo, em 1954. Poeta, crítico, tradutor e professor universitário. É mestre em literatura espanhola e portuguesa pela Universidade de Nova York e doutor pela Universidade Yale dos Estados Unidos. Lecionou na Universidade do México de 1987 a 2001. É autor dos seguintes livros: 28 poemas 6 contos, 1981: Satori, 1989: O Livro dos Fracta, 1990; The Very Short Stories, 1991: O Menino e o Travesseiro, 1994; Quadragésimo, 1999.