Um nevoeiro de jornalismo, política e subjetividade – "A Nuvem"
Quando ainda era criança e vivia no pequeno município de Jaguaquara, na Bahia, o jornalista Sebastião Nery costumava se deitar no pé de uma jaqueira para contemplar as nuvens. Nesses devaneios, se imaginava subindo alto numa delas e voando para bem longe de onde morava, numa deriva pelo mundo.
Como, de certa forma, foi a variedade de percursos uma das principais características da sua biografia – já que morou em diversos países e cidades brasileiras -, o jornalista batizou seu novo livro de “A Nuvem, 50 anos de História do Brasil”, que terá lançamento hoje, na Academia Mineira de Letras.
Na obra, Nery conta desde suas vivências como seminarista, do abandono da atividade motivado por um grande amor, da prática jornalística e política que caracterizou sua vida profissional, além de lançar um olhar próprio sobre personalidades com quem conviveu, como Juscelino Kubitschek e Leonel Brizola.
“Quando completei 70 anos, achei que tinha história suficiente para um livro, mas ainda me considerava muito novo para escrever uma biografia. Porém, quando me vi com 77, senti que já era hora. E o mais difícil foi botar a história do país junto com as minhas experiências pessoais, além de ter que espremer minha vida em 600 páginas”, relata.
Com passagens por cidades como São Paulo, Rio e Bahia, além ter exercido a prática de adido cultural em Paris e Roma, Sebastião Nery desenvolveu uma forte relação afetiva com Minas Gerais. “Cheguei por acidente, depois que o caminhão que iria me levar para fazer vestibular no Rio quebrou. Parei na cidade de Pedra Azul e já comecei a dar aulas por lá. A parada seguinte foi Belo Horizonte, onde trabalhei no jornal ‘O Diário’. Gostei tanto do Estado que acabei ficando”, conta Nery, que também se elegeu vereador na capital, mas foi impedido de tomar posse por ter sido apoiado pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB
Alguns livros
“Folclore Político” (1973)
“Socialismo com Liberdade” (1974)
“Grandes Pecados da Imprensa” (2000)
Apesar de ter estudado para ser padre, professor e exercido cargos públicos de vereador, deputado estadual e federal, foi a profissão de jornalista que de fato fisgou Sebastião Nery. Com 58 anos dedicados à atividade, o jornalista transitou por periódicos como o “Diário da Tarde”, “Tribuna da Imprensa” e “Correio da Manhã”.
“Quando fui para o seminário, achava que ia ser padre e salvar o mundo. Mas acabei saindo de lá e tentei mudar alguma coisa dando aulas. Ao mesmo tempo, passei a exercer o jornalismo e vi que a maneira de atingir mais pessoas e dizer o que pensava era nessa área”, diz.
No entanto, Nery enxerga com olhos pessimistas tanto o jornalismo quanto a política atual. “Tanto uma área quanto a outra se tornaram muito atreladas à economia financeira do país. Por isso, são muito menos independentes do que já foram”. (JG)
Fonte: O Tempo – MG
MOVIMENTO NACIONAL PELA VALORIZAÇÃO DO VOTO – MONAV
Na luta contra a fraude e a corrupção eleitoral
VOTE BEM – OS DEZ NÃOS
1º – Não deixe de votar, valorize o seu voto
2º – Não vote contrariando a sua opinião, o seu voto é secreto
3º – Não vote para contentar parentes ou amigos, escolha o melhor candidato
4º – Não venda o seu voto, garanta a sua liberdade de escolha
5º – Não troque o seu voto por favores, o seu voto é livre e soberano
6º – Não vote sem conhecer a capacidade e o programa do candidato
7º – Não vote sem conhecer a competência e o passado do candidato
8º – Não vote sem conhecer o caráter do candidato, o seu voto merece respeito
9º – Não deixe nenhuma pesquisa mudar o seu voto, use de sua firmeza
10º – Não vote em candidato com Ficha Suja, deve ser Ficha Limpa
ESCOLHA BEM NA HORA DE VOTAR
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