"Sorriso da morte: 9 mm": sexo, tensão e um texto brilhante
“A vítima aparece morta na poluída paisagem urbana de São Paulo, com marcas de violência chocantes pelo corpo e um sorriso enigmático no rosto”. Respire fundo antes de embarcar nessa narrativa vertiginosa que acompanha uma trama de investigação policial e sonda os abismos das paixões humanas. Baseada na série de 9 MM: SP, exibida pelo Canal Fox, este primeiro romance de Ricardo Tiezzi conta a história sórdida e surpreendente de um assassinato.
Na trama, uma ex-estrela mirim que agora atua no palco de uma boate erótica na poluída e violenta São Paulo, um empresário da noite que se empenha em passar um verniz filosófico na pornografia e um adolescente apaixonado, disposto a trazer emoção para sua vida.
Nos bastidores, o DHPP, Departamento Homicídios da Polícia Civil, com dois homens à frente do caso, que são como luz e sombra. O pragmático delegado Eduardo acredita na ordem e na razão. O investigador Horácio acredita que a lei pode ser um impedimento à Justiça.
No meio de tantos sentimentos, suspiros, vestígios, podem nascer os melhores gestos. Das boas intenções, as maiores barbáries. A chave para este mistério pode estar jogada em algum lugar, perto de mais para imaginar ou longe do que se possa acreditar.
“Quem matou?” Este é a pergunta que acompanha toda a intensa narrativa da obra escrita por Tiezzi na melhor tradição dos policiais noir, mas com um toque atraente de modernidade. Ler o Sorriso da Morte é entrar para a história e se envolver, questionar, vibrar com estes personagens magnânimos na sua pequenez e frágeis na sua demasiada humanidade.